01/03/2016

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"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Rússia aprova plano anticrise mas
 não tem dinheiro para o financiar

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, anunciou esta terça-feira que aprovou um plano anticrise destinado a travar a recessão económica e a queda dos preços do petróleo, embora admitindo que o seu Governo não dispõe de fundos para o financiar.

"Dada a situação criada, alguns pontos foram formulados de tal forma que se financiarão quando aparecerem os fundos e dependendo dos resultados do primeiro semestre", disse Medvedev à imprensa local. 
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Medvedev salientou que o programa anticrise, "que se destina a garantir um desenvolvimento socioeconómico estável", foi discutido com o Presidente russo, Vladimir Putin.

O chefe do executivo explicou que o plano terá duas vertentes: uma de apoio à população e aos setores mais afetados pela crise e outra de reformas estruturais.

Quanto à primeira, os setores que vão beneficiar do plano anticrise serão a agricultura, o setor automóvel, a indústria ligeira, a construção civil e a maquinaria agrícola e de transporte de carga.

"A outra tarefa pendente é ajudar as pessoas a aliviar ao máximo as consequências da recessão económica, apoiando os orçamentos regionais com o objetivo de garantir o pagamento a horas de salários, pensões e subsídios", disse.

Por outro lado, o objetivo das reformas é introduzir alterações legais para melhorar as condições de produção das pequenas e médias empresas, com especial ênfase na "redução da pressão administrativa sobre o mundo dos negócios".

O primeiro-ministro anunciou o plano anticrise após semanas de desacordos entre o Governo o Kremlin sobre as suas fontes de financiamento, já que a ala mais liberal do executivo propôs utilizar os fundos de estabilização que Putin controla.

A economia russa, que se contraiu 3,7% em 2015, decrescerá este ano cerca de 1%, segundo as previsões do Governo e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em grande medida devido à redução de receitas da exportação de hidrocarbonetos.

* Estes gajos conseguem ser piores que Passos Coelho e Paulo Portas, era difícil mas conseguiram.


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