25/10/2015

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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

Educação: 
o que nós andámos para aqui chegar

Inauguramos uma rubrica, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, em que todas as semanas um tema de interesse nacional é esmiuçado ao detalhe. A educação é o primeiro tema

Conheça os principais números e factos sobre a educação em Portugal, numa parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

1. Entre 1991 e 2011 a escolaridade média dos portugueses aumentou 2,8 anos, passando de 4,6 anos para 7,4 anos.

2. Em 2013, a taxa real de escolarização, ou seja, a percentagem de alunos matriculados em idade normal de frequência desse ciclo, face à população dos mesmos níveis etários era de 100% no 1.º Ciclo do Ensino Básico, 91,9% no 2.º ciclo, 87,5% no 3.º Ciclo. No pré-escolar a taxa era de 88,5% e no Ensino Secundário de 73,6%.
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3. Em 1970, 1 em cada 4 portugueses com dez ou mais anos de idade não sabia ler nem escrever. No último censo de 2011, apenas 5,2% dos portugueses, ou seja, 1 em cada 20 era analfabeto, sendo estes na sua grande maioria idosos.
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4. Portugal tem uma das taxas mais baixas de conclusão do ensino secundário (de 12 anos) entre os países da OCDE: 43% da população portuguesa, dos 25 aos 64 anos de idade tinha concluído o ensino secundário, o dobro do que se verificava há 20 anos mas, apesar deste crescimento, continuamos na cauda da Europa: longe dos 87% da Alemanha e abaixo dos 57% da Espanha.

5. Apesar do considerável decréscimo da taxa de abandono precoce, ou seja, da percentagem de pessoas entre os 18 e os 24 anos que deixou de estudar sem ter completado o secundário – de 50% em 1992 para 17,4% em 2014, Portugal mantém-se ainda no topo da tabela.
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6. Portugal é dos países com taxas de retenção mais elevadas: apesar de ter havido uma tendência para uma redução gradual das retenções, nos últimos anos a taxa de retenção voltou a subir.

7. A retenção precoce dos alunos parece ter fortes efeitos negativos: os alunos que chumbam muito cedo no seu percurso escolar não parecem melhorar a sua aprendizagem, notando-se antes perda no grau de aprendizagem efectuada ao longo do ano pelos alunos que tinham ficado retidos logo no 2º ano de escolaridade.

8. A divulgação dos rankings das escolas, feito em Portugal desde 2001, teve um forte impacto nas escolas, sendo que escolas públicas e privadas reagiram de forma diferente. Em média, as escolas privadas obtêm classificações melhores do que as escolas públicas e o fosso entre os dois grupos aumentou consistentemente desde que se iniciou a publicação sistemática dos rankings.

9. Mesmo após se considerarem as diferenças entre os alunos que frequentam o ensino público em todo o país, continuam a verificar-se grandes disparidades regionais nos conhecimentos adquiridos nas escolas públicas. Se esta disparidade não reside nos diferentes antecedentes dos alunos, isso implica que as diferenças observadas são explicadas por outros factores relacionados com as escolas e com os docentes.

10. Grande parte dos professores portugueses irá reformar-se nos próximos 15 anos, o que criará um défice considerável em várias áreas. Este período de transição constitui, no entanto, uma oportunidade sem precedentes para elevar o seu estatuto profissional.

11. Ao contrário da maioria dos países da União Europeia, Portugal não possui ainda uma base sólida de dados sobre o desempenho dos alunos, professores e escolas que forneça um apoio adequado à tomada de decisões políticas e à criação de um programa inteligente de acompanhamento. Os mais recentes desenvolvimentos no tratamento de dados são úteis, mas insuficientes.

* ELUCIDATIVO ESTE TRABALHO.


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