04/12/2015

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Empresa portuguesa leva à COP21 
aquele que pode vir a ser o “edreams”
 da mobilidade inteligente

O CEiiA – Centro de Engenharia e Inovação vai levar à Cimeira do Clima em Paris o mobi.me, um sistema gestão de mobilidade que promove a sustentabilidade. À margem das negociações para um novo acordo climático, no COP21 têm lugar eventos destinados a empresas e outros organismos não-governamentais. 
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O site edreams permite, tal como outros agregadores, pesquisar numa única plataforma os voos disponíveis para um determinado destino, facilitando a comparação de preços e condições. O CEiiA pretende fazer o mesmo com o sistema mobi.me - que levará à Cimeira do Clima em Paris na próxima semana - ou seja, juntar numa única plataforma serviços de mobilidade urbana, promovendo a sustentabilidade.
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"Em cada cidade existem vários operadores que oferecem inúmeros serviços, de uma forma geral independentes uns dos outros, dificultando uma mobilidade mais inteligente e mais sustentável", explica Miguel Pinto, responsável de comunicação e marketing do CEiiA ao Negócios por email, acrescentando que "o mobi.me é uma plataforma aberta" onde se pretende "integrar o maior número possível de serviços, com escala global, criando um efeito de rede que se vai reforçando à medida que se integram novos operadores".

Em termos práticos, o mobi.me "é um sistema que permite gerir serviços de mobilidade" onde a interacção com o utilizador é feita "através de uma app ou de um portal [de internet]". Já existem serviços associados ao mobi.me, estando este sistema a ser aplicado a projectos que estão a decorrer em Portugal, no Brasil, em Espanha, França, Irlanda e Holanda.

Além de "poder integrar vários operadores de mobilidade e fomentar a interoperabilidade", o mobi.me "permite tomar a melhor decisão de mobilidade considerando as emissões, o tempo e o custo de cada alternativa [de transporte]".

Assim, este sistema abre diversas possibilidades, nomeadamente, dá a escolher ao utilizador comum como se quer deslocar considerando as suas emissões, tempo e custo de viagem; permite a gestão mais eficiente de frotas quer em organismos públicos, quer em empresas; e permite criar novos modelos de negócio, como por exemplo, "a possibilidade de definir tarifas em função das emissões, de o utilizador pagar o estacionamento junto com o carregamento da bateria do veículo eléctrico ou de criar um bilhete único que integre o metro com um serviço de partilha de bicicletas", diz Miguel Pinto.

O sistema mobi.me, que foi apresentado na Cimeira do Clima de Lima (COP20), vai agora marcar presença na Cimeira do Clima de Paris (COP21) com o objectivo de "reafirmar a importância do mobi.me e demostrar a sua evolução".

A participação nestes eventos "aumenta a credibilidade da tecnologia desenvolvida pelo CEiiA" e permite "estabelecer contactos para a realização de parcerias tecnológicas mas também de negócios", conta Miguel. A presença no COP20, por exemplo, levou a CEiiA "a participar em novos projectos de mobilidade sustentável, como na gestão da frota de veículos eléctricos da ONU Brasil, em Brasília, desde Maio", contou o responsável.

A presença no COP21 será "mais alargada", e o CEiiA estará presente em vários eventos, que irão "contribuir para posicionar o CEiiA e a tecnologia portuguesa na vanguarda da mobilidade sustentável", reforçou Miguel Pinto.

Em termos de modelo de negócio, o mobi.me é vendido como uma solução de "software as a service", onde as empresas pagam "apenas a utilização do sistema que lhes permite gerir o seu negócio, e não têm de fazer um investimento inicial em desenvolvimento", explicou o responsável.

Além do projecto mobi.me, o CEiiA leva à COP21 o projecto de criar uma rede social de bicicletas, que está ainda a ser desenvolvido mas cujos ensaios têm deixado "muito entusiasmada" a equipa.

De destacar a presença do CEiiA no Sustainable Innovation Forum e no Caring for Climate, dois eventos associados à COP21, que se prolonga até dia 11 de Dezembro. Esta Cimeira do Clima, à margem da qual acontecem vários eventos com entidades não-governamentais, visa um novo acordo que permita limitar o aquecimento global aos 2ºC até 2100.

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