06/11/2015

RICARDO AGUIAR

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A mulher, o stress 
e a doença cardíaca

Como é do conhecimento geral os madeirenses têm uma maior probabilidade de sofrerem de doenças cardíacas mais do que outras regiões do país. A obesidade a nível abdominal, a hipertensão, o tabagismo, o sedentarismo, a falta de exercício físico e o stress, representam algumas das principais causas na aquisição da doença. Nas mulheres a incidência da aterosclerose, formação de placas de gordura que se formam nos vasos sanguíneos, deve-se essencialmente a uma má nutrição, a diminuição dos níveis de estrogénio entre outros factores. Outro importante preditor desta doença é o stress crónico, o qual faz aumentar o risco da doença cardiovascular na mulher. O trabalho fora de casa em ambientes stressantes com os filhos em casa ou em creches contribui largamente para uma mudança do perfil metabólica na mulher. Os estudos apontam que o aumento do stress crónico, é responsável e determinante para o declínio dos níveis de estrogénio. Qual será a solução para subir os níveis hormonais de estrogénio na mulher e diminuir o causador do problema? Poderíamos pensar que a terapia hormonal resolveria o problema?!

A terapia farmacológica de estrogénio protege os vasos contra a formação de placas mas não as reverte, nem contribui para o decréscimo do stress crónico. Este é um dado muito relevante pois se o que protege a mulher é uma produção adequada de estrogénio e o stress anula a sua produção, que contribui para o aparecimento da doença cardiovascular, então teremos de diminuir a ansiedade e manter a produção normal dos níveis hormonais. Soluções: exercício físico que apela e desenvolve a consciência corporal, pilartes, yoga, meditação, feldenkrais. Consultar um profissional de saúde com competências para ajudar no restabelecimento do equilíbrio psicossomático, naturopatas, osteopatas, psicoterapeutas entre outros.

Realizar uma boa nutrição é fundamental pois os intestinos produzem e armazenam cerca 95% de seretonina, um neurotransmissor responsável pelo bem estar e alegria, regula também o ritmo circadiano, do sono e do apetite. Aprender a gerir e a nivelar as emoções.

Filhos primeiro, stress e trabalho depois.

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA"
03/11/15

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