18/02/2016

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HOJE NO 
"DIÁRIO  DE NOTÍCIAS"
Cavaco condecora António Sousa Lara

Presidente da República homenageou, o antigo subsecretário de Estado da Cultura, que impediu Saramago de se candidatar ao Prémio Literário Europeu, com o livro O Evangelho segundo Jesus Cristo

António Sousa Lara foi esta tarde agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique, destinada a "quem houver prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro".
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O professor catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) foi subsecretário de Estado da Cultura (entre 1991 e 1992) e a sua passagem pelo governo chefiado por Cavaco Silva ficou marcada pelo veto à candidatura do livro de Saramago, O Evangelho segundo Jesus Cristo, ao Prémio Literário Europeu. Na altura Sousa Lara disse que a obra "não representava Portugal". Enquanto Saramago - que viria a ser consagrado Prémio Nobel da Literatura em 1998 - acusou Sousa Lara e Cavaco Silva de "censura".

Na cerimónia de hoje, o assunto foi naturalmente abordado, com o professor catedrático a desvalorizar o sucedido, defendendo a conotação ideológica do Governo na época. "Um Governo tem uma conotação ideológica, não tem que agradar a toda a gente, é um Governo da maioria contra a minoria em última análise. Toma medidas polémicas que democraticamente sufragadas têm de ser aceites", sublinhou Sousa Lara, que acredita ter recebido esta distinção pela sua carreira de docente.

Condecorados foram também a Casa do Artista, o professor catedrático e membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, Michel Renaud, os professores catedráticos Alberto Duarte Carvalho e António Costa de Albuquerque de Sousa Lara e Miguel Telles Antunes.

O músico e compositor Jorge Fernando da Silva Nunes, o docente universitário, jornalista e comentador Nuno de Assis Simões da Costa Rogeiro e o fundador da AESE Business School (Associação de Estudos Superiores de Empresa), José Luiz Carvalho Cardoso, foram outros dos agraciados por Cavaco Silva.

* Condecorar Sousa Lara é absolutamente nojento, sugerimos condecorar Silva Pais a título póstumo.

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