17/10/2015

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HOJE NO
  "OBSERVADOR"
Governo de Passos recoloca dezenas de
. membros de gabinete antes de sair

Passos Coelho garantiu que não haveria nomeações, mas o programa Sexta às 9, da RTP, encontrou vários casos de membros de gabinetes de governantes que foram colocados já depois de convocadas eleições.

O programa Sexta às 9 na RTP investigou as nomeações feitas pelo Governo de Pedro Passos Coelho depois de convocadas as eleições pelo Presidente da República e encontrou dezenas de nomeações de membros de gabinetes de vários ministérios e do próprio gabinete do primeiro-ministro, entre cargos na administração pública e cargos diplomáticos. Assim que as eleições foram marcadas, Passos avisara que os governantes “devem ter parcimónia e deve haver cuidado para não se utilizar os lugares públicos para fins de natureza partidária“.
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Já João Bilhim, presidente da CRESAP, entidade que faz a seleção de pessoas para altos cargos da administração pública, disse ao Sexta às 9 que gostaria que “num mundo ideal os governos não tomassem as decisões tão próximas das eleições”, questionando a legalidade destas medidas. O académico afirma, no entanto, que apesar de não poder haver nomeações de forma definitiva, o Governo “pode nomear em regime de substituição”.

Alguns dos exemplos dados por este programa de assessores com nomeações recentes, são:
  • Joana Vallera, antiga adjunta do ministro Pedro Mota Soares,saiu do cargo a 15 de julho deste ano e nesse dia foi nomeada como diretora do Departamento de Gestão de Clientes do Instituto de Informática Segurança Social. Cargo que vai exercer durante mais de três anos.
  • Gabriel de Osório Barros, chefe de gabinete de Mota Soares até às eleições foi nomeado para Diretor do Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Segurança Social
  • António Vilhena Moniz, diplomata de carreira e chefe de gabinete de Rui Machete, foi nomeado cônsul em Paris a 7 de agosto, mas mantém-se em funções até ao fim do impasse da crise política
  • Gilberto Jerónimo, diplomata de carreira e chefe de gabinete de Passos Coelho, foi promovido na carreira diplomática a 12 de maio, pelo próprio primeiro-ministro mas ainda se mantém ao lado do chefe do governo. O novo posto que lhe foi atribuído foi o lugar de embaixador na UNESCO que tinha sido suspenso durante esta legislatura e que entretanto foi reaberto;
  • Mário Gomes, diplomata e ex-adjunto de Rui Machete, foi exonerado a 31 de agosto e no dia seguinte foi nomeado como embaixador de Portugal na União para o Mediterrâneo. Até agora, Portugal não tinha qualquer representação permanente nesta organização e o lugar será ocupado por Mário Gomes nos próximos quatro anos;
  • Marcelo Vaultier Mathias, diplomata e ex-adjunto de Portas – exonerado a 2 de setembro -, foi nomeado diretor de Serviços do Médio Oriente e do Magrebe.
O programa fala ainda em duas dezenas de nomeações publicada em Diário da República feitas por parte do Ministério da Defesa. Em resposta, o ministério de Aguiar Branco afirmou que “os despachos em causa são da competência da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, que resultam da ampla reestruturação na estrutura do Ministério da Defesa Nacional”.

* E assim se mina a Administração Pública com a nomeação de "boys e girls", um sucesso de vigarice.

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