28/10/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

CMVM aplica multa de 500 mil euros
 a corretora canadiana por 
manipulação de mercado

A CMVM aplicou uma coima de 500 mil euros à corretora canadiana Biremis Corp. e uma outra de cem mil euros à empresa sueca Neonet. No entanto, a corretora escandinava conseguiu com que a penalização fosse suspensa. Em relação à Biremis Corp., entidade que já havia sido penalizada pelo regulador financeiro norte-americano, a CMVM considerou que violou, a título dolos, o dever de defesa do mercado.
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DIAGRAMA DA MANHOSICE

Esta empresa inseria ofertas fictícias no sistema de negociação “de montantes cumulativamente elevados, cancelando-as em massa segundos depois – processo que repetiu ora de um lado ora de outro do livro de ofertas – provocando a alteração das condições normais da oferta e da procura daqueles títulos nas referidas sessões de negociação, assim perturbando o processo de formação de preços e afectando a regularidade, a transparência e a credibilidade do mercado”, referiu a CMVM.

Essas operações ocorreram em 2008 e 2009 e envolveram acções da Semapa, da Brisa, da Zon, da Mota-Engil e da Altri. Em 2012, a Biremis Corp. viu a sua licença revogada pela norte-americana SEC, por utilizar os mesmos esquemas de manipulação de mercado. Segundo o regulador dos EUA, os ‘traders’ da empresa utilizaram essa táctica entre 2007 e 2010.

Além da Biremis, a CMVM aplicou também uma coima de cem mil euros à empresa de serviços de execução de acções sueca Neonet, “pela violação, a título negligente, do dever de defesa do mercado”. O regulador refere que a Neonet permitiu “a inserção no sistema de negociação, por parte da Arguida Biremis, de ofertas fictícias de montantes cumulativamente elevados, cancelando-as em massa segundos depois”.

No entanto, o Conselho de Administração da CMVM acedeu “à suspensão total da execução da coima aplicada, pelo prazo de dois anos”. Justifica essa decisão com os “esforços da Arguida Neonet posteriores à ocorrência dos factos no sentido de adequar a sua estrutura interna e os seus procedimentos de modo a permitir detectar este tipo de situações e impedir que as mesmas se repitam no futuro”. 

* O mundo está mais desigual por causa da ditadura dos fundos financeiros, do oportunismo das corretoras e da permissividade das entidades fiscalizadoras.

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