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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
25/07/2015
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II-RADIOLOGIA
INTERVENCIONISTA
2-TRATAMENTO DO CANCRO
HEPATO CELULAR
TIPS NO TRATAMENTO DA
HIPERTENSÃO PORTAL
HIPERTENSÃO PORTAL
Uma
interessante série conduzida pelo Dr. Henrique Salas Martin, médico da especialidade
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* Uma produção "CANAL MÉDICO"
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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JOSÉ REIS
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IN "PÚBLICO"
24/07/15
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O dia em que se construiu
o novo muro de Berlim:
refundar a Europa com urgência
Já todas as palavras foram ditas sobre estes dias lamentavelmente
novos que arrasam a Europa. Nenhuma delas é de mais e todas talvez não
sejam ainda suficientes. Não interessa hoje escrutinar quem já sabia
tudo, quem sabia que tinha de ser assim ou ainda quem sempre quis
agarrar-se à ambição de nunca poder ser assim.
A verdade é
que a União Europeia e o projeto europeu foram alvo de uma usurpação.
Depois da redução das instituições comunitárias a instâncias
compulsivamente medíocres, a Europa está hoje sob um processo intenso de
destruição da política como forma de escolha coletiva, de vingança, de
minagem de um projeto civilizacional europeu dotado de visão comum e
estratégia positiva, de esvaziamento das noções elementares de
democracia, da tentativa de redução a zero da toda a deliberação
democrática que contenha controvérsia e alternativas. Predomina o
conflito.
O projeto europeu foi derrotado, tomado de
assalto, e não dispõe de condições saudáveis sem que antes haja uma
profunda e radical reformulação, para a qual nos faltam utópicos e
práticos como Altiero Spinelli ou Robert Schuman. É de uma agenda de
refundação democrática da Europa que precisamos. Para isso, falta-nos um
projeto político e os atores políticos que ainda não temos. Precisamos
de quem, nos governos e nos parlamentos, fale dessa refundação e lhe
estabeleça os termos. Por mais clara que seja a preferência que tenhamos
por um certo cenário, precisamos de dizer que todos os cenários estão
em cima da mesa. As últimas semanas, com a humilhação da Grécia e o
ataque vil ao sistema político-partidário e à democracia grega,
colocaram a realidade europeia num patamar de violência onde nunca tinha
estado. Não pode ser Schäuble o único a ter liberdade para criar
arbitrariamente os cenários que bem lhe convêm. O sinal mais duro da
fraqueza europeia é que hoje, fora do diretório alemão, todas as
tradições políticas, incluindo a social democrata, desistiram de ser
agente de iniciativa política, interpretando a Europa de uma forma tão
limitada e tão irrelevante que se contentam com o papel de polidor de
esquinas da obra alemã.
O primeiro ponto de uma agenda de
refundação europeia é a dissidência clara e ousada relativamente à atual
trajetória destrutiva e ao poder antidemocrático instituído pelo
governo da Alemanha e pelos diretórios que foi formando. O segundo é
declarar sem hesitação que se denuncia o papel e a violência cínica que
esse governo está a impor à mesma Europa que recuperou o seu país das
cinzas geradas pela fogueira que ele próprio tinha ateado. Não é preciso
lembrar nada — ou será preciso lembrar tudo? — sobre
a dívida alemã do pós guerra, que se prolongou por várias décadas. E é
preciso dizer-se que é contra tudo isto que uma base de refundação pode
ser encontrada. Sim, é de uma posição negativa que tem de se partir, tal
a situação a que chegámos. O terceiro ponto da agenda de dissidência é
ganhar uma noção muito rigorosa do que constitui a proposta de
governação económica europeia, em que alguns veem agora a solução.
Sobre
este último aspeto, vale a pena dizer que, se a UE quisesse ter uma
governação económica capaz, já há muito teria pelo menos um orçamento
comunitário digno desse nome, que não se limitasse à magra proporção de
1% do seu PIB. Um orçamento que, depois dos alargamentos e da política
de coesão que conseguiu desenvolver noutras fases, constituísse uma base
suficiente para estabelecer políticas de desenvolvimento interno,
incentivar transferências de capacidades produtivas e difundir os níveis
de qualificação que permitem encarar a convergência real de todos os
seus espaços, incluindo as periferias que a convergência nominal
encerrou numa lógica infernal de fragilização, dependência pelo crédito e
sujeição a financiadores.
Mas tal como em Portugal se põem as
pessoas a discutir coisas que deviam ser importantes sob eufemismos
enganadores, também na Europa gente responsável usa o mesmo estratagema.
Por cá, já sabemos o que está por detrás do termo “reformas
estruturais” ele
apenas quer dizer desvalorização salarial, desproteção jurídica e
social e desmantelamento do Estado Social, com criação de mercados em
todos os aspetos das nossas vidas. Pois na Europa o eufemismo
“governação económica” quer dizer mais ou menos a mesma coisa, acrescido
de estrito liberalismo orçamental, de forte proteção dos sistemas
bancários e de irrelevância das políticas fiscais equitativas.
IN "PÚBLICO"
24/07/15
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Justiça devolve milhões
a burlões condenados
Falta de prova obrigou coletivo de juízes a devolver dinheiro.
Burlaram e roubaram dezenas de idosos de norte a sul do País, deixando as vítimas na miséria. Quatro dos oito acusados da Máfia das Pensões foram condenados a penas entre os 11 e os 13 anos. Dois foram sentenciados com penas entre um e quatro anos. Dois dos arguidos foram absolvidos, entre eles um ourives que estava acusado de recetação.
Apesar de a maioria dos crimes ter sido confirmada pelo coletivo de juízes de Vila Real, não ficou provado que os quatro milhões apreendidos pela PJ em dinheiro, propriedades e ouro resultassem do crime e o tribunal ordenou a devolução de mais de 3,5 milhões de euros, que os homens vão poder gozar depois de deixarem a cadeia.
"Os senhores ‘depenaram’ os velhinhos, desgraçaram-lhes a vida, levaram-lhes tudo o que pouparam durante a vida e nem quando muitos deles entraram no tribunal a tremer e de muletas mostraram arrependimento", afirmou ontem a presidente do coletivo de juízes de Vila Real no final da leitura do acórdão.
"Alguns velhinhos ficaram incontinentes, outros deixaram de falar, outros ainda sofreram AVC. Uma imolou-se com a vergonha de ter sido enganada", acrescentou a juíza. O Ministério Público vai recorrer da sentença, tal como os arguidos condenados às penas mais pesadas. "O meu cliente negou os crimes, não foi reconhecido pelas vítimas e foi o que levou a pena mais alta", explicou ao CM Dória Vilar, advogado de Nelson Silva. António da Pena Ezequiel , que se encontrava em prisão preventiva, foi libertado, por já ter cumprido a pena de um ano a que foi agora condenado.
* "Filhos da Pauta", oxalá morram na cadeia.
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HOJE NO
"i"
"i"
Direitos das mulheres com maior
recuo desde o 25 de Abril
Os direitos fundamentais das mulheres enfrentam o maior recuo desde o
25 de Abril, defende um coletivo de organizações, para o qual a
igualdade de género não é considerada de forma séria e o maior desafio
está nas mentalidades.
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A avaliação é feita pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das
Mulheres (PpDM), num relatório onde analisam os 20 anos da Plataforma de
Ação de Pequim, aprovado em 1995, no decorrer da Quarta Conferência
Mundial sobre a Mulher, e que se traduziu no quadro de políticas mais
amplo tendo em vista a igualdade de género, o desenvolvimento e a paz.
Em comunicado, a PpDM sublinha que, apesar das várias conquistas e
dos progressos feitos, “os direitos fundamentais das mulheres enfrentam o
maior recuo de sempre desde o 25 de abril de 1974, no que respeita às
restrições à sua capacidade civil, ao seu livre arbítrio e à reserva da
sua intimidade que constitui a aprovação das alterações à legislação
sobre IVG [Interrupção Voluntária de Gravidez] ”.
Por outro lado, entendem que a igualdade de género não é considerada
de forma séria e lembram que as previsões apontam para que, na ausência
de medidas estruturais, “serão necessários mais de 100 anos para
eliminar a disparidade de género no emprego, no trabalho remunerado e
não remunerado”.
Para a PpDM, os estereótipos de género persistem e estão presentes em todas as esferas da sociedade.
“Estereótipos que moldam brinquedos, influenciam as escolhas, impedem
mulheres de acederem a alguns empregos, e cargos de tomada de decisão,
concentram sobre as mulheres a maioria do trabalho na esfera do privado e
do cuidado, que têm impacto na saúde das mulheres e das raparigas, que
legitimam a violência e o sexismo diário, que veiculam mensagens sobre o
papel das mulheres na sociedade”, ressalvam.
O maior desafio continua a ser a mudança de mentalidades, sublinhando
que apesar de a legislação ser fundamental, “não é suficiente e deve
ser acompanhada por uma forte vontade política e ações promotoras de uma
mudança real”.
Alertam também para o facto de os “sistemáticos decréscimos nos
programas de apoio e cortes orçamentais” ameaçarem a existência das
organizações de defesa dos direitos das mulheres.
Aproveitam a avaliação para fazerem um conjunto de exigências,
nomeadamente que Portugal cumpra integralmente os compromissos
internacionais assumidos ou que a elaboração do Orçamento do Estado seja
feita tendo em conta uma afetação de recursos que garanta uma efetiva
promoção da igualdade de mulheres e homens.
Pedem a paridade na tomada de decisão a todos os níveis, uma
linguagem institucional inclusiva, uma análise feminista, em todas as
políticas públicas, das relações hierarquizadas de poder e um
conhecimento da realidade, através de dados qualitativos e quantitativos
que permitam caracterizar a situação em todas as áreas críticas.
Querem igualmente que seja promovida a formação e informação de todos
os agentes do Estado sobre as questões dos direitos das mulheres,
inclusive na formação obrigatória para ingresso na administração
pública, bem como mais cooperação entre o Estado e as organizações de
direitos das mulheres.
Por último, pretendem que seja dado apoio financeiro e técnico às
Organizações não-Governamentais (ONG) de direitos das mulheres,
inclusivamente à própria PpDM, já que se trata da única plataforma de
organizações de mulheres existente em Portugal.
Estas e outras conclusões são divulgadas hoje no decorrer do
seminário “Das palavras à [monitoriz]ação: 20 anos da Plataforma de Ação
de Pequim na perspetiva das organizações de mulheres em Portugal, que
decorre no Centro Maria Alzira Lemos, em Lisboa.
* Os Direitos das Mulheres recuaram devido ao diligente trabalho de deputadas e deputados da coligação que anda a vender o país.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
China a um passo de entrar no
`Top 10` de Xadrez
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O Grande Mestre, Ding Liren, de 22 anos, que no
último fim de semana venceu o israelita Boris Gelgand, de 47 anos, está a
um passo de ser o primeiro chinês a integrar a lista dos dez melhores
xadrezista do mundo.
O jovem desportista chinês, que se posiciona atualmente como o 11.º melhor jogador do mundo, arrancou uma vitória inesperada ao experiente xadrezista Boris Gelgand, que já competiu numa final mundial, e está a apenas oito pontos do arménio Levon Aronian, que ocupa a 10.º posição.
A República Popular da China pode entrar pela primeira vez no Top10 ainda este domingo, quando termina a primeira etapa da Liga chinesa.
O jovem desportista chinês, que se posiciona atualmente como o 11.º melhor jogador do mundo, arrancou uma vitória inesperada ao experiente xadrezista Boris Gelgand, que já competiu numa final mundial, e está a apenas oito pontos do arménio Levon Aronian, que ocupa a 10.º posição.
A República Popular da China pode entrar pela primeira vez no Top10 ainda este domingo, quando termina a primeira etapa da Liga chinesa.
* Quem pensa em chineses apenas como os empregados das lojas de contrafacção está muito enganado, a China é uma potência em jovens cérebros, tem 10 milhões a estudar em universidades estrangeiras e não andam na Lusófona, nem nunca andaram na Independente e na Moderna, três notabilíssimas universidades tugas, com elevados políticos "adesivados" às mesmas.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Ministro Poiares Maduro abandona
a política no final da legislatura
O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares
Maduro, disse hoje à agência Lusa que vai abandonar a política no final
da legislatura e regressar à carreira académica no estrangeiro.
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“Por
razões contratuais e também da natureza de uma carreira académica
internacional, não era compatível continuar na política agora”, disse
Miguel Poiares Maduro, reafirmando que sempre disse que pretendia ter
uma carreira profissional independente da política. “Não regressar [à
universidade] seria, de facto, abandonar a minha carreira académica
internacional. Isso inverteria a relação que quero ter entre a política e
a minha carreira profissional e que, aliás, sempre afirmei em inúmeras
ocasiões”, adiantou.
“Não quero que a política se transforme na minha carreira nem
que a minha carreira profissional passe a estar dependente da política
ou resultar do que fizer nesta”, sustentou Poiares Maduro, que tomou
posse como ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional em abril de
2013 e assume a coordenação política do Governo. O ministro defende
ainda que “todos” devem estar disponíveis para funções públicas e
participar politicamente no país: “O mesmo se passa e passará sempre
comigo. Mas valorizamos mais a política e essas funções públicas quando
temos uma carreira profissional totalmente independente da política e
foi isso que quis preservar”, explicou.
Poiares Maduro frisa, por
outro lado, que irá apoiar “fortemente” a coligação PSD/CDS-PP e o
primeiro-ministro Pedro Passos Coelho: “desde logo, espero participar
ativamente na próxima campanha eleitoral [das legislativas] ao lado dos
candidatos da coligação do meu partido [PSD]”, em particular em Coimbra,
região de onde é natural.
Já sobre um manifesto subscrito pelos
cinco autarcas do PSD do distrito de Coimbra (Mira, Penela, Pampilhosa
da Serra, Arganil e Cantanhede) em que estes defendiam a sua candidatura
a deputado por aquele círculo eleitoral e lamentavam que “por motivos
profissionais” Poiares Maduro não tenha aceitado o desafio, o ministro
mostrou-se “muito sensibilizado”.
“A questão de poder ser ou não
candidato a deputado não se chegou a colocar, uma vez que, infelizmente,
a minha vida profissional não o permite. E nem eu colocaria a hipótese
de ser candidato sabendo que não poderia exercer o cargo, nem o partido
pretenderia tal coisa, igualmente”, frisou.
* É melhor voltar à vida académica onde era um bom profissional, politicamente foi mais um demagogo, felicidades para a docência.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ricardo Salgado é suspeito de
corrupção, burla, fraude fiscal, branqueamento, falsificação de documentos e falsificação informática
Salgado
está em prisão prisão domiciliária sob vigilância da PSP. PGR diz
existir fundamento de perigo de fuga e de perigo de perturbação do
inquérito e da aquisição e conservação da prova.
O
ex-presidente do BES Ricardo Salgado, que está em prisão domiciliária
com vigilância policial, encontra-se proibido de contactar os restantes
arguidos das investigações relacionadas com o "Universo Espírito Santo",
informou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na sequência do requerimento do Ministério Público, Ricardo Espírito Santo Silva Salgado foi na sexta-feira presente ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), no âmbito das investigações relacionadas com o denominado "Universo Espírito Santo".
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"O arguido foi indiciado por factos suscetíveis de integrarem os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no setor privado", refere a PGR em comunicado.
"O juiz decidiu aplicar ao arguido a medida de coação de obrigação de permanência na habitação (sem sujeição a vigilância eletrónica), dela não se podendo ausentar sem autorização do tribunal", refere a PGR, acrescentando que "foi ainda fixada a proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos no processo".
Foi ainda determinada a comunicação à PSP das medidas aplicadas, "tendo solicitado a vigilância adequada a assegurar o cumprimento das obrigações impostas", acrescenta.
"As medidas de coação foram aplicadas com fundamento na existência de perigo de fuga e de perigo de perturbação do inquérito e da aquisição e conservação da prova", refere ainda a PGR, acrescentando que o "inquérito, que corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, encontra-se em segredo de justiça".
Segundo uma nota anterior da PGR, no âmbito da investigação "foram constituídos seis arguidos", estando "em causa a suspeita da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais".
Ricardo Salgado fica preso em sua casa. Tem três processos por fuga de capitais
Ricardo Salgado, constituído arguido no dia 20, quando foi ouvido pelo juiz Carlos Alexandre no âmbito do inquérito principal do BES, voltou ontem ao Campus de Justiça, de onde saiu com uma nova medida de coação: prisão domiciliária. Desde as 9.30 até às 21.30, foi interrogado por aquele juiz, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. Este depoimento surge na sequência de buscas e arrestos de bens ao banqueiro e à família Espírito Santo realizados em junho, sendo que já depois da meia-noite o advogado Francisco Proença de Carvalho revelou que foi aplicada ao ex-banqueiro a obrigação de permanência na habitação, só podendo ausentar-se mediante autorização do juiz. O advogado considerou a medida "desproporcionada" e anunciou que vai recorrer.
O DN soube que além do processo BES o ex-presidente executivo do banco tem ainda à espera pelo menos mais três processos em que é suspeito de fuga de capitais, inquéritos que estão em fase inicial de investigação. No gigantesco processo do chamado "universo Espírito Santo" há uma equipa do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) encarregada apenas de analisar eventual crime de branqueamento de capitais. Essa suspeita levou à abertura de mais três processos em que o ex-presidente do BES e outras figuras ligadas ao Grupo Espírito Santo (GES) estarão envolvidos na fuga de capitais para paraísos fiscais fora do país. Esses novos processos serão mais tarde agregados ao megainquérito BES.
Buscas e apreensões
Dois dias depois de Ricardo Salgado ter sido interrogado e constituído arguido pelo Ministério Público no âmbito do processo principal do BES - na segunda-feira 20 -, a unidade de combate à corrupção (UNCC) da Judiciária fez buscas na sede da Esegur, empresa de segurança em que o BES detinha quase metade das ações. A PJ apreendeu documentos e centenas de quadros no cofre da firma, que serão propriedade do GES, confirmou o DN junto de fonte policial.
Já haveria então novos indícios de crime a justificar estas diligências no megainquérito BES em que Salgado é agora arguido - e que nasceu de uma queixa-crime apresentada em setembro de 2014 pelo Banco de Portugal ao Ministério Público contra a antiga gestão do banco liderado por Ricardo Salgado. É no âmbito do inquérito principal tutelado pelo procurador José Ranito do DCIAP que foram feitas buscas a casas e a propriedades da família Espírito Santo e arrestados 500 imóveis e produtos bancários, num valor acima dos mil milhões de euros.
Os arrestos já efetuados estão a criar apreensão na família Espírito Santo. Alguns familiares receiam não ter disponibilidade financeira para pagar eventuais cauções no caso de virem a ser envolvidos. No processo Monte Branco, recorde-se, Ricardo Salgado entregou três milhões de euros.
Antes da abertura do processo BES, Ricardo Salgado já tinha sido detido e constituído arguido em 24 de julho de 2014, na operação Monte Branco (chefiada pelo procurador Rosário Teixeira), por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Pagou então a caução milionária e saiu em liberdade, proibido de sair do país e de contactar com outras pessoas envolvidas no processo.
73 queixas de lesados do BES
O megainquérito BES envolve uma equipa de cinco magistrados do DCIAP. Até à data, foram constituídos seis arguidos nas investigações BES, segundo comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em causa está a suspeita de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais.
Até ao momento, há cinco inquéritos autónomos e 73 inquéritos apensos, abertos depois de queixas apresentadas por pessoas que alegam ter sido lesadas pelo GES (Grupo Espírito Santo) e pelo BES, conclui o comunicado da PGR.
* TDT= Trafulha Disto Tudo
Na sequência do requerimento do Ministério Público, Ricardo Espírito Santo Silva Salgado foi na sexta-feira presente ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), no âmbito das investigações relacionadas com o denominado "Universo Espírito Santo".
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"O arguido foi indiciado por factos suscetíveis de integrarem os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no setor privado", refere a PGR em comunicado.
"O juiz decidiu aplicar ao arguido a medida de coação de obrigação de permanência na habitação (sem sujeição a vigilância eletrónica), dela não se podendo ausentar sem autorização do tribunal", refere a PGR, acrescentando que "foi ainda fixada a proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos no processo".
Foi ainda determinada a comunicação à PSP das medidas aplicadas, "tendo solicitado a vigilância adequada a assegurar o cumprimento das obrigações impostas", acrescenta.
"As medidas de coação foram aplicadas com fundamento na existência de perigo de fuga e de perigo de perturbação do inquérito e da aquisição e conservação da prova", refere ainda a PGR, acrescentando que o "inquérito, que corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, encontra-se em segredo de justiça".
Segundo uma nota anterior da PGR, no âmbito da investigação "foram constituídos seis arguidos", estando "em causa a suspeita da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais".
Ricardo Salgado fica preso em sua casa. Tem três processos por fuga de capitais
Ricardo Salgado, constituído arguido no dia 20, quando foi ouvido pelo juiz Carlos Alexandre no âmbito do inquérito principal do BES, voltou ontem ao Campus de Justiça, de onde saiu com uma nova medida de coação: prisão domiciliária. Desde as 9.30 até às 21.30, foi interrogado por aquele juiz, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. Este depoimento surge na sequência de buscas e arrestos de bens ao banqueiro e à família Espírito Santo realizados em junho, sendo que já depois da meia-noite o advogado Francisco Proença de Carvalho revelou que foi aplicada ao ex-banqueiro a obrigação de permanência na habitação, só podendo ausentar-se mediante autorização do juiz. O advogado considerou a medida "desproporcionada" e anunciou que vai recorrer.
O DN soube que além do processo BES o ex-presidente executivo do banco tem ainda à espera pelo menos mais três processos em que é suspeito de fuga de capitais, inquéritos que estão em fase inicial de investigação. No gigantesco processo do chamado "universo Espírito Santo" há uma equipa do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) encarregada apenas de analisar eventual crime de branqueamento de capitais. Essa suspeita levou à abertura de mais três processos em que o ex-presidente do BES e outras figuras ligadas ao Grupo Espírito Santo (GES) estarão envolvidos na fuga de capitais para paraísos fiscais fora do país. Esses novos processos serão mais tarde agregados ao megainquérito BES.
Buscas e apreensões
Dois dias depois de Ricardo Salgado ter sido interrogado e constituído arguido pelo Ministério Público no âmbito do processo principal do BES - na segunda-feira 20 -, a unidade de combate à corrupção (UNCC) da Judiciária fez buscas na sede da Esegur, empresa de segurança em que o BES detinha quase metade das ações. A PJ apreendeu documentos e centenas de quadros no cofre da firma, que serão propriedade do GES, confirmou o DN junto de fonte policial.
Já haveria então novos indícios de crime a justificar estas diligências no megainquérito BES em que Salgado é agora arguido - e que nasceu de uma queixa-crime apresentada em setembro de 2014 pelo Banco de Portugal ao Ministério Público contra a antiga gestão do banco liderado por Ricardo Salgado. É no âmbito do inquérito principal tutelado pelo procurador José Ranito do DCIAP que foram feitas buscas a casas e a propriedades da família Espírito Santo e arrestados 500 imóveis e produtos bancários, num valor acima dos mil milhões de euros.
Os arrestos já efetuados estão a criar apreensão na família Espírito Santo. Alguns familiares receiam não ter disponibilidade financeira para pagar eventuais cauções no caso de virem a ser envolvidos. No processo Monte Branco, recorde-se, Ricardo Salgado entregou três milhões de euros.
Antes da abertura do processo BES, Ricardo Salgado já tinha sido detido e constituído arguido em 24 de julho de 2014, na operação Monte Branco (chefiada pelo procurador Rosário Teixeira), por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Pagou então a caução milionária e saiu em liberdade, proibido de sair do país e de contactar com outras pessoas envolvidas no processo.
73 queixas de lesados do BES
O megainquérito BES envolve uma equipa de cinco magistrados do DCIAP. Até à data, foram constituídos seis arguidos nas investigações BES, segundo comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em causa está a suspeita de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais.
Até ao momento, há cinco inquéritos autónomos e 73 inquéritos apensos, abertos depois de queixas apresentadas por pessoas que alegam ter sido lesadas pelo GES (Grupo Espírito Santo) e pelo BES, conclui o comunicado da PGR.
* TDT= Trafulha Disto Tudo
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Bruno de Carvalho:
«Estamos num Mundo de
incompetência e hipocrisia»
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting,
mostrou-se este sábado muito descontente com o chumbo da proposta da
Liga de regressar ao sorteio dos árbitros, pela qual foi um dos maiores
responsáveis.
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" A decisão é sobretudo um
golpe para os clubes depois de uma decisão largamente maioria ficamos a
perceber que Luís Duque e os seus pares não foram capazes de defender os
nossos interesses", confessou na cidade do Cabo à Sporting TV,
aproveitando para fazer uma analogia ao local onde se encontra.
"Estamos
no Cabo da Boa Esperança, onde se falava de monstros e onde muitas
pessoas morreram, mas um dia um português passou e mudou tudo. Estamos
involtos num Mundo de incompetência de hipocrisia, verificámos existirem
uns delegados que não faziam ideia do que se estava a falar e não houve
capacidade da Liga em informá-los sobre as virtudes do sorteio e o
regulamento com as alterações pensadas", disparou o presidente dos
leões.
Bruno de Carvalho diz que não vai
desistir. "Vamos ter de continuar nesta luta, mas fica a impressão que a
FPF continua de costas voltas para os clubes e os clubes não têm
pessoas que as defendam devidamente. É bom que os clubes entendam o que
significa este chumbo. Isto não é um revés para o Sporting, mas para o
futebol."
O presidente do Sporting não poupa
críticas aos agentes que governam o futebol português. "Não é fácil
perceber que a FPF, que utiliza os nossos ativos, está de costas
voltadas para nós. Os clubes fizeram um trabalho sério, ponderaram
bastante e neste momento percebemos que os clubes não têm quem os
defenda. É o que dizemos há muito tempo. É preciso ter um presidente da
Liga que nos defenda e que não se deixe ser eliminado numas votações
depois de os clubes terem decidido de outra forma.
O
goverrno tambem foi alvo. "É bom que quem faz as leis entenda que
quando houver reuniões e nos disseram que o futebol não é mais do que
aquilo que os clubes querem entendam que é mentira. O futebol não é, a
partir de agora, o futebol dos clubes."
A
mudança de presidente na Liga pode ser um caminho na opinião de Bruno de
Carvalho. "Temos de continuar a pugnar por um futebol diferente e os
clubes têm de tentar fazer ouvir a sua voz. Se não houver clubes não há
futebol, nem seleções, nem negócio. Temos de ser serenos, perceber o que
é o futebol, os interesses que estão à volta e lutar todos juntos por
votar num presidente da Liga que não tenha medo de defender os clubes."
Luís Duque:
«Bruno de Carvalho é um perfeito
. ignorante nesta matéria»
. ignorante nesta matéria»
Luís Duque reagiu de maneira conclusiva às afirmações de Bruno de Carvalho,
que o tinha acusado de não defender os interesses dos clubes. Ora Duque
respondeu a alguém que considera "desfasado da realidade", rebatendo
ponto por ponto.
"Quem esteve lá viu que é
falso. Defendi sempre a vontade dos clubes no sentido do que foi
decidido na AG da Liga. Publicamente sempre defendi a vontade desses
clubes, independente daquilo que possa ou não pensar. Ficou na evidência
de todos os que ouviram as minhas declarações que a posição da Liga foi
uma e de forma inequívoca, inclusivamente recorrendo a pareceres para
suportar a posição dos clubes. Se a proposta não teve acolhimento, pelo
menos ficou a mensagem dos clubes de que as coisas não estão bem e têm
de ser mudadas. A Liga tem apenas um voto. Nem faço comentários, é de
alguém que não acompanhou, ou está completamente desfasado da realidade e
não tem a mínima noção do que está a dizer. Se a própria proposta do
Sporting foi admitida na AG, foi porque eu disse que todas tinham de ser
ouvidas", comentou.
Em declarações aos
jornalistas à margem do encontro de preparação entre Atlético e
Olhanense, Luís Duque acusou mesmo o presidente do Sporting de falta de
experiência no tema: "É um perfeito disparate de alguém que é um
perfeito ignorante nesta matéria e que não tem o mínimo de experiência
nesta questões".
* Amizades antigas
* Amizades antigas
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GUIA PARA PERCEBER
A OPERAÇÃO MARQUÊS
11 PERGUNTAS
11ª PERGUNTA: Onde estão as pontas soltas da investigação?
O MP investiga em que negócios poderá existir intervenção de José Sócrates enquanto primeiro-ministro.
A aprovação do Plano Regional do Ordenamento do Território do Algarve, enquanto José Sócrates ainda estava no poder, é uma das ligações que o Ministério Público avalia. O primeiro-ministro poderá ter recebido, via Carlos Santos Silva, dinheiro de Hélder Bataglia por ter alterado a lei – foi o que um dos administradores do Grupo Lena e arguido na Operação Marquês, Joaquim Barroca, disse ao Ministério Público.
Mas não é o único caso possível de corrupção.
Em 2011 Hugo Chávez, então presidente da Venezuela, apresenta o projeto social “Gran Misión Vivienda Venezuela”. O objetivo era construir dois milhões de habitações até 2017. O Grupo Lena entrou no projeto como parceiro e assinou o contrato, em 2008, para construir 50 mil desses apartamentos.
Quem desbloqueou o negócio foi José Sócrates, em 2010, quando ainda estava à frente do governo. Na altura, noticiou-se a assinatura de 19 acordos no valor de 1655,9 milhões de euros. Houve várias empresas portuguesas envolvidas: Grupo Lena, Estaleiros Navais de Viana do Castelo, YouYsu, EDP, Janz, Efacec, Eip, Atral Cipan, Sovena, Vetagri, Montebravo, Sapropor, Primor, Conservas Ramirez, Cerealis e Cofaco. Este negócio é outra das ligações entre o então primeiro-ministro e o Grupo Lena que estão a ser investigados na Operação Marquês.
A aprovação do Plano Regional do Ordenamento do Território do Algarve, enquanto José Sócrates ainda estava no poder, é uma das ligações que o Ministério Público avalia. O primeiro-ministro poderá ter recebido, via Carlos Santos Silva, dinheiro de Hélder Bataglia por ter alterado a lei – foi o que um dos administradores do Grupo Lena e arguido na Operação Marquês, Joaquim Barroca, disse ao Ministério Público.
Mas não é o único caso possível de corrupção.
Em 2011 Hugo Chávez, então presidente da Venezuela, apresenta o projeto social “Gran Misión Vivienda Venezuela”. O objetivo era construir dois milhões de habitações até 2017. O Grupo Lena entrou no projeto como parceiro e assinou o contrato, em 2008, para construir 50 mil desses apartamentos.
Quem desbloqueou o negócio foi José Sócrates, em 2010, quando ainda estava à frente do governo. Na altura, noticiou-se a assinatura de 19 acordos no valor de 1655,9 milhões de euros. Houve várias empresas portuguesas envolvidas: Grupo Lena, Estaleiros Navais de Viana do Castelo, YouYsu, EDP, Janz, Efacec, Eip, Atral Cipan, Sovena, Vetagri, Montebravo, Sapropor, Primor, Conservas Ramirez, Cerealis e Cofaco. Este negócio é outra das ligações entre o então primeiro-ministro e o Grupo Lena que estão a ser investigados na Operação Marquês.
* Próxima pergunta amanhã à mesma hora.
** Um excelente trabalho dos jornalistas do "OBSERVADOR", a edição começou segunda 13/07/15.
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