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PORQUE NOS

"INQUIETAMOS"!



1 - O PODER AÉREO DO FUTURO
INVISIBILIDADE E DRONES 



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9 - A MAGIA NA RUA
THRASHERLIZADO




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VIII- ERA UMA VEZ O HOMEM

2-AS CONQUISTAS

DO ISLÃO 






* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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Raymond Wang


Como os germes viajam num avião

e como podemos evitar



Raymond Wang tem apenas 17 anos, mas já está ajudando a construir um futuro mais saudável. 
Usando a dinâmica dos fluidos, ele simulou num computador como o ar circula dentro de um avião. E descobriu algo bem perturbador — quando uma pessoa espirra dentro de um avião, o fluxo do ar, na realidade, ajuda a espalhar patógenos para os outros passageiros. 
Wang compartilha conosco uma animação inesquecível de como um espirro viaja dentro da cabine de um avião e também nos apresenta sua solução premiada: um aparelho pequeno, em forma de leque, que aumenta o fluxo de ar fresco nos aviões e que redireciona o ar com patógenos para fora de circulação.
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MIGUEL GUEDES

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Apanhados pelo clima

Antes do acordo ser anunciado na COP-21, os líderes mundiais acotovelavam-se em declarações festivas sobre tudo o que viria ser e sobre os louros pessoais. Espelho das alterações climáticas, Obama salientava a importância da "liderança americana" como o gancho que alfinetou o acordo em trajes históricos e David Cameron assegurava o futuro do planeta pelas suas palavras. A euforia atingia temperaturas altíssimas. É indiscutível que o texto é um belíssimo compromisso teórico sobre o futuro, procurando conter o aquecimento global em 1,5o, abaixo de níveis pré-industriais. Mas o impacto da presença de mais de 150 líderes mundiais comprometidos numa solução não é uma via verde. Há até quem não queira saber ou não emita opinião, limitando-se a ligar o aquecedor. Numa viagem que seria certamente bem mais importante do que aquela que Cavaco Silva fez à Madeira (sem visitar sequer uma dependência do Banif, pasme-se...) em período de reflexão sobre tudo o que já sabia sem ter dúvidas, o presidente preferiu alhear-se de uma causa fundamental dos nossos dias. Talvez porque a dimensão do problema não lhe aqueça nem arrefeça.

Pedro Passos Coelho também não esteve fisicamente em Paris, embora o seu nome constasse de documentos oficiais. O ex-primeiro-ministro teve o cuidado notável de, a seu tempo, não se inscrever para falar durante a cimeira. Mas servindo o seu interesse próprio mais quente do que o interesse do país, tratou de nada tratar, não inscrevendo Portugal no lote dos países que poderiam usar da palavra. E, assim, o recém-chegado António Costa teve de entrar mudo e sair calado. É notável a dimensão do nossos ex e futuro ex-estadista: Cavaco Silva marca a sua falta a vermelho depois de Passos Coelho expulsar António Costa da sala. Claramente, apanhados pelo clima.

Agora que a temperatura desce em Portugal Continental, alguns partidos com assento parlamentar continuam a comportar-se como ilhas. Longe da idade do gelo e mais perto de forjar a ferro e fogo, o nível de agressividade latente da minoria de Direita para com a maioria de Esquerda não se dissipa e, se há acordo, é sobre a total e absoluta ausência de clima. As questões de justiça ambiental estão intrinsecamente ligadas às questões de justiça social, pelo que nenhuma força política deverá ser um obstáculo à colocação das questões ambientais no coração das políticas fiscais das finanças públicas. Convém que as actuais "forças de bloqueio" percebam que há mais mundo para além do microcosmos que ainda aquece a sua ideia de Parlamento.

* Músico e advogado

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
16/12/15

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1-RETROSPECTIVA
2015
CHINA E GRÉCIA 
ASSUSTAM MERCADOS



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11-OS PRESIDENTES


HISTÓRIA DA REPÚBLICA




* Iniciámos a série a cerca de três meses das eleições para a Presidência da República revelando a história deste órgão de soberania, os seus intervenientes desde a sua génese.

** Uma notável produção da "RTP"

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Daniel Barenboim


Ride of the Valkyries


Richard Wagner

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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
“Já ninguém pára as sauditas”

Há pelo menos uma década que a historiadora, académica e escritora Hatoon al-Fassi esperava um dia assim. Ver as mulheres concorrerem e votarem em eleições. O resultado superou as expectativas: 18 eleitas para conselhos municipais, com a “bênção” do rei Salman e a ira dos líderes religiosos. 
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Hatoon al-Fassi
“Eu e o meu marido celebrámos, no domingo, ao pequeno-almoço, os esforços dos últimos anos, sobretudo o início, em 2004, quando comecei a tentar convencer o Estado e a sociedade a respeitar os nossos direitos”, conta Hatoon al-Fassi, numa entrevista ao Expresso, por e-mail. “Nessa altura, coloquei em risco a minha primeira gravidez. Tive de ser hospitalizada devido ao stresse intenso. Estou, agora, naturalmente, muito entusiasmada.”

Se há alguém que pode reivindicar crédito pelo escrutínio do passado fim de semana é esta professora universitária em Riade — a capital e uma das cidades mais conservadoras da Arábia Saudita. Foi ela quem, em 2014, herdou de Fowziyah al Hani a liderança da Iniciativa Baladi, que formou e apoiou muitas mulheres neste “processo histórico”.

Surpresa no feminino
Hatoon al-Fassi explica porque ficou surpreendida — com o número de eleitos e a afluência (a das mulheres superou, em algumas regiões, os 80%, contra 50% dos homens). “Esperava o mínimo porque o ministério responsável fez o mínimo dos esforços e, como sociedade civil, a nossa capacidade de organização é limitada. As mulheres enfrentaram obstáculos permanentes a cada etapa eleitoral. Os resultados mostraram como as sauditas são determinadas. Já ninguém as pode parar.”

De uma família descendente de Maomé, profeta do Islão, mas seguindo uma escola sufi progressista e não retrógrada como a corrente wahabita dominante no país, Hatoon al-Fassi lamenta que alguns candidatos tenham recorrido a “termos religiosos fora de contexto para desencorajar os eleitores a votarem em mulheres”.

Nem todos lhes deram ouvidos e os sinais parecem encorajadores: “Mulheres que são membros do Shura [conselho consultivo] foram insultadas por condenarem leis discriminatórias. Os caluniadores foram processados judicialmente. As queixosas recebem cada vez mais apoio de outras mulheres que vão ganhando maior consciência.”

Os próximos desafios, adianta Hatoon al-Fassi, serão “abolir o sistema do guardião masculino, mudar o código de família, pôr fim à interdição de conduzir e nomeações para cargos de decisão, a nível ministerial, em particular”. A saudita para quem outras olham como fonte de inspiração diz que não se importaria de seguir uma carreira política, mas admite que não tem muitas opções. “Decidimos dividir as tarefas entres grupos de mulheres. Por enquanto, estamos a festejar, mas não abdicamos de reclamar todos os nossos direitos.”

Uma das candidatas vencedoras foi Rasha Hefzi, diretora da Think N Link Cooperation, 38 anos, solteira e sem filhos. Vive em Jidá, principal entreposto comercial e “a cidade mais liberal”. A sua empresa fornece vários serviços, designadamente sondagens e campanhas para a promoção do desenvolvimento socioeconómico. Não se estranha, pois, quando diz, em conversa telefónica: “Usámos todos os meios ao nosso dispor: redes sociais, cartazes nas ruas, call centers, e-marketing, porta a porta...”

Mais mulheres a trabalhar
Desde os 15 anos que Rasha Hefzi milita ativamente por causas como o feminismo, o diálogo inter-religioso e a democracia. Membro de várias organizações não-governamentais, como a Assembleia Mundial para a Juventude Muçulmana, ajudou a fundar diversas associações comunitárias. “A minha prioridade é encorajar maior civismo”, declara. “Interessa-me que as pessoas compreendam a importância de participar na vida pública. As mulheres já são ativas em muitas esferas, em particular no sector privado. Na Câmara de Comércio de Jidá, são figuras notáveis, embora discretas.”

A segregação de sexos permanece uma realidade, mas Rasha Hefzi prefere valorizar o número crescente de mulheres no mercado de trabalho. “Fui eleita graças aos votos de muitos homens, muitos dos quais empresários”, garante. “Há indicadores de mudança e quero contribuir para dar mais poder às mulheres, através do conhecimento e da experiência. Os direitos vão-se conquistando. A Arábia Saudita não é um Estado monolítico. Cada região tem as suas especificidades.”
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 Ensaf Haidar com uma foto de 
Raif Badawi, Prémio Sakharov
Aplicar um plano diretor que garanta ordenamento urbano foi uma das promessas eleitorais de Rasha Hefzi, uma das maiores críticas do sistema de saneamento quando, em novembro, chuvas intensas causaram cheias que romperam condutas de esgotos em Jidá matando dez pessoas. Entre os que lhe deram o voto está Reem Asaad, conselheira financeira na Saudi Fransi Capital Corporation, aclamada pela “Arabian Business Magazine” como uma das “100 mulheres árabes mais influentes” (no 3º lugar).
Licenciada em Ciência, com um mestrado em Química e pós-graduação em Investimento, Reem Asaad foi uma das primeiras mulheres em cargos outrora ocupados só por homens no poderoso National Commerce Bank. Na manhã das eleições, fez-se acompanhar pela sua filha de cinco anos para ser ela a fazer “deslizar o boletim de voto” na urna. “Acredito que o meu país avança no sentido de ‘normas’ mais universais”, exulta, por e-mail. “Haverá momentos sombrios mas o sol brilhará. Assim se faz história.” Num tweet que se tornou viral, Reem Asaad escreveu: “Votei! Pela primeira vez na minha vida adulta na #Arábia Saudita. Podem rir-se, mas é um começo.”

Prémio Sakharov
por razões diferentes acabou por caber, também, a uma mulher receber o Prémio Sakharov deste ano. Foi o que fez Ensaf Haidar, mulher do blogger saudita Raif Badawi a cumprir pena de prisão. Não podendo Badawi estar presente em Estrasburgo, no Parlamento Europeu para receber a distinção atribuída, foi portanto Ensaf Haidar a estar presente na cerimónia, na passada quarta-feira (dia 16) exibindo, simbolicamente, uma fotografia do marido.

O ano passado, Badawi foi condenado a dez anos de cadeia, multa e mil chicotadas que, a terem sido aplicadas, lhe teriam custado a vida. É acusado de insultos à religião, crime informático e desobediência ao seu pai. Crimes e castigo dizem-nos algo sobre a Arábia Saudita.

* Arábia Saudita uma feroz ditadura de quem o ocidente tem medo há mais de 50 anos.

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DEBAIXO DA TERRA

Uma cidade subterrânea no deserto australiano

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ESTA SEMANA N0
"DINHEIRO VIVO"
Novo Banco perdoa 80 milhões à Prébuild

Recuperação da TGlobal e da Goldenpar aprovadas por mais de 90% dos votos. Planos em risco pela oposição da Segurança Social 

O grupo Prébuild já chegou a acordo com os credores para a renegociação da dívida das suas participadas TGlobal Supply e Goldenpar. Os planos de recuperação preveem 40% de perdão de dívida aos credores comuns financeiros, entre os quais se contam o Novo Banco, que abre, assim, mão de cerca de 80 milhões de euros. E apesar de terem sido aprovados por uma larga maioria de votos, acima dos 90%, contam com a oposição do Estado. A Segurança Social votou contra e promete interpor recurso. O que pode por em risco todo o processo negocial já realizado. 
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  João Gama Leão
PRESIDENTE DA PREBUILD
A TGlobal Supply era a trading do grupo – hoje constituído por mais de 40 empresas de construção, indústria e serviços -, a Goldenpar é a ex-SGPS, entretanto substituída pela Prébuild Internacional. 

 O descalabro do BES, com a transferência de 100 milhões de euros em cartas de crédito abertas para o universo do banco mau, obrigou à reestruturação da Prébuild, tem dito o seu presidente, João Gama Leão, e levou ao esvaziamento das duas empresas, que se apresentaram ao processo especial de revitalização em agosto. 

A negociação com os credores decorreu nos últimos 90 dias, prazo máximo permitido por lei, e os planos de viabilização foram aprovados com 93,8% de votos favoráveis na TGlobal Supply e de 94,83% na Goldenpar. 

Em causa estão dívidas da ordem dos 260 milhões de euros, embora a lista de créditos de ambas contabilizem valores superiores. Quem conhece o processo explica que há acertos a fazer e dívida duplicada por via dos avais que ligam as duas empresas. 

 Deste total, 220 milhões correspondem à dívida ao Novo Banco. Sem juros. A maior parte é financiamento sem garantia, e portanto, sujeito às regras dos credores comuns: perdão de 40% de capital, carência de dois anos, pagamento em 20, ou seja, em 240 prestações mensais. Os juros vencidos são incorporados no valor em dívida, sujeitos a um spread de 1%. 

 Os juros futuros vão ser contabilizados a um spread Euribor seis meses 0,125% no primeiro ano, de 0,25% no segundo, de 0,75% no terceiro ano e de 1% a partir do quarto ano. Já os fornecedores abrem mão dos juros, mas, em contrapartida, recebem em 15 anos (30 prestações semestrais). Dois anos, com um de carência, é o prazo para pagar aos trabalhadores, que não recebem juros. Quanto ao Estado, está previsto o pagamento no prazo máximo previsto na lei e que é de 12,5 anos (150 meses). 

Os créditos subordinados, ou seja, as dívidas às restantes empresas do grupo Prébuild e a acionistas sofrem um perdão total. “Foi um processo difícil, atendendo aos montantes envolvidos, mas ninguém sai vencedor nem vencido. Foi possível construir soluções de equilíbrio para viabilizar o futuro do grupo”, afirma fonte contactada. Mas tudo pode estar em causa com a oposição da Segurança Social. 

É que, embora este organismo assuma que só pretende requerer a declaração “da ineficácia do plano” em relação à sua dívida, “uma vez que não deu o seu consentimento expresso à modificação e redução dos seus créditos”, a verdade é que, nestes casos, os juizes da Relação têm vindo a decretar nula a homologação do plano de viabilização. O que tem levado à falência inúmeras empresas viabilizadas pelos credores. É que a Lei Geral Tributária estabelece que os créditos do Estado são “indisponíveis”, o que “prevalece” sobre qualquer legislação especial, designadamente o Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas. A introdução desta disposição na Lei Geral Tributária é da responsabilidade do Governo de José Sócrates, no âmbito da Lei de Orçamento de Estado de 2011. 

O Partido Socialista já tentou, por diversas vezes, alterar a lei, de modo a facilitar o papel do Estado-credor na salvação de empresas em dificuldades, mas as suas propostas foram sucessivamente chumbadas pela maioria PSD/CDS. A expectativa dos agentes envolvidos nos processos especiais de revitalização é que agora que é Governo, o PS proceda a essa alteração. 

 Da parte da Prébuild, a convição é que a oposição da Segurança Social tem mais a ver com “questões de timing e de semântica” do que com o teor do plano em si e que será possível ultrapassar o problema. 

Com mais de 40 empresas, o grupo Prébuild opera nos setores da construção, indústria e serviços. Dá emprego a 5.700 pessoas e faturou, em 2014, cerca de 700 milhões de dólares (650 milhões de euros). Os mercados africanos, com um destaque especial para Angola, e a Colômbia asseguraram cerca de 90% do volume de negócios. 

Com o descalabro do universo Espírito Santo – são conhecidas as declarações de João Gama Leão reconhecendo que perdeu 20 milhões de euros, a título pessoal, já que havia subscrito 10% do aumento de capital de 200 milhões da Espírito Santo Internacional em 2011 -, a Prébuild viu-se privado da única ferramenta de crédito de que dispunha para suportar o seu ritmo de exportações, os tais 100 milhões em cartas de crédito acima referidos, e a solução foi reestruturar o grupo. 

Sem apoio financeiro para suportar a aposta internacional em variadas geografias – estava no Médio oriente em várias frentes, nos países de Leste, na Venezuela, etc -, a Prébuild focou-se nos mercados africano, com destaque para Angola e Argélia, que começa agora a dar frutos, na América Latina, em especial na Colômbia e no Brasil, e em Portugal. 

Na Colômbia, um diferendo com a Terranum, plataforma de investimento na área imobiliária do grupo Santo Domingo, com acusações de incumprimentos de parte a parte, levou ao abandono do mercado, onde a Prébuild estava a construir um parque industrial na zona franca de Gachancipá para instalar a sua base logística e operacional, num investimento da ordem dos 230 milhões de euros. 

* Mais uma contribuição para o  bolso do contribuinte, vamos acabar de vez com estes empreendedores, tão ao gosto dos líderes do anterior governo.


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 INSIGNIFICÂNCIAS DE PORMENOR













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ESTA SEMANA NA
"EXAME  INFORMÁTICA"
Luva robótica vai ajudar cegos
 a “ver” com as mãos

Investigadores das universidades de Nevada e de Arkansas estão a desenvolver um wearable que pretende ajudar os cegos a “ver” os objetos que estão prestes a tocar. Yantao Shen, principal responsável pela investigação, revela ao Engadget que o dispositivo será mais simples e discreto que uma luva. 
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Este wearable irá conjugar câmaras de elevada resolução, microfones e sensores mecânicos e elétricos. Isto permitirá enviar ao utilizador a localização de um objeto, juntamente com o tamanho e formato, através de feedback háptico e de áudio.

A tecnologia continua em fase de desenvolvimento, pelo que não foi adiantada ainda nenhuma data sobre quando poderá ser disponibilizada ao público.

* A tecnologia a tentar suavizar incapacidades intransponíveis.


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OBESIDADE
COMO ACONTECE




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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

José Espinho, o homem que fez
 a Olaio e muito mais

Nunca se sentiu designer, mas antes um fazedor de obra. Falamos do homem que se notabilizou como Consultor de Estética Industrial da Olaio, empresa de mobiliário português para a qual desenhou várias linhas: José Espinho.
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O foco da exposição que ocupa o terceiro piso do MUDE, em Lisboa, até 6 de Maio de 2016 está no seu trabalho enquanto projectista de espaços interiores, como é o caso dos extintos hotel Estoril Sol ou do Cine-Teatro Monumental, e dos que ainda existem, como a Cervejaria Solmar, na Rua das Portas de Santo Antão, em Lisboa.

A exposição divide-se em três pólos: vida privada, as colaborações com a Câmara de Lisboa (onde era ilustrador) e nos seus trabalhos enquanto projectista de interiores e de imobiliário. São várias as peças de mobiliário expostas (algumas delas que pode encontrar em casas de amigos seus mais dados ao vintage) assim como objectos pessoais de José Espinho. No total, são cerca de 90 as obras presentes. 

* Somos dos felizardos que com orgulho conservamos móveis OLAIO em nossa casa, têm mais de trinta anos, são intemporais.

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DIREITO À ESPERANÇA




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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

Relvas já não vai ser Alto Comissário

Era para haver um Alto Comissário da Casa Olímpica da Língua Portuguesa no Brasil, a propósito dos Jogos Olímpicos de 2016, e o nome chegou a ser anunciado em 2013: Miguel Relvas. Porém, a pouco menos de um ano do início do grande evento desportivo, o ex-ministro de Pedro Passos Coelho confirma à VISÃO, a partir do Brasil, que a ideia caiu por terra.
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A crise no Brasil e em Angola é a razão assumida por Miguel Relvas para não se ter avançado com a Casa Olímpica. "A crise no Brasil é real. Quando começou a falar-se na hipótese o dólar estava a 1,7 reais e atualmente está a quatro. Havia toda outra pujança. A componente cultural, até dos Jogos Olímpicos, foi alterada para um quadro mais austero".

O Alto-Comissário iria 'dirigir' a associação sem fins lucrativos que seria criada no Brasil e que teria na sua constituição dez a doze elementos, entre eles o presidente do Comité Olímpico de Portugal José Manuel Constantino, o ator Ricardo Pereira, a designer Guta Moura Guedes e o presidente da Câmara Luso-Brasileira no Rio de Janeiro, Paulo Elísio.

Na altura em que foi convidado para desempenhar funções a partir de Portugal o ex-ministro explicou que não seria remunerado. «Como condições prévias, exijo fazê-lo a título não oneroso e geograficamente abrangente, isto é, englobando nas realidades culturais a promover», explicou, em comunicado.

O objetivo da Casa era tornar o português numa das línguas de trabalho do Comité Olímpico Internacional, e funcionar como uma espécie de embaixada para organizar eventos culturais, mostras de produtos, encontros, seminários, fóruns empresariais, festas e celebrações até aos Jogos Olímpicos de 2016.

«Vamos procurar criar um espaço de prestígio que dignifique a lusofonia. Miguel Relvas será o facilitador, já que tem uma ótima relação com a comunidade lusófona em vários países», afirmou, em 2013, fonte do Comité Olímpico de Portugal à VISÃO.

Agora, Relvas assume que não valia a pena. "Ou se fazia algo com impacto ou não se fazia uma coisa pífia".

* Alguém acredita que o sr. Relvas iria dirigir uma organização sem fins lucrativos para ele??
** Coisa pífia é a sua deslumbradora licenciatura.

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SONHOS


De: Saborintenso
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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Desastre do Banif não conta 
para o défice de 2015

António Costa esteve nos últimos dias reunido com as autoridades europeias a discutir o dossiê Banif. Independentemente do desfecho do caso, o primeiro-ministro quis assegurar que eventuais perdas adicionais com o banco onde o Estado tem 60% do capital não sejam tidas em conta no cálculo do défice excessivo.
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O chefe de Governo chegou a admitir que poderá ter de apresentar um Orçamento retificativo devido à situação do banco, mas quis acautelar que as perdas não põem em causa a meta dos 3% que permitirá a Portugal sair do Procedimento por Défice Excessivo (PDE).

Na prática, a solução negociada em Bruxelas deve prever que, em caso de perdas adicionais, a intervenção no Banif seja considerada uma despesa extraordinária. Haveria assim um défice com Banif e outro sem Banif. O mais baixo é que contaria para o PDE.

O precedente do Novo Banco
António Costa fez questão de lembrar que esta interpretação contabilística já foi seguida no passado. “É entendimento da Comissão Europeia que as despesas relativas ao fortalecimento do sistema das aplicações financeiras neste quadro não têm sido consideradas relevantes para o procedimento de défice excessivo”, afirmou em Bruxelas, depois de uma série de encontros com líderes europeus.

O primeiro-ministro lembrou ainda que “o aumento muito significativo” do défice de 2014, devido à intervenção no Novo Banco, “não foi tido em conta para a avaliação do cumprimento das regras para efeito do PDE”.

Já em 2013, quando o Banif foi alvo de um resgate, foi seguido este entendimento. Nesse ano houve um défice sem o efeito Banif e outro com esse impacto.

Contactado pelo SOL, o economista Filipe Garcia, da consultora IMF, explica que, no caso de existir agora um prejuízo para o Estado, isso não irá penalizar o défice deste ano: haveria a mesma solução encontrada para o Novo Banco. “Nesse caso, a parcela do Banif não entra para as contas de défice excessivo e apresenta-se como uma questão meramente contabilística”.

Em setembro deste ano, o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro, Valdis Dombrovskis, considerou que o impacto da operação de capitalização do Novo Banco no défice de 2014 era uma questão meramente contabilística e que não iria exigir medidas orçamentais compensatórias. O INE revelou que a capitalização do Novo Banco fez o défice orçamental de 2014 subir para 7,2% do PIB, contra os 4,5% reportados anteriormente.

Filipe Garcia lembra ainda que esse “trabalho de omissão no défice” poderá ser facilitado no caso de ser posto em prática o Fundo de Resolução, uma vez essa medida seria “supervisionada por autoridades europeias e apenas reajustada à realidade portuguesa”.

Espanhóis interessados
Já para os contribuintes, o tratamento será diferente. De acordo com o economista, qualquer que seja o cenário a avançar terá sempre custos para os portugueses. “E isso não vai dar para omitir”.

O próprio primeiro-ministro já admitiu esta semana que o custo para os contribuintes resultante da ‘salvação’ do Banif dependerá da solução final do processo em curso no banco. Sobre os depositantes, António Costa afirmou que “têm todas as razões para estarem plenamente confiantes na integridade dos seus depósitos, independentemente dos seus montantes”. “Quanto ao dinheiro público investido no banco, isso dependerá muito da solução final. Não posso dar a mesma garantia”, afirmou.

Haver ou não perdas adicionais com o Banif depende em muito do processo de venda da participação do Estado, cujo prazo de ofertas terminou ontem ao final do dia. O banco recebeu seis propostas, entre as quais estavam as do Santander e do Popular.

O valor da venda dos 60,5% do Estado será determinante para apurar perdas e, mesmo que haja um encaixe financeiro com a alienação, há uma incógnita adicional: o Estado fica ou não os ativos tóxicos que ficaram de fora do negócio, nem que seja temporariamente?

* Entendemos a intenção de António Costa para não prejudicar Portugal, mas os portugueses têm de saber que o anterior governo andou a chutar p'rá frente o problema do Banif durante 3 anos, existem documentos que o comprovam, mais uma desonestidade de quem se armava em virgem pudorenta.

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740
Senso d'hoje
ANTÓNIO
LOBO ANTUNES
ESCRITOR
Eu acho que nunca ninguém 
escreveu como eu em Portugal. 
Mas é só uma opinião

AFIRMAÇÕES SOBRE FERNANDO PESSOA
Isto está cheio de patetas, as perguntas nunca são bem aquelas e as respostas também nunca são bem aquelas. Primeiro era uma boutade. Foi num almoço, estávamos a gozar, e de facto eu acho mesmo que ele teria sido melhor poeta se tivesse feito amor… Como se pode viver sem fazer amor ? Não entendo. Mas só um palerma é que me vai atacar por eu dizer isso. Mas não. Não houve medíocre que não viesse morder. Não gosto da Mensagem, é evidente, como acho que o Livro do Desassossego é um conjunto de banalidades e lugares-comuns. Não sei para que estamos a falar do Fernando Pessoa, coitado, não tem culpa nenhuma… Isto é para dar matéria aos idiotas, para me virem morder os calcanhares, não chegam mais alto…

PESSOA E EÇA SÃO INTOCÁVEIS?
Pois, e isso é extraordinário. Achava Eça um romancista extraordinário, já não acho. Tenho admiração pelo Antero e pelo Herculano. O meu pai citava Herculano: “Por meia dúzia de moedas Garrett é capaz de todas as porcarias, menos de uma frase mal escrita.” Não é bonito?

No seu livro diz: "A velhice não é roubarem-nos o futuro, é terem-nos roubado o passado"…
Tem a ver com a memória. E sem memória não há imaginação. Aquilo que as pessoas chamam imaginação não é mais do que a maneira como nós arranjamos e desarranjamos os acontecimentos da vida. Nada se inventa. Pode-se misturar as coisas, ou mostrar só metade, mas todos os livros falam da mesma coisa. E todos os escritores são uniformemente infelizes. Porque se fossem felizes não tinham necessidade de passar 16 horas por dia a escrever. Há uma dor com que se nasce… Os artistas sofrem muito.


* Excertos de polémica entrevista a "ANA MARGARIDA DE CARVALHO" para a revista "VISÃO" 


** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro. 

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