11/11/2015

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HOJE NO
  "DIÁRIO  DE NOTÍCIAS"

Discussão entre eurodeputados portugueses domina Parlamento Europeu

"Todos os esforços, tão prometedores" do povo português postos em risco pela esquerda, acusou Paulo Rangel

Os deputados portugueses, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, protagonizaram hoje um momento de discussão acesa, sobre a rejeição do programa do governo. O social-democrata Paulo Rangel lançou o tema e ouviu as críticas das deputadas do Partido Socialista, Elisa Ferreira e Ana Gomes e da deputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias.
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O debate tinha como tema a governação económica da zona euro, e contava com a presença do vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, o qual acumula a pasta do Euro. Mas, Paulo Rangel aproveitou a presença do comissário para lembrar que "foi feito um acordo pelas forças da extrema esquerda, com o Partido Socialista, que põe em causa o equilíbrio, em Portugal", considerando ainda que "todos os esforços, tão prometedores e instigadores, feitos pelo povo português, podem estar em risco".

Mas, a eurodeputada socialista Elisa Ferreira quis esclarecer que o acordo "não põe minimamente em risco nem os compromissos relativos ao pacto de estabilidade e crescimento, nem os objectivos orçamentais de médio prazo". Elisa Ferreira disse que "todas as propostas", do programa socialista, "foram trabalhadas com um detalhe que não existe no programa da PaF".

Antes data intervenção, a deputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias tinha perguntado a Paulo Rangel "se ele não sabe que o problema de Portugal é mesmo o desemprego, a falta de procura, a pobreza e a situação miserável a que o governo trouxe o país, com a ajuda das reformas estruturais".
"Qual é a contradição entre melhorar o mercado de trabalho, melhorar os salários, a procura e o crescimento económico e o desenvolvimento", questionou ainda Marisa Matias.

Paulo Rangel pediu para responder, dizendo que todos sabem que "o Bloco é um partido da esquerda radical, que está contra a União Europeia, tal como nós a concebemos e contra o euro, tal como nós o concebemos. Por isso, é natural que para um partido que não está preocupado com o défice (...) e que acha que deve haver um perdão unilateral de dívida de 50 ou 60%, nada disto faça sentido".

Por seu lado, a deputada socialista, Ana Gomes, na presença do comissário Dombrovskis, acusou a comissão de "não ver o esquema de benefícios e isenções fiscais, que em total opacidade, o governo português prosseguiu nestes quatro anos, favorecendo as grandes empresas e o grande capital, enquanto sobrecarregava de impostos quem trabalha".

Ao início da tarde, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis escusou-se hoje a comentar a situação política em Portugal, mas defende que o país deve seguir "o pacto de estabilidade, "como todos os outros países". O comissário, que acumula ainda a pasta do Euro, lembrou que o país tem "compromissos".

Questionado pelo DN, durante a conferência de imprensa da Comissão Europeia, sobre se vê margem de manobra para o futuro executivo aliviar austeridade, o comissário disse esperar que Portugal se "mantenha no caminho das reformas".

* O sr. Paulo Rangel já se definiu há muito tempo quando inúmeras vezes elogiou o sr. José Barroso,  desertor emérito de compromissos para com o povo português. Só diz baboseiras.

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