09/02/2016

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ESTA SEMANA NA
"PAIS E FILHOS"

Adolescentes e 
Síndrome de Fadiga Crónica

Três em cada 100 adolescentes com 16 anos apresentam sintomas relacionados com a Síndrome de Fadiga Crónica – também conhecida por Encefalomielite Miálgica – o que, em média, os faz faltar à escola meio dia por semana e tem também consequências nas suas vida familiar e social.
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Uma equipa da Universidade de Bristol, no Reino Unido, realizou o primeiro grande estudo sobre a incidência desta patologia na fase anterior à idade adulta, avaliando cerca de 5700 jovens entre os 13 e os 16 anos. A primeira conclusão é a de que a síndrome em causa afeta o dobro das raparigas e é mais presente em famílias que lutam com dificuldades sociais ou económicas. 

Para Esther Crawley, pediatra especialista na doença e principal autora do trabalho, este último ponto “refuta a ideia de que se trata de uma condição da ‘classe média’, ou, pior, preguiça que não deve ser levada muito a sério”.
Segundo a mesma responsável, os resultados – obtidos por questionários junto dos adolescentes e respetivas famílias e não por opinião médica – “mostra que a síndrome é muito mais comum na adolescência do que se pensava”. Esther Crawley revela que, na sua prática clínica “apenas os casos muito graves, aqueles que impedem quase na totalidade a ida às aulas, por exemplo, são reconhecidos, diagnosticados e tratados com rapidez”. 

Todos os outros “em especial os dos jovens provenientes de meios mais desfavorecidos, não são abordados atempadamente”, podendo evoluir para estágios cada vez mais graves.

* Infelizmente as crianças mais pobres não podem ter doenças de putos ricos. 

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