03/09/2015

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HOJE NO
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Refugiados. 
Polícia checa imita Hungria
 e marca migrantes nos braços

Primeiro-ministro da República Checa convoca reunião com homólogos da Áustria e da Eslováquia para discutir gestão da crise humanitária.
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Centenas de refugiados impedidos de embarcar em Keleti com destino à Alemanha continuavam ontem em protesto nessa estação ferroviária de Budapeste, a capital da Hungria, com relatos semelhantes a surgirem na República Checa. Segundo o “Independent”, a polícia checa começou a retirar refugiados dos comboios que partiram de Budapeste e paravam nas estações da região da Moravia, marcando cada pessoa com um número escrito a caneta permanente nos seus braços.

Em cenas que evocam um passado não muito longínquo, em que os nazis distinguiam judeus e outros alvos com marcas e tatuagens várias, começaram a circular nos media checos fotografias a mostrar agentes da polícia a tatuar os braços e os pulsos dos refugiados – famílias inteiras, na sua maioria oriundas da Síria, devastada por uma guerra de quase cinco anos, e também do Afeganistão, do Iraque e da Eritreia. “O que nunca deixa de me surpreender”, escreveu o repórter do jornal britânico Andre Stroehlein, “é que as pessoas olham para o Holocausto e julgam que este apenas guarda lições para os alemães e para os judeus”.
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Michael Hasek, governador da Moravia do Sul, de onde as cenas foram descritas, disse ao jornal  “Zpravy” que as autoridades da região “estão a preparar-se para o que pode acontecer à medida que a onda de migrantes aumentar”. O primeiro-ministro checo, Bohuslav Sobotka, já pediu uma reunião de emergência com os governos da Áustria, da Eslováquia e de outros países do Leste e Centro da Europa para discutir medidas. Esse encontro, segundo o porta-voz do líder checo, acontece na próxima segunda-feira.

Ameaças 
Depois de uma terça-feira caótica em Keleti, a estação foi reaberta ontem, após centenas de refugiados terem bloqueado a circulação ao tentarem forçar a entrada nos comboios com destino a cidades alemãs e austríacas, mantendo as palavras de ordem “Alemanha, Alemanha” e “Nós também somos humanos”. Durante a madrugada, voluntários distribuíram comida e roupas aos migrantes. E junto à fronteira com a Sérvia, onde o governo húngaro acabou de concluir a construção de um muro de 175 quilómetros e 4 metros de altura, 100 refugiados bloquearam a circulação de um comboio que os transportava para o centro de asilo de Debrecen, avançou a Reuters.

No Eurotunel, a passagem subterrânea que atravessa o canal da Mancha ligando Calais, em França, ao Reino Unido, centenas de outros refugiados também se manifestaram, levando à interrupção da circulação durante toda a noite. E na Grécia, um dos países onde chega uma grande parte destas pessoas fugidas de guerras no Médio Oriente e África, as autoridades avançaram que, em apenas uma noite, mais de 4200 migrantes deram entrada em Atenas após darem à costa nas ilhas gregas.


Perante o adensar da crise humanitária, a pior que a Europa enfrenta desde a II Guerra, a Áustria ameaçou ontem bloquear as negociações com o governo britânico, que tem levado a cabo uma campanha para angariar apoios dos estados-membros para ver implementadas reformas na UE sob pena de levar a referendo a permanência do Reino Unido no bloco. O chanceler austríaco, Werner Faymann, advertiu que irá bloquear o “catálogo de exigências” do governo de David Cameron se este não alterar a sua postura e começar a acolher alguns refugiados.”Porque deveríamos fazer algo por eles [britânicos]?”, questionou. “A solidariedade não é uma via de sentido único.”

* A "HIPOCRISIA EUROPEIA" é suja. 
Não era a Gestapo que marcava os braços dos judeus?

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