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O QUE NÓS

  "ABANÁMOS"!


Tsunami de 1964
Criado pelo maior sismo alguma vez registado 
(magnitude 9,2 no Alaska - EUA)



Prince William Sound, no Alasca, perto da cidade de Valdez. Um dos maiores terremotos já registado por instrumentos (e o maior de sempre nos Estados Unidos) atingiu centro-sul do Alasca em 27 de Março 1964 (horário local).

Este terremoto de magnitude 9,2 (escala de Richter) gerou um tsunami que matou 131 pessoas no Alasca e na Califórnia e danificou propriedades no Alaska, na British Columbia, no Oregon e Havai.

Neste sismo o chão soltou-se, dobrou-se e agitou-se
Com duração de 3 minutos (algo que não quero nem pensar sobre), a magnitude 9,2 terremoto é o segundo maior já registrado. Quando tudo tinha resolvido, 131 pessoas foram mortas . A maioria, incluindo 11 pessoas em Crescent City, na Califórnia, foram mortos por tsunamis do terremoto enviados cair em terra ao longo da borda norte do Oceano Pacífico. Da Ásia à América do Sul, litoral foram inundadas pelas ondas que vieram do Alasca. Em Valdez Inlet, as ondas atingiram alturas superiores a 60 metros. A animação acima mostra como estas ondas podem ter viajado mais de 20 horas a partir de seu epicentro para terras tão distantes como o norte do Chile.

A animação mostra como o tsunami possivelmente se propagou no Oceano Pacífico há 50 anos atrás, num período de 20 horas. Trata-se de um "mapa energético", mostrando as alturas máximas previstas de ondas do tsunami em mar aberto seguido pelo deflagrar do tsunami nas linhas de costa . Como resposta a este evento o governo dos Estados Unidos criou um segundo centro de alerta de tsunami em 1967, o Centro de Alerta de Tsunami do Alasca - agora chamado de Centro de Alerta de Tsunami Nacional - para ajudar a mitigar as ameaças futuras de tsunami para o Alasca, Canadá e o continente dos EUA.


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 3- A MAGIA NA RUA

PHILIP BLUE



* A etiqueta "PEIDAMÁGICA" oferece-lhe horas de ilusão, procure na coluna da direita e clique.


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V- ERA UMA VEZ O HOMEM

1- OS PRIMEIROS IMPÉRIOS




* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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Francis Ford Coppola


Um terrorista é terrorista

porque não tem exército




* Entrevista à "Euronews"

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3-BRASUCAS
MÓNICA CARVALHO
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ANA RITA GUERRA

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Trabalho sujo: 
uma lição que começou 
com cocó na cara

Há doze anos, surgiu um programa de televisão chamado 'Dirty Jobs' (Trabalho Sujo) que mostrava os empregos mais incríveis do mundo.

Esteve 7 anos no canal Discovery e foi agora reformulado pela CNN, sob o nome ‘Somebody’s gotta do it’. À frente das câmaras está o mesmo homem, Mike Rowe, que todas as semanas mostra aos espectadores o que normalmente ninguém vê. 

Tal como o nome do programa indica, alguém tem de fazer os trabalhos mais perigosos, exigentes e indutores de vómito que nos permitem viver num mundo limpinho – em que a água suja vai pelo ralo e ninguém tem de olhar para o autoclismo enquanto este faz o seu trabalho. Rowe esteve na semana passada no encerramento da conferência Teradata Partners, na Califórnia, uma presença que aparentemente não tinha relação nenhuma com o software analítico e os centros de dados da empresa. Mas o que ele contou acabou por fazer sentido, numa altura em que se agrava o desajuste entre as capacidades em que as pessoas se formaram e aquelas que o mercado pede. 

É difícil imaginar que uma grande lição económica venha de uma descida aos esgotos, mas foi por aí que tudo começou. Em 2001, Rowe trabalhava num segmento noticioso da CBS, ‘Evening News’, quando teve a ideia de mostrar como são os esgotos de São Francisco. A reportagem foi um desastre. Rowe levou com cocó na cara, por causa de um efeito de pressão que causa pequenas “explosões” de matéria fecal variada, entraram-lhe baratas para a boca e um rato meteu-se nas botas dele. Tudo enquanto o operador de câmara vomitava e o inspector do esgoto, Gene Cruz, lhes dizia para deixarem de se meter com a fauna local e darem uma ajuda na tarefa, que era a substituição de tijolos apodrecidos. 

As imagens são de virar o estômago, mas no dia seguinte Rowe recebeu cerca de 10 mil mensagens com ideias de reportagens noutros empregos assim, muito pouco convencionais, e o Discovery pegou na ideia. O que surpreendeu Mike Rowe foi o profissionalismo e conhecimento de Gene Cruz, engenheiro de formação, enterrado até aos joelhos num pântano acastanhado com “balões” de borracha transparente a agarrarem-se frequentemente às botas. 

“Em 2009, quando os números de desemprego batiam no máximo, eu via avisos de ‘ajuda precisa-se’ em todo o lado”, disse Rowe, explicando como a sua jornada por todos os estados norte-americanos lhe mudou a perspectiva económica. Os patrões com quem falava diziam o mesmo: não conseguiam encontrar pessoas que estivessem dispostas a usar novas ferramentas, fazer formação e potencialmente mudar de casa. “A minha teoria é de que confundimos problemas [desemprego, deslocalização] com sintomas de uma relação desligada com o trabalho”, explicou. “Há três milhões de vagas disponíveis e vários milhões de pessoas desempregadas e capazes. Estamos a emprestar dinheiro a jovens que nunca poderão pagá-lo de volta, para os formar em empregos que já não existem.” É claro, o problema dos empréstimos para os custos do ensino superior são de loucos nos Estados Unidos, chegando aos 200 mil euros por aluno. Mas a conclusão é universal: enquanto o mercado tem necessidades tremendas em áreas onde a mão-de-obra qualificada escasseia, há profissões em que só abunda o desemprego. Duvido que alguém sonhe com castrar cabras ou examinar crocodilos e certamente mudar de profissão não é algo que todos possam fazer. Mas não é disto que falamos quando enaltecemos os fazedores? Pessoas que se re-qualificaram, que mudaram de cidade ou de país, que identificaram oportunidades e criaram os seus nichos? 

Mike Rowe pode não fazer a mínima ideia do que é big data, software analítico e centros de dados na nuvem, as principais ofertas da Teradata. No entanto, considera que estes “cientistas dos dados” são como canalizadores do século XXI. “Eu vejo o horror na cara das pessoas quando o cocó não desaparece sanita abaixo, quando as luzes não se acendem ou a internet não liga imediatamente com esses pós de perlimpimpim ou que raio vocês põem no computador”, disse Rowe, no final da sua apresentação. “No segundo em que uma destas coisas não funciona ficamos ofendidos! Não é engraçado?”. Sem dúvida, Mike, sem dúvida.

IN "DINHEIRO VIVO"
29/10/15


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2-BRASUCAS
LUIZA TOMÉ
 
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 ESTÁ A TURQUIA A DISTANCIAR-SE
CADA VEZ MAIS DA U.E.?



* Uma produção "EURONEWS"


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4-OS PRESIDENTES


HISTÓRIA DA REPÚBLICA



* A cerca de três meses das eleições para a Presidência da República apresentamos a história deste órgão de soberania, os seus intervenientes desde a sua génese.

** Uma notável produção da "RTP"

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1-BRASUCAS


FLAVIA ALESSANDRA


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Janine Jansen

Meditation from Thaïs


Jules Massenet

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ESTA SEMANA NO
"OJE"

Volvo Ocean Race. 
Lisboa prepara-se para receber 
próxima regata

A presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Marina Ferreira e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, assinam este domingo, 1 de Novembro, dois importantes protocolos de colaboração entre as duas entidades, tendo em vista a organização da próxima edição da Volvo Ocean Race e a instalação do Centro de Vela Municipal na Doca de Santo Amaro.
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A assinatura decorrerá em pleno Rio Tejo, a bordo de uma embarcação que fará acompanhamento à Regata “Troféu Porto de Lisboa”, uma iniciativa organizada pela Associação Naval de Lisboa e que já vai na sua trigésima (30ª) edição.

Todos os anos a regata reúne um número crescente de embarcações de diversas classes, bem como velejadores de diversas faixas etárias e níveis de experiência.

Este ano são esperadas cerca de uma centena de participações, o que deverá transformar o Tejo num cenário particularmente atrativo para os amantes da modalidade e da fotografia desportiva.

Porto de Lisboa proporciona experiências no Tejo no 128º aniversário
O Porto de Lisboa comemora sábado e domingo (31 de outubro e 1 de novembro) o seu 128º aniversário, com um programa de atividades aberto à população de Lisboa e organizado em articulação com diversos parceiros.

Assim, no âmbito do Dia Aberto do Porto de Lisboa, esta entidade oferece aos lisboetas um vasto conjunto de experiências “ribeirinhas”, com acesso gratuito, que inclui as seguintes possibilidades: passeios na Caravela Vera Cruz, saídas recreativas em rebocadores, visitas guiadas aos painéis de Almada Negreiros, na Gare Marítima de Alcântara, visitas guiadas aos painéis de Almada Negreiros, na Gare Marítima da Rocha, visitas ao navio escola “SAGRES”.

* Este evento náutico traz prestígio ao país e não somente a Lisboa.


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CORTES DE CABELO


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ESTE MÊS NA
"PCGUIA"

Projecto ‘Pavimento Inteligente’ 
vence OPEN MIND ESEGUR 2015

O projecto ‘Pavimento Inteligente’, desenvolvido por três alunos de Engenharia Informática e Electrotécnica da Universidade da Beira Interior (UBI), venceu a segunda edição do OPEN MIND ESEGUR, promovido pela ESEGUR em colaboração com a PremiValor Consulting.
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Os autores do projecto ‘Pavimento Inteligente’, um pavimento assente numa estrutura eléctrica conectada a um dispositivo que permite recolher informação através do mesmo, vão receber um prémio pecuniário de 4 mil euros e o docente orientador da equipa uma bolsa de investigação de 2 mil euros.

Na cerimónia de entrega do prémio, que decorreu no dia 27 de Outubro, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, as 10 equipas semifinalistas – de um total inicial de 100 alunos e 15 universidades – apresentaram os seus projectos e ideias criativas num pitch de dois minutos/equipa e, posteriormente, as cinco equipas finalistas num pitch mais aprofundado de cinco minutos/equipa.

* Investigação portuguesa de topo.

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O QUE É GLOBALIZAÇÃO?

Pergunta:
Qual é a mais correta definição de Globalização?
Resposta:
A Morte da Princesa Diana...
Pergunta:
Porquê?
Resposta:
Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas

A princesa foi tratada por um médico canadiano, que usou medicamentos americanos

Este mail é-lhe enviado  por um português, usando tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, está a ler o mail num computador genérico que usa chips feitos em Taiwan com um monitor coreano montado por trabalhadores do Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em camiões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por estivadores  sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a si por chineses, através de uma conexão paraguaia.


Isto é,GLOBALIZAÇÃO!!!

 

QUEM SOU EU?

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...
Vê só que dilema!!!
Na ficha de qualquer loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa sou INQUILINO, nos transportes públicos e em viatura particular sou PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado (e lojas também) sou CONSUMIDOR. Nos serviços sociais sou UTENTE.


Para o estado sou CONTRIBUINTE, se vendo algo importado sou CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou VIGARISTA, se não pago impostos sou SONEGADOR, se descubro uma maneira de pagar um pouco menos, sou CORRUPTO.  


Para votar sou ELEITOR, para os sindicatos sou MASSA SALARIAL, em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE, se passeio, sou TRANSEUNTE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE

Nos jornais viro VÍTIMA, se leio um livro sou LEITOR, se ouço rádio OUVINTE.  
A ver um espectáculo sou ESPECTADOR, a ver televisão sou TELESPECTADOR, no campo de futebol sou ADEPTO
Na Igreja católica, sou IRMÃO.
E, quando morrer... uns dirão que sou... FINADO, outros... DEFUNTO, para outros... EXTINTO, para o povão... MAIS UM QUE DEIXOU DE FUMAR... Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, os evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...

 
E o pior de tudo é que, para os governantes sou apenas um  IMBECIL !!!
 

E pensar que um dia quis ser 
 EU, SIMPLESMENTE...

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Irregularidades na compra de próteses
. levam PJ a Santa Maria

A Polícia Judiciária (PJ) realizou hoje buscas no Hospital de Santa Maria, relacionadas com o caso das próteses, confirmou à agência Lusa fonte ligada ao processo.
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Segundo a mesma fonte, este caso insere-se na investigação da PJ e do Ministério Público sobre fraudes detectadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A TVI avançou com a notícia que as buscas visaram no gabinete do director do Serviço de Cirurgia Vascular, estando em causa alegadas irregularidades na compra de próteses.

Em Julho, o Ministério da Saúde revelou que enviou para investigação nos últimos três anos 416 processos no âmbito do combate à fraude, que equivalem a um montante superior a 370 milhões de euros.

Segundo os números apresentados, entre Setembro de 2012 e maio de 2015 foram tratados e enviados para investigação 416 processos, num valor total de 372 milhões de euros.

Os 416 processos enviados para investigação entre 2012 e 2015 resultaram da análise sobre 330 prescritores de facturas, 140 prestadores de serviços e dois utentes.

Do total, Polícia Judiciária, Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e Inspecção-geral das Actividades em Saúde levantaram 60 processos.

O ministro da Saúde sublinhou que a fraude na saúde "retira uma quantidade significativa de recursos que podiam ser aplicados na parte assistencial e em mais investimento."

* O Serviço de Cirurgia Vascular tem profissionais de excelência, por isso a nossa perplexidade.

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 OS FILHOS DA PAUTA

ESPECIALISTAS 
EM RECRUTAMENTO



* Uma produção "EURONEWS"


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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

Crianças que passam mais tempo 
com o pai são mais inteligentes

Um estudo britânico concluiu que uma forte presença paterna nos primeiros anos de vida não só aumenta o QI das crianças como melhora as perspetivas de carreira no futuro.
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Para o estudo, foram observados mais de 11 mil cidadãos britânicos, homens e mulheres. Às mães, os investigadores da Universidade de Newcastle perguntaram com que frequência os pais participavam em atividades com os filhos, incluindo leitura, passeios e "tempo de qualidade", no geral.

As conclusões, publicadas na revista Evolution and Human Behaviour, mostram que as crianças que passaram mais tempo com o pai tinham um QI mais elevado do que as que recebiam menos atenção paterna. E as diferenças continuavam visíveis aos 42 anos.

Os investigadores sublinham, no entanto, que para obter este efeito não basta que os pais vivam juntos, é necessário que o pai esteja ativamente envolvido na vida dos filhos.

*Acrescentamos, para as crianças o importante é não haver pais conflituosos ou então é melhor separarem-se.

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 "ORAMENTE"




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ESTA SEMANA NO
"SOL"
Teólogo diz que a Bíblia 
‘não é homofóbica’

O teólogo luterano dinamarquês Renato Lings defende que a "Bíblia não é homofóbica" e atribui "a crença" da censura da homossexualidade a uma tradução errada do hebraico para o grego.
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Tradutor e intérprete, Renato Lings decidiu fazer um doutoramento em teologia na University of St Mark & St John, no Reino Unido, sobre a questão da homoafetividade na Bíblia.

Ficou preocupado quando viu que "havia muitos detalhes por examinar" na Bíblia, conforme contou em entrevista à agência espanhola Efe, numa altura em que o debate sobre a homossexualidade na Igreja Católica está na ordem do dia.

Lings decidiu iniciar uma extensa pesquisa académica e descobriu que "o mito" que a Bíblia censura homossexualidade se deve a "uma má tradução para o grego do antigo testamento".

O teólogo disse ter encontrado ambiguidades em alguns termos das escrituras em hebraico e grego. "Eram termos opacos", que não se sabe o seu significado "a 100 por cento".

Segundo Renato Lings, que trabalhou como professor na Universidade Bíblica Latino-americana, na Costa Rica, esta assunção errónea foi motivo de discriminação e perseguição ao longo da história, preocupando-o que este "mito" ainda seja amplamente aceite em alguns setores da comunidade cristã.
Por esse motivo, a sua tese e o seu trabalho tentam "desconstruir esse mito", e questionam a "orientação tendenciosa do cristianismo" que perpetua "a interpretação mais repressiva" das escrituras que, afirmou, "não é exata e é muito temerária".

"Ando a estudar esta questão há 15 anos", assegurou, atribuindo à tradição cristã o ensino de que "a Bíblia rejeita os homossexuais".

No Sínodo sobre a família, que terminou há uma semana no Vaticano, o papa Francisco reafirmou no documento final que os homossexuais não devem ser discriminados, embora tenha reiterado que a união entre pessoas do mesmo sexo "não pode ser nem remotamente" comparada com o casamento entre um homem e uma mulher.

* O problema não está na Bíblia, excelente livro de ficção,  o erro é que homofóbicos e xenófobos pensam que são seres humanos.

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Torta de Laranja



De: Saborintenso
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO/EXAME"

Hospitais privados dão milhões

À boleia das seguradoras proliferam de norte a sul do país e atraem cada vez mais clientes. Pagam melhores salários a médicos e gestores. Durante anos, enquanto Portugal debatia a sustentabilidade do SNS, os privados driblaram a crise com lucros de milhões

A administração hospitalar tem há largos anos um desafio que não raras vezes faz faísca: entre as exigências dos acionistas e as necessidades das equipas de colaboradores nem sempre é fácil conseguir o ponto de equilíbrio. Um equilíbrio especialmente delicado, atendendo a que à frente da equação está a necessidade de tratar doentes e salvar vidas. "Só um masoquista continua a trabalhar em ambiente público", confessa Marta Temido. A administradora hospitalar continua, ainda assim, fiel ao Estado. Mas muitos colegas vêm migrando para os hospitais privados, que durante a recessão económica provaram ter uma saúde de ferro
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As histórias contadas por Marta Temido, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), são bem conhecidas de todos quantos trabalham em hospitais públicos: muitas vezes faltam materiais aos enfermeiros e abundam os processos burocráticos que dificultam a prestação de um serviço imaculado aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). "É verdade que em ambiente público a máquina é muito mais pesada. E é mais lenta a responder aos estímulos do ambiente externo", aponta a presidente da APAH.
Marta Temido sublinha que "um gestor público de saúde é terrivelmente mal pago, sobretudo com a responsabilidade jurídica que tem". Também administradora do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, de Cantanhede, Marta Temido admite que o sector privado continua a ser uma referência. "Culturalmente, toda a Administração Pública tende a olhar para o sector privado como um local de recolha de práticas inovadoras e de conquista de melhores resultados", avalia.
É também no feminino que fala uma das vozes mais sonantes do sector privado. Isabel Vaz, a executiva que permaneceu na liderança da Luz Saúde após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), considera que "os desafios de gestão são comuns no sector público e no privado", passando principalmente pela adoção de novas tecnologias e pela melhoria da relação com o doente.
Embora haja questões transversais aos hospitais públicos e privados, que incluem o desafio do financiamento (quem deve, afinal, pagar a saúde dos portugueses?), do ponto de vista salarial o Estado permanece, regra geral, menos atrativo. Segundo Marta Temido, "a migração de médicos e enfermeiros também se reflete ao nível da gestão". Mas melhores salários no privado vêm acompanhados de um quotidiano exigente. "Os níveis de stress são enormes", reconhece a presidente da APAH. Ainda assim, segundo os relatos que a administradora hospitalar vai ouvindo, no privado "as pessoas estão satisfeitas".
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Artur Osório, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), entende que a relação das empresas de saúde com os seus colaboradores é saudável. "Os médicos para nós são parceiros. Os bons resultados que eles obtêm os hospitais também têm. E eles são recompensados do ponto de vista financeiro. É raro haver conflitos com os médicos", descreve Artur Osório.
Sobre os gestores hospitalares públicos, o presidente da APHP partilha uma leitura acutilante. "Os gestores do sector público fazem milagres. A forma como está organizado o sistema não permite que se faça uma gestão adequada e eficiente. Alguns gestores acabam por ser autênticos chefes de repartição do Ministério [da Saúde]. Hoje os administradores dos hospitais públicos não têm autonomia para decidir nada.", conclui.
José Carlos Magalhães, presidente do Grupo Lusíadas Saúde, corrobora essa visão. "Os operadores privados são mais eficientes do que o Estado, mas isso não é culpa dos gestores públicos. Conheço gestores hospitalares públicos bons e gestores hospitalares privados maus. O problema é que o modelo público é muito burocrático, há que abrir concursos para tudo."

O "ELDORADO" PRIVADO
O ambiente de gestão diferenciado é o contexto em que, nos últimos anos, se tem processado uma tendência de crescimento cada vez mais sólida dos hospitais privados. Embora a saúde privada não tenha taxas de crescimento explosivas de ano para ano, a verdade é que o sector tem tido um crescimento contínuo, resistindo relativamente bem à crise económica que se abateu sobre Portugal nos últimos anos.
Para a presidente da Luz Saúde, "o sector da saúde privada provou ser muito resiliente à crise", o que é, aliás, ilustrado pelo crescimento da procura nos hospitais e clínicas dos maiores grupos. "Estando nós agora em ciclo de retoma, é evidente que as perspetivas são muito boas", diz à EXAME uma Isabel Vaz claramente otimista. "A saúde é o grande sector do século XXI", acrescenta.
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Segundo a APHP, os hospitais privados alcançaram em 2014 uma faturação de 1750 milhões de euros. De acordo com Artur Osório, "o crescimento das receitas anda à volta de 6% na generalidade das empresas privadas; mas há grupos a crescer mais". Olhemos apenas para os dois maiores. No ano passado, os proveitos da José de Mello Saúde avançaram 8%, para 532 milhões de euros, enquanto as receitas da Luz Saúde subiram 7%, para 402 milhões. Números interessantes num país cuja economia cresceu menos de 1% no ano passado.
Os dados já publicados pelas duas empresas relativamente ao primeiro semestre de 2015 mostram que o negócio continua de vento em popa. Até junho, os rendimentos operacionais da José de Mello Saúde cresceram 9%, em termos homólogos, para 277 milhões de euros. Na Luz Saúde a faturação engordou quase 6%, para 213 milhõesde euros.
Do ponto de vista operacional, a saúde privada evidencia também indicadores de contínuo crescimento. E não se trata apenas de ver os hospitais privados já existentes a captar consultas, cirurgias e internamentos que antes eram feitos nas unidades públicas. Ao contrário do que sucede no Estado, por iniciativa dos agentes privados todos os anos há expansão de capacidade. "O investimento de raiz está a acontecer", assinala Artur Osório.
Uma retrospetiva resumida dos últimos anos comprova-o. Em 2010, a José de Mello Saúde abre o Hospital CUF Porto, a maior unidade privada da Região Norte. Em 2011, a Trofa Saúde inaugura o Hospital de Dia da Maia. Em 2012, a Espírito Santo Saúde expande o Hospital do Mar, na área da Grande Lisboa. Em 2014, o Grupo Mello abre novas clínicas em Mafra, São Domingos de Rana e Benfica e o Grupo Lusíadas instala-se em Almada. Já em 2015 a Trofa Saúde abre o Hospital Privado de Gaia e a Lusíadas Saúde inaugura uma clínica também em Gaia.
Os indicadores de produção, que espelham o desempenho operacional das unidades privadas, são significativos, sobretudo se analisados por comparação com o que eram ainda antes da crise. No ano passado os quatro maiores grupos de saúde contabilizaram mais de cinco milhões de consultas. É ainda um volume minoritário face a 44milhões de consultas que a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) registou no SNS. Mas as consultas no privado estão em franco crescimento: na líder José de Mello Saúde os 1,8 milhões de consultas dadas em 2014 mais do que duplicaram a atividade que a empresa tinha cinco anos antes (em 2009, a José de Mello Saúde teve 741 mil consultas).
Não é só pelas consultas que os portugueses estão a optar pelos privados. Também os episódios de urgência têm observado crescimentos relevantes. No ano passado, por exemplo, o Grupo Luz Saúde registou uma subida de 11% face ao ano anterior no número de urgências na sua rede (foram 540 mil). E no espaço de cinco anos o volume de urgências na rede liderada por Isabel Vaz duplicou.
Mais ligeiro é o crescimento da procura dos hospitais privados pelos futuros pais. Os dados publicados pela José de Mello Saúde indicam que nas suas maternidades nasceram no ano passado 7200 bebés, que comparam com 6700 partos do ano anterior. Mas já em 2008 o Grupo Mello se tinha aproximado dos sete mil partos anuais.
A conta satélite que o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou em julho último sobre o sector da saúde deixa pistas interessantes, indicando que em 2013 a despesa corrente em saúde, em Portugal, caiu 1,3% nos hospitais públicos e subiu 5,4% nos hospitais privados. O decréscimo de despesa no Estado é justificado pelo INE com a queda dos gastos com medicamentos e material de consumo clínico, que mais do que compensou o aumento de custos relacionado com a reintrodução do subsídio de férias do pessoal.
Já em 2014, segundo as estimativas do INE, a despesa pública em saúde terá crescido 0,7%, enquanto a despesa privada terá subido 2,5%. Mas o economista Pedro Pita Barros nota que os grandes números, por si só, podem não ser conclusivos, já que uma maior ou menor despesa não implica necessariamente mais ou menos atos médicos ou clínicos. "Uma redução de salários no sector público, mantendo-se a atividade realizada, significa menor despesa pública e maior proporção da despesa privada, mesmo que nada se altere no atendimento à população", explica. O professor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa sublinha que "a despesa privada, nomeadamente os pagamentos diretos, cresceu muito por conta da redução dos benefícios fiscais (que beneficiavam proporcionalmente mais os agregados familiares de maiores rendimentos)".
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Ainda assim, os dados de produção dos operadores privados vêm evidenciando, ao longo dos anos, sucessivos aumentos. E o crescimento operacional dos hospitais não seria possível sem médicos e enfermeiros. Atualmente, os quatro maiores grupos privados de saúde empregam cerca de 22 mil pessoas (a Luz Saúde tem mais de nove mil colaboradores, a José de Mello Saúde, mais de sete mil, a Lusíadas Saúde, 4500, e a TrofaSaúde, mais de um milhar de profissionais).
Do ponto de vista da empregabilidade, os grupos privados continuam a ser uma referência. Até porque os seus planos contemplam largas centenas de milhões de euros de investimento em expansão.

O QUE AÍ VEM
Nos últimos meses as maiores empresas de saúde têm reafirmado a vontade de investir em novos hospitais e clínicas pelo país fora. Há pelo menos 400 milhões de euros de investimentos prometidos. A José de Mello Saúdetenciona aplicar 150 milhões a curto e médio prazo e a Luz Saúde outro tanto. 

O Grupo Trofa Saúde tem em marcha um plano para investir uma centena de milhões de euros, mas esse valor poderá duplicar se a empresa nortenha concluir ser viável lançar um novo hospital na Região da Grande Lisboa.
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Artur Osório, que, além de presidente da APHP, é vice-presidente da Trofa Saúde, adiantou à EXAME que "o break even [equilíbrio operacional] dos hospitais está a obter-se ao fim de dois anos e meio". A Trofa Saúde tem apostado sobretudo em unidades de média capacidade, que tiram partido da proximidade às populações.
 
Segundo Artur Osório, a Trofa Saúde vai abrir em Gaia, dentro de um ano, um hospital que irá rivalizar, em dimensão e valências, com os maiores hospitais privados de Lisboa. "O grupo em expansão irá aplicar 100milhões de euros. Haverá uma forte componente de capitais próprios."
Salvador de Mello tem à frente da José de Mello Saúde o desafio de manter a liderança da sua empresa no competitivo mercado dos hospitais privados. Mas o gestor prefere frisar a ótica de longo prazo dos seus investimentos. "O retorno sobre o investimento é sempre a longo prazo", explica, notando que o que prevalece na ponderação dos investimentos é a importância de garantir a qualidade dos serviços. "Este é um sector muito especial, porque cuidamos da vida das pessoas. Tratamos casos muito complexos, em que muitas vezes estamos na fronteira entre a vida e a morte. O nosso compromisso com a segurança e a qualidade clínica é absoluto e inegociável", nota o presidente da José de MelloSaúde.
No caso do Grupo Mello (que ainda na primeira metade do ano avançou para a compra do Hospital Privado de Santarém), a expansão passa pela construção de um novo hospital em Lisboa (em Alcântara, em 2018), pela ampliação da CUF Descobertas (também na capital, em 2017) e pela abertura de um novo hospital em Viseu (no primeiro semestre de 2016).
Em entrevista ao Jornal de Negócios, em julho, a presidente da Luz Saúde, Isabel Vaz, indicou que a empresa deverá investir até 2017 cerca de 150 milhões de euros. O grupo está a ampliar o Hospital da Luz, em Lisboa, entre outras obras planeadas. Quando ainda era controlada pelo GES, a empresa já tinha em estudo a possibilidade de abrir um hospital em Angola. O relatório do primeiro semestre veio informar que não só esse projeto permanece em análise como a LuzSaúde iniciou a análise de "expansão para outras geografias no contexto do novo quadro acionista Fidelidade/ Fosun". Que geografias? A empresa não quer, para já, avançar detalhes. Como estão os operadores privados de saúde a financiar este crescimento? As contas de alguns grupos mostram que a atividade corrente tem gerado um crescimento dos resultados, mas a receita de sucesso das empresas privadas neste sector não assenta num único ingrediente, antes numa combinação de vários fatores, que conjuntamente vêm dando a quem financia a confiança necessária para emprestar dinheiro para novos investimentos.
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O MERCADO DE CAPITAIS
O interesse que a Luz Saúde despertou no mercado de capitais no ano passado é sintomático. Em fevereiro de 2014, o GES dispersou 49% do capital da empresa (então ainda designada Espírito Santo Saúde), operação que rendeu cerca de 150 milhões de euros (22,5 milhões reverteram para a empresa e o restante para o GES). A entrada em bolsa traduziu-se na venda de ações a 2800 investidores (um número distante dos 25 mil que acorreram à oferta pública dos CTT, por exemplo) e a estreia em negociação não foi particularmente feliz: os títulos desvalorizaram nos primeiros dias e só ao fim de uma semana recuperaram o valor a que foram vendidos.
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Mas se a estreia na bolsa foi menos entusiasmante do que o que se poderia prever, a verdade é que os primeiros meses de vida de uma Espírito Santo Saúde cotada revelaram ser uma das novelas do ano no mercado português de capitais. Negociada pelos mais diversos fundos de investimento, a empresa passou, em agosto de 2014, a ter entre os seus acionistas de referência o grupo mexicano Ángeles, com 3,3% do capital.
O Grupo Ángeles lançaria, a 1 de setembro, uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a companhia presidida por Isabel Vaz, oferta essa que a administração da empresa portuguesa classificou como "aceitável" e até positiva para a sua estabilidade acionista (numa altura em que era já conhecido o colapso do GES). A 11 de setembro de 2014, a José de Mello Saúde juntou-se à corrida: o maior operador privado em Portugal queria comprar o segundo maior. Se a disputa da dona do Hospital da Luz tinha virado uma novela luso-mexicana, o enredo ficaria ainda melhor pouco depois: a 22 de setembro entra em cena a chinesa Fosun, que, por intermédio da Fidelidade, lança também uma OPA sobre a empresa. Resultado: as ações da Espírito Santo Saúde, lançadas em bolsa a 3,20 euros, passaram a ser valorizadas em 5,01 euros (foi essa a oferta revista da Fidelidade). Pelo meio, a norte-americana United Health (dona da brasileira Amil, que controla a Lusíadas Saúde) também apresentou uma oferta fora de Bolsa de 5 euros por ação. A corrida foi ganha pela Fosun, e em outubro de 2014 a empresa iniciaria um novo capítulo da sua história: já sem o GES, passou a operar sob o controlo de capitais chineses e com o novo nome de Luz Saúde.
A acesa disputa em torno do capital do segundo maior grupo privado de saúde em Portugal ilustra bem o interesse que este negócio tem para os investidores. Hoje, passada a turbulência da mudança de donos, Isabel Vaz admite que a saúde "é um sector económico muito complexo", mas, dada a sua resistência à crise, funciona também, do ponto de vista do mercado financeiro, como um refúgio para quem pretende aplicar o seu dinheiro em ações com um risco relativamente reduzido.
Isabel Vaz já admitiu que a Luz Saúde poderá voltar a dispersar em bolsa uma parte do seu capital (hoje, 98,4% da Luz Saúde estão nas mãos da Fidelidade). O que, a confirmar-se, permitiria à empresa levantar novos fundos para financiar o seu crescimento, a par com a geração de resultados operacionais. Considerando a experiência da LuzSaúde (cujas ações valem hoje mais 22% do que na entrada em bolsa), será de admitir que outros operadores privados lhe possam seguir as pisadas. Mas o Grupo Mello permanece reticente.
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 A 8 de maio deste ano, a José de Mello Saúde foi ao mercado buscar 50 milhões de euros através de um empréstimo obrigacionista a seis anos (pelo qual a empresa paga aos investidores a Euribor a 6 meses acrescida de 2,95%). A operação foi feita com investidores institucionais e serviu para refinanciar a atividade corrente e "fazer face a novas oportunidades de investimento", conforme o grupo explicou então num comunicado.
Poderá a bolsa ser também uma solução de financiamento para o maior grupo privado de saúde em Portugal? "A entrada em bolsa não está nos nossos planos.
No entanto, essa é uma opção sempre em aberto, em função das circunstâncias", responde Salvador de Mello, notando que o endividamento da empresa é "muito baixo". "Estamos preparados para o ambicioso plano de investimentos que temos em mãos", acrescenta.
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O ESTADO COMO BENGALA?
Na hora de investir em expansão, o recurso ao financiamento bancário ou ao levantamento de capitais na bolsa pode ser uma ajuda importante, mas para as empresas privadas de saúde o modelo de negócio está hoje largamente dependente de um conjunto de pressupostos. Os seguros de saúde são um dos vértices evidentes do sucesso dos hospitais privados, numa geometria traçada com outros pontos fulcrais: a disponibilidade das famílias para o copagamento dos serviços, a qualidade e rapidez do atendimento e também o papel do Estado.

Em que medida esteve o crescimento dos grupos privados de saúde apoiado no Estado? É um facto que boa parte da receita dessas empresas já vem dos clientes financiados pela ADSE, a assistência garantida aos funcionários públicos. Até há bem pouco tempo este subsistema era pago, em parte, pela entidade empregadora (o Estado) e em parte pelo funcionário público, tendo entretanto o seu financiamento passado a ser suportado exclusivamente pelo beneficiário (por via do desconto de 3,5% do vencimento).
Por outro lado, a prestação de serviços contratualizados com os hospitais públicos (que encaminham para os privados os doentes que não conseguem tratar) e as parcerias público-privadas (PPP) também contribuem de forma relevante para os resultados de alguns dos maiores operadores de saúde.
Vamos a contas. No primeiro semestre deste ano, a Luz Saúde faturou 47 milhões de euros em cuidados desaúde públicos (o grupo gere a PPP do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures) e 164 milhões em cuidados privados. E dentro desta última rubrica a ADSE contribuiu com 32%. No Grupo Mello os cuidados de saúde públicos (em que se incluem as PPP do Hospital de Braga e do Hospital de Vila Franca de Xira) geraram receitas de 106 milhões de euros, ao passo que os cuidados privados movimentaram 175 milhões. Somando as receitas das empresas de Isabel Vaz e Salvador de Mello, é possível constatar que quase um terço da faturação vem de cuidados de saúde públicos.
Artur Osório, da APHP, considera que "a experiência das PPP tem sido positiva para o Estado, com poupanças da ordem de 25%". Será? Ainda em agosto o Tribunal de Contas publicou um relatório de auditoria sobre um destes projetos, concluindo que "não resulta evidente, da análise do primeiro ano de atividade completo do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, uma maior eficiência decorrente do seu modelo de gestão privada".

O MILAGRE DA PPP
 Foi há já mais de uma década que o país se lançou num ambicioso programa de PPP na saúde. Em 2001, o governo de António Guterres lançou um pacote de 10 projetos para a construção de hospitais públicos que durante uma década seriam geridos pelos privados.

O impulso estatal foi quase um milagre da multiplicação para os grupos privados, que então viram, de norte a sul do país, novas oportunidades para dar escala ao seu negócio. E "Escala" foi justamente o nome do consórcio que a José de Mello Saúde montou (incluindo a construtora Somague) para concorrer às PPP. O agrupamento do Grupo Mello venceria os concursos para construir e gerir os novos hospitais de Braga e Vila Franca de Xira. A concorrente Espírito Santo Saúde ganhou o concurso para Loures. A HPP (hoje Lusíadas Saúde) ficou com a PPP de Cascais.
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 Nos concursos então feitos, o Estado adjudicou as parcerias aos consórcios que apresentaram os mais baixos preços para a construção e gestão clínica. Além das unidades de Vila Franca, Braga, Loures e Cascais, havia uma segunda vaga de PPP, que acabou por avançar apenas parcialmente e contemplando só a vertente de construção (deixando a gestão clínica a cargo do próprio Estado).
Os quatro hospitais públicos que hoje estão a ser geridos pelos privados têm tido indicadores de atividade positivos. Segundo Isabel Vaz, tem sido feita uma aprendizagem com este modelo de negócio. "As parcerias foram muito bem estruturadas", comenta. E não podia ser de outra forma: depois da conturbada PPP do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), o Estado e os privados teriam necessariamente de tirar lições. A sociedade gestora do Amadora--Sintra (que era liderada pelo Grupo Mello) dirimiu durante anos um conflito judicial com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo devido às divergências nos valores de acerto no pagamento dos serviços prestados naquele hospital.
Apesar da difícil experiência do Amadora-Sintra, Salvador de Mello considera que "as PPP na saúde são um caso de sucesso, reconhecido por todas as partes envolvidas, com melhorias de qualidade, melhor acesso aos cuidados de saúde e ganhos de eficiência muito importantes para o Estado português". Mas está tudo a funcionar na perfeição? Não.
Salvador de Mello nota que, segundo um levantamento da ACSS, "o hospital de Braga é considerado a unidade mais eficiente do país, com custos operacionais por doente-padrão mais reduzidos e melhores cuidados". Mas o gestor não esconde que "o relacionamento financeiro pode e deve melhorar, na medida em que o Estado tem dificuldades em pagar atempadamente".
Na Luz Saúde, o histórico de PPP é mais curto. Resume-se ao hospital de Loures, que entrou em funcionamento em janeiro de 2012. E com menos de quatro anos de operações a Luz Saúde já tem questões para resolver com o Estado. A empresa reclama, desde fevereiro de 2014, o financiamento de tratamentos de doentes com SIDA (no valor de 3,6 milhões de euros até junho de 2015). Além disso, existe uma arbitragem entre a entidade gestora do hospital (liderada pela Luz Saúde) e o Estado por divergências sobre o pagamento de médicos em formação na unidade de Loures.
Não obstante as PPP continuarem a levantar alguns conflitos, a verdade é que os operadores privados continuam a ter no Estado uma base relevante para a sustentação do seu negócio. Não só nas PPP mas também nas unidades privadas que recebem e tratam os funcionários públicos (e familiares) que têm ADSE.
O economista Pedro Pita Barros reconhece que a contribuição da ADSE para o negócio dos privados é "quantitativamente relevante", mas assinala como "provável" que, a prazo, uma parte dos beneficiários do subsistema estatal migre para seguros privados. Este é, aliás, um movimento que já está a acontecer.

A POPULARIDADE DOS SEGUROS
Os seguros privados são uma parte muito relevante da sustentabilidade do sector. No seu relatório do primeiro semestre, a Luz Saúde observa que "o mercado de seguros de saúde em Portugal tem continuado a sua trajetória histórica de crescimento, com um aumento de 5% face ao período homólogo no valor dos prémios adquiridos no primeiro semestre de 2015, para cerca de 300 milhões de euros". Mas a empresa assume também que a concorrência nos seguros de saúde está a introduzir alguma pressão sobre os preços praticados.
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E poderá o crescimento dos seguros, ao desviar procura para o sector privado, ameaçar a viabilidade do próprio SNS? Pedro Pita Barros não o crê. "A aceleração do crescimento do mercado de seguros de saúde privado é basicamente irrelevante para o financiamento global do sistema de saúde português. Os seguros de saúde são ainda uma componente muito pequena dos fundos que circulam no sistema de saúde. Os problemas futuros de financiamento do sistema de saúde e do SNS não têm a sua solução, ou agravamento, a passar pelo que suceder aos seguros de saúde privados", analisa o economista.
Em comparação com outros países, o mercado nacional dos seguros privados é relativamente pequeno. Dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) indicam que em 2012 os seguros desaúde privados cobriam 20% da população portuguesa, enquanto na União Europeia essa cobertura ultrapassava 40%.
Em março deste ano, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) publicou um estudo notando que os seguros privados "têm apresentado um crescimento significativo em Portugal, ao passo que o financiamento público das despesas em saúde tem apresentado uma tendência de queda". Apesar de o potencial deste mercado ser limitado pela crise (que veio diminuir o rendimento das famílias), a ERS prevê que os seguros de saúde privados "deverão continuar a apresentar crescimento em Portugal a médio prazo".
José Carlos Magalhães, presidente do Grupo Lusíadas Saúde, nota que os seguros privados são cada vez mais bem vistos pelas famílias. "Se eu estiver muito doente, o SNS trata-me muito bem, mas se eu estiver com uma mazela crónica, aí enrola. É esta a principal motivação para as pessoas comprarem seguros de saúde hoje em dia", refere. Mas isso, adverte, está a mudar. "As pessoas estão a começar a comprar seguros de saúde porque se sentem inseguras em relação ao SNS. Quando cheguei (a Portugal), há dois anos e meio, a motivação era a conveniência, porque podiam marcar a consulta de oftalmologista para o dia seguinte, sem esperar um ano ou dois", conta. O mercado da saúde privada tem uma procura crescente. Para onde poderá caminhar? "É preciso investir nos cuidados continuados e paliativos", sugere Artur Osório. As oportunidades de negócio não faltam, portanto.

MELLO ABRE OS CORDÕES À BOLSA
Líder na saúde privada, o Grupo Mello tem investido largos milhões na sua expansão pelo país fora. Ir para a bolsa é "uma opção em aberto"
É um dos mais valiosos ativos do Grupo Mello: com 70 anos de vida (o hospital CUF Infante Santo foi fundado em 1945), a José de Mello Saúde é o maior prestador privado de cuidados de saúde em Portugal, faturando mais de 500 milhões de euros ao ano. A radiografia da empresa presidida por Salvador de Mello evidencia boa saúde financeira. A crise dos últimos anos não impediu a José de Mello Saúde de acumular lucros. A empresa faturou 532 milhões de euros em 2014, crescendo 8% face ao exercício anterior, tendo o seu lucro subido 35%, para 17 milhões de euros. No plano operacional, os indicadores são também positivos: em 2014 a rede contabilizou 1,8 milhões de consultas e 568 mil episódios de urgência, com crescimentos de 14% e 7%, respetivamente. O número de camas para internamento teve um ligeiro aumento de 3%, para 1483 unidades. 
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 A história da José de Mello Saúde teve os seus momentos críticos. Em 2006 o grupo tentou internacionalizar-se, comprando uma participação na espanhola Quirón, posição que viria a alienar em 2012. Em 2008 o grupo foi afastado da polémica parceria público-privada (PPP) do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), que gerou um longo litígio com o Estado. Em 2014 a José de Mello Saúde tentou comprar a Espírito Santo Saúde, mas perdeu para a Fidelidade. Certo é que o Grupo Mello continua a investir para crescer. A par com a PPP do novo hospital de Braga, a empresa aplicou 70 milhões de euros no Hospital CUF Porto. Já em 2015 abriu a clínica CUF Miraflores e comprou o Hospital Privado de Santarém. A expansão continuará em Lisboa e Viseu, com investimentos de 150 milhões de euros. E cotar a empresa em bolsa? Embora não esteja nos planos, não deixa de ser um cenário. "Essa é uma opção sempre em aberto, em função das circunstâncias", admite Salvador de Mello.

A LUZ DIVINA QUE VEIO DA CHINA
Nasceu por obra do Grupo Espírito Santo, mas o destino quis que ficasse em mãos chinesas. Passou a ser a LuzSaúde. E manteve a liderança feminina
A Luz Saúde, nova designação da antiga Espírito Santo Saúde, é hoje o segundo maior operador no seu sector. Posicionada logo a seguir à José de Mello Saúde, a companhia presidida por Isabel Vaz teve num curto período de vida um crescimento explosivo e um agitado processo de mudança de controlo acionista. A jovem empresa nasceu há 15 anos, dentro do Grupo Espírito Santo (GES), com a compra de dois hospitais em Aveiro e Vila Nova de Gaia, a que se seguiria uma terceira unidade em Évora. 
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 Nos anos seguintes prosseguiu com aquisições e investimentos de raiz, como o Hospital da Luz, em Lisboa, inaugurado em 2007 por Ricardo Salgado. À semelhança do Grupo Mello, a Espírito Santo Saúde esteve na corrida das parcerias público-privadas (PPP), conquistando em 2009 o Hospital de Loures.A companhia presidida por Isabel Vaz aproveitou o fluxo crescente de resultados para se lançar, em 2014, numa aventura bem sucedida: a 12 de fevereiro tornou--se a primeira empresa portuguesa de saúde em bolsa, dispersando 49% do capital. Poucos meses depois, em paralelo com o colapso do GES, iniciou-se uma acesa disputa pela companhia. 
A Espírito Santo Saúde foi alvo de ofertas públicas de aquisição (OPA) da mexicana Ángeles, da José de MelloSaúde e da Fidelidade, controlada pela chinesa Fosun. Foram estes últimos que conseguiram, em outubro de 2014, o acordo do GES para ficar com a empresa, cujo nome mudou para Luz Saúde. Sem a graça do Espírito Santo, mas com um novo suporte acionista chinês, a empresa viu o futuro iluminar-se. A Luz Saúde faturou 402 milhões de euros em 2014 (mais 7% do que em 2013) e lucrou 18,1 milhões (acima do conseguido pela José de Mello Saúde). Com 1,6 milhões de consultas e 540 mil urgências por ano, a empresa estuda a internacionalização, mas o projeto de abrir um hospital em Angola ainda não se concretizou.

A APOSTA BRASILEIRA
A Amil escolheu Portugal como porta de entrada na Europa. Comprou, em 2013, a Hospitais Privados de Portugal, que rebatizou de Grupo Lusíadas Saúde
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Chegaram a Portugal em 2012 para comprar à Caixa Geral de Depósitos uma empresa sem rumo, como recorda José Carlos Magalhães, o "estrangeiro" que liderou a aquisição pela Amil da Hospitais Privados de Portugal (HPP). A empresa brasileira aterrava, assim, em Lisboa vinda do outro lado do Atlântico, com Portugal como porta de entrada na Europa. O negócio fez-se, no início de 2013, por 85,6 milhões de euros, e incluiu uma parceria público-privada (PPP), à qual o presidente do conselho de administração do Grupo Lusíadas Saúde (a nova denominação da HPP) torceu o nariz. O que lhe interessou logo foram as unidades hospitalares privadas que a Caixa tinha em Lisboa e no Porto, onde identificou "potencial para fazer um trabalho fenomenal". 
A PPP do Hospital de Cascais viria por arrasto, mas acabou por surpreender "positivamente" o gestor. Mudaram as equipas de gestão dos hospitais do grupo e centralizaram "tudo", reorganizando o marketing, os recursos humanos, as finanças, a contabilidade e os stocks. A 'arrumação da casa' deverá ficar concluída até final de 2015, antes dos cinco anos previstos. Magalhães revela que deixaram de perder dinheiro em Cascais e que conseguiram reverter a situação económico--financeira de todo o grupo, que hoje é "rentável". Pelo meio, ampliaram o Hospital dos Lusíadas, em Lisboa (tem um novo bloco para consultas e exames), mas é preciso aumentar mais o número de camas. Os investimentos e os resultados do grupo não são quantificados pelo gestor, devido às restrições de ter um acionista cotado em Bolsa (a Amil foi comprada, em 2013, pelo gigante norte-americano UnitedHealth Group). O plano é continuar a crescer (tentaram comprar a Espírito Santo Saúde, atual Luz Saúde, numa oferta pública de aquisição feita fora de Bolsa) e há também ambições de internacionalização, num plano ainda a definir, mas no qual Espanha será um mercado óbvio.

A REVIRAVOLTA DA TROFA SAÚDE
O grupo da família Vila Nova nasceu na Trofa, mas ambiciona ser mais que um operador de saúde da Região Norte. Em 2014 a Trofa Saúde cresceu 11%
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Fundada em 1999, a Trofa Saúde é hoje uma das maiores empresas na prestação de cuidados de saúde privados em Portugal, tendo alcançado no ano passado um volume de negócios de 77 milhões de euros, mais 11% do que no ano anterior. Para 2015 a meta é chegar a 100 milhões de euros de receitas. Mas se o crescimento de dois dígitos mostra que a marca Trofa Saúde está hoje em boa forma, nem sempre foi assim. Assumindo-se ainda como um grupo de "características regionais", a empresa já teve ativos no Sul do país, mas desfez-se deles. Em todo o caso, a sua administração continua a ter vontade de investir numa grande unidade hospitalar na Região de Lisboa. "O grupo fez um plano de expansão, mas, com a crise, entrou numa derrapagem financeira grave", recorda Artur Osório, vice-presidente da Trofa Saúde e presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. 

Há quatro anos, a estrutura acionista da Trofa Saúde alterou-se: o fundador, José Vila Nova, saiu da empresa, que passou a ser liderada pelo seu irmão António Vila Nova. "Aguentámos o grupo e os hospitais que estavam a abrir", recorda Artur Osório. Hoje a empresa criada a partir da Casa de Saúde da Trofa tem uma rede com seis hospitais e duas policlínicas e uma oferta de 578 camas. No ano passado a rede da Trofa Saúde contabilizou 866 mil consultas, com um crescimento de quase 17% em termos homólogos. Segundo Artur Osório, a empresa acumulou prejuízos de 2010 a 2012, mas a partir de 2013 voltou a gerar resultados positivos. "Para o ano conseguiremos ter o nosso passivo resolvido", prevê o vice-presidente da TrofaSaúde, que diz que a chave do crescimento da empresa tem sido uma estrutura de custos relativamente leve. "Temos poucos quadros intermédios e processos de controlo da eficiência do pessoal muito apurados", descreve o gestor.

* Um trabalho de pesquisa de excelência onde fica saliente que todas estas empresas só existem com lucros fabulosos porque  mamam na "Teta Estatal", em detrimento do SNS.

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