04/10/2015

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

EUA pedem desculpa por ataque a hospital dos Médicos Sem Fronteiras

Nove membros dos Médicos Sem Fronteiras morreram durante um ataque aéreo dos Estados Unidos da América a um hospital em Kunduz, no Afeganistão. Sete pacientes, entre eles três crianças, também morreram. 
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Segundo a organização, o número de mortos ainda pode subir. 37 pessoas ficaram gravemente feridas, sendo que 19 são dos Médicos Sem Fronteiras. Destes 19, cinco estão em estado crítico.

O ataque teve como alvo a cidade de Kunduz, no norte do Afeganistão, que foi tomada pelos talibã esta segunda-feira, dia 28 de Setembro. Os EUA já falaram com o presidente afegão, Ashraf Ghani, e pediram desculpa. Segundo o The Guardian, o general John Campbell, que lidera as forças americanas no país, falou com o presidente e deu-lhe mais alguns detalhes sobre o que tinha acontecido. 

Esta manhã o porta-voz das forças americanas no Afeganistão, o coronel Brian Tribus, indicou que o ataque americano tinha causado "danos colaterais". "As forças americanas conduziram um ataque em Kunduz, às 2h15, hora local, no dia 3 de Outubro, contra indivíduos que estavam a ameaçar as forças. O ataque pode ter causado danos colaterais em instalações médicas que se encontravam perto. Este incidente está a ser investigado", explicou.

Segundo o jornal The Guardian, o ataque deu-se depois de lutas intensas na área circundante. Na altura, estavam 105 pacientes e 80 elementos do staff médico, tanto dos Médicos Sem Fronteiras como afegãos, nas instalações. 30 funcionários médicos ainda estão desaparecidos, o que indica que o número de mortos pode subir.
"Estamos profundamente chocados com o ataque, com a morte dos nossos funcionários e pacientes e com a marca pesada que foi infligida nos cuidados médicos em Kunduz", afirmou Bart Janssens, o director de operações dos Médicos Sem Fronteiras. "Ainda não temos os números finais, mas a nossa equipa médica está a prestar os primeiros socorros e a tratar os pacientes feridos e o staff dos MSF e a registar os mortos. Pedimos a todos os lados do conflito para respeitarem a segurança das instalações de saúde e dos seus funcionários", concluiu, citado pelo The Guardian. A organização assegura ainda que tinha informado a NATO, os Estados Unidos e o Afeganistão das coordenadas GPS do hospital.
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O hospital em questão era o único a funcionar em Kunduz. Desde que a violência voltou na segunda-feira, já tinham sido tratados 394 feridos no hospital. Mesmo depois do ataque, os médicos ainda conseguiram fazer cirurgias.

* Com amigos destes quem precisa de inimigos???

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