22/10/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

"Nunca os governos dependeram de
. forças políticas antieuropeístas"

O Presidente da República disse esta quinta-feira que um governo de esquerda seria "uma alternativa claramente inconsistente".

Aníbal Cavaco Silva anunciou esta noite ao país que indigitou Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro, seguindo a tradição de convidar a formar governo o líder da força política mais votada nas eleições legislativas.
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Na sua comunicação, o Presidente da República criticou os partidos que chamou "europeístas" - PSD, CDS/PP e PS - de não terem conseguido chegar a um consenso.

"Em 40 anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças políticas antieuropeístas, isto é, de forças políticas que [...] defendem a revogação" dos tratados europeus, "o desmantelamento da União Económica e Monetária e a saída de Portugal do euro, para além da dissolução da NATO", declarou o Chefe do Estado.

"Este é o pior momento para alterar radicalmente os fundamentos do nosso regime democrático", argumentou Cavaco Silva, numa mensagem ao país em que comunicou ter indigitado Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro.

"É meu dever [...] tudo fazer para impedir que sejam transmitidos sinais errados às instituições financeiras, aos investidores e aos mercados, pondo em causa a confiança e a credibilidade externa do país que, com grande esforço, temos vindo a conquistar" nos últimos quatro anos, enfatizou o Presidente da República.

Cavaco Silva considerou "incompreensível que as forças partidárias europeístas não tenham chegado a um entendimento" para formar governo e adiantou: "Devo, em consciência, dizer aos portugueses que receio muito uma quebra de confiança das instituições internacionais nossas credoras, dos investidores e dos mercados financeiros externos" perante um executivo de esquerda.

Dizendo seguir "a regras que sempre vigorou" em Portugal de nomear o líder do partido mais votado como primeiro-ministro, Cavaco Silva sustentou "serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida" pelo PS, BE e PCP do que um governo PSD/CDS que "pode não assegurar inteiramente a estabilidade política".
"Aliás, é significativo que não tenham sido apresentadas, por [PS, BE e PCP] garantias de uma solução alternativa estável, duradoura e credível", observou o Presidente da República.

A terminar um discurso em que pareceu deixar implícito que rejeitaria dar posse a um governo de esuqerda, Cavaco Silva remeteu para o Parlamento a decisão final: "É aos deputados que compete decidir, em consciência e tendo em conta os superiores interesses de Portugal, se o governo [PSD/CDS] deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem."

"Como Presidente da República assumo as minhas responsabilidades constitucionais. Compete agora aos deputados assumir as suas", concluiu Cavaco Silva.

* Gostaríamos de recordar a Sua Exa que foram 39 anos de governos de centro direita que nos conduziram à miséria em que nos encontramos, incluindo os governos a que presidiu. Os partidos ditos antieuropeístas nada contribuiram para as vigarices dos amigalhaços do centro direita, alguns próximos de Sua Exa.

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