27/10/2015

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Venezuela exige 7,9 milhões ao BES
. Empresas recorreram à Justiça.

 Sete empresas venezuelanas que compraram dívida da Rioforte avançaram com duas ações judiciais na Venezuela contra o BES e o Novo Banco: uma para anularem a venda dos produtos e reaverem 7,9 milhões de euros; outra, já com decisão favorável de um juiz, para o arresto de imóveis do banco naquele país. 
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COMPREENDE-SE
No documento que pede a anulação dos contratos, a que o CM teve acesso, os advogados dos investidores venezuelanos defendem que "em março, abril e maio de 2014" – antes da queda do GES, mas já depois de terem sido descobertos os 1,3 mil milhões de euros de dívida não contabilizada na ESI – "o BES dedicou-se ativamente a promover na Venezuela a venda de produtos financeiros que consistiam em obrigações emitidas por duas entidades relacionadas com o banco: a ESI e a Rioforte". As sete empresas aceitaram subscrever dívida da Rioforte a 2 de maio de 2014. 

"No momento em que os agentes do BES faziam na Venezuela a promoção e colocação desses produtos", existiam já duas questões que eram conhecidas pelo BES: "a existência de uma ordem expressa do Banco de Portugal que proibia o BES de vender produtos financeiros emitidos pelo GES; a existência de um relatório da KPMG que revelava já que o GES "estava numa situação financeira grave e tinha incorrido em irregularidades contabilísticas importantes", entre as quais a "ocultação de passivo e a sobrevalorização de ativos", argumentam os advogados. 

No entender dos representantes legais dos investidores venezuelanos, "o BES vendeu de forma fraudulenta e dolosa" dívida do GES, ocultando "os verdadeiros riscos das ditas obrigações e a verdadeira situação financeira do emissor". 

* Mais uma para a colecção das vigarices.

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