12/10/2015

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HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Scolari negociou 
quatro milhões limpos com Vara. 
A Caixa Geral de Depósitos pagou

Luiz Felipe Scolari negociou em 2006 com Armando Vara um contrato de quatro milhões de euros “limpos” para utilização, por parte da Caixa Geral de Depósitos (CGD), dos seus direitos de imagem. 
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O “Correio da Manhã” escreve esta segunda-feira que já nessa altura trabalhava na empresa de Jorge Mendes a filha de Armando Vara, Bárbara Vara, que foi ouvida como testemunha no inquérito aberto pelo DCIAP para investigar o antigo administrador da CGD.

O contrato abrangeu o período entre setembro de 2006 e final de agosto de 2008 e foi assinado depois da derrota da Seleção Nacional de futebol frente à Alemanha, que eliminou a seleção do Campeonado do Mundo de futebol. Scolari recebeu “quatro milhões de euros livres de despesas, deduções ou impostos” em oito prestações de 500 mil euros cada. Por cada uma destas prestações, a CGD pagou, também, 105 mil euros em IVA ao Estado.

Na altura em que o contrato foi assinado, recorda o Correio da Manhã, a filha de Armando Vara, Bárbara Vara, trabalhava na Gestifute, a empresa do agente Jorge Mendes que representava Luiz Filipe Scolari. Armando Vara era administrador da CGD com o pelouro da comunicação, pelo que liderou a negociação com Scolari e é uma das assinaturas que constam no contrato.

O contrato foi assinado entre a Sogrupo, uma entidade do Grupo CGD, e a Chaterella Investors Limited, a empresa com sede em Londres que detinha os direitos de imagem do treinador brasileiro. Em 2011, quando foi ouvido ainda como testemunha pelo DCIAP, Armando Vara abordou este contrato dizendo que se lembrava que os pagamentos tinham sido feitos a uma empresa com “sede em Inglaterra, motivo que terá levado a ser solicitado parecer à Direção Jurídica relativamente à forma como se deveriam efetuar os pagamentos atinentes ao cumprimento do contrato”.

Em reunião do conselho de administração, antes de setembro de 2006, o banco do Estado aprovou este contrato com Scolari cujas negociações “foram conduzidas por Armando Vara”, afirmou no DCIAP Vítor Fernandes, um dos administradores que assinaram o contrato.

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