06/09/2015

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Raparigas deviam brincar com Lego
 e não com Barbies

Athene Donald, professora de Física Experimental na Universidade de Cambridge e uma das principais cientistas do Reino Unido, defendeu esta quinta-feira que os brinquedos estão a prejudicar as raparigas.

Segundo o Daily Mail online, Athene acredita que se as raparigas brincassem com Lego em vez de bonecas, teriam mais interesse pela ciência e pela engenharia.
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Na sua opinião, as escolas também têm culpa nesta equação, ao fazerem escolhas "preguiçosas" nas experiências laborais que facultam às alunas, incentivando os estereótipos de género.

Athene (em baixo, na foto, a receber um prémio) falava durante a sua apresentação como nova presidente da Associação Britânica de Ciência: "Precisamos de mudar a forma como pensamos sobre os rapazes e as raparigas e sobre o que é apropriado para eles nos primeiros anos de vida. A escolha dos brinquedos é importante? Eu penso que sim".
A cientista defendeu que os brinquedos das raparigas são tipicamente dirigidos para a passividade – pentear o cabelo da Barbie, por exemplo – e não para a criação e construção, como no caso das peças de Lego ou de Meccano.

Generalizando em relação às primeiras experiências de trabalho, é também normal que as raparigas as procurem no cabeleireiro e os rapazes na oficina local. O que "não é bom para nenhum dos sexos", diz Athene.

No campo científico em que investiga, Athene recorda que apenas um quinto dos estudantes são mulheres.

Curiosamente, as raparigas que estudam em escolas exclusivamente femininas têm 2,5 vezes mais probabilidade de escolher disciplinas avançadas de Física do que aquelas que provêm de escolas mistas.

"Se os professores, os pais e os media passam a mensagem às jovens de que a física e a engenharia é coisa de rapazes, não devíamos ficar surpreendidos", afirma Athene.

* Mesmo assim as universitárias dão cartas aos "piquenos" colegas.

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