10/10/2015

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Vara
provas de negócio ruinoso 

Consolidação da prova usada pelo procurador Rosário Teixeira

Carlos Alexandre, juiz de instrução criminal, concordou com os argumentos de Rosário Teixeira de que a consolidação da prova no que diz respeito à investigação de Vale do Lobo faz diminuir o perigo de perturbação de inquérito. Foi este o principal motivo invocado pelo procurador do DCIAP para propor a Armando Vara a prestação de uma caução de 300 mil euros – isto depois de terem sido feitas buscas na Caixa e apreendidos documentos considerados comprometedores. 
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Sabe o CM que no despacho assinado pelo juiz na quinta-feira – um dia antes de fazer três meses que o ex-ministro do PS foi preso no âmbito do processo Marquês – é realçada a apreensão dos documentos que demonstram que o negócio não era pacífico e também referida a inquirição dos ex-administradores da Caixa Geral de Depósitos, à data em que foi concedido o empréstimo de 194 milhões de euros para Vale do Lobo. Outro dos argumentos referidos pelo procurador é que se mantém diminuto o perigo de fuga. Entende então o magistrado que Armando Vara, estando condenado a uma pena de cinco anos e nunca se tendo furtado à ação da Justiça – no processo Face Oculta –, dificilmente o fará neste momento. 

Ainda segundo o CM apurou, as provas recolhidas sustentam então o entendimento do Ministério Público de que foi devido à intervenção de Vara que o empreendimento de luxo no Algarve – liderado pelo amigo Gaspar Ferreira, também arguido – conseguiu o empréstimo. 

A acusação enquadra o comportamento de Vara no crime de corrupção ativa para ato lícito, além dos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal. 

* Sempre achámos Armando Vara, o patrono das  (a)fundações, uma figura viscosa na política, está em curso recurso pelo que aguardamos os necessários trânsitos em julgado. É um exemplo vivo da promiscuidade entre políticos e muito dinheiro.

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