20/02/2016

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ONTEM NO 
"OBSERVADOR"

Morreu Umberto Eco

Umberto Eco, o conhecido escritor, filósofo e ensaísta italiano morreu esta sexta-feira aos 84 anos. O escritor faleceu às 22h30 (hora italiana), na sua casa de Milão. A causa da morte ainda não foi divulgada.

A morte foi comunicada pela família ao jornal La Repubblica, a quem deu a última entrevista a 24 de novembro de 2015.
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Umberto Eco nasceu a 5 de janeiro de 1932, em Alessandria, no noroeste de Itália, na região de Piemonte. Para além de escritor, Eco foi também filósofo e professor de Semiótica. Em 1988 fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino. E desde 2008 que era professor jubilado e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha. Deu também aulas em muitas universidades pelo mundo, como Yale, Harvard, e no Collège de France.

O escritor, também conhecido pelas opiniões polémicas, não era grande fã das redes sociais. “As redes sociais têm gerado uma invasão de imbecis, a quem dão o direito de falar a legiões de imbecis. Antes apenas falavam no bar depois de um copo de vinho, sem prejudicar a comunidade e agora têm o mesmo direito de falar que prémio Nobel. É a invasão dos tolos “, disse Umberto Eco citado pelo El Mundo, sobre esta realidade social numa conferência em Turim, no verão do ano passado.

Umberto Eco estreou-se nos livros de ficção em 1980 com O Nome da Rosa, que lhe valeu o Prémio Strega, em 1981. A este livro, que foi traduzido em várias línguas, sucederam-se outros títulos, como O Pêndulo de Foucault, A ilha do dia antes, Baudolino, A misteriosa chama da rainha Loana e O cemitério de Praga.

Para além dos romances, Eco publicou também diversos ensaios, como O signo ou Os limites da interpretação e organizou obras como História da beleza, História do feio e História das terras e dos lugares lendários. É também conhecido pelo clássico da pedagogia, Como se faz uma tese em Ciências Humanas.

O seu último livro, Número Zero, foi traduzido por Jorge Vaz de Carvalho e editado pela Gradiva. Na obra, o escritor questiona o jornalismo e a sua relação com a Internet como contou em entrevista à Globo.

* Partiu um homem notável.

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