15/09/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

Cancelamento da venda do 
Novo Banco deverá elevar défice
 de 2014 para 7,4% do PIB

Défice do ano passado ainda não estava fechado. INE deverá registar empréstimo de 4,9 mil milhões de euros como despesa de capital. 
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O cancelamento da venda do Novo Banco deverá colocar o défice do ano passado em 7,4% do PIB, acima dos 4,5% estimados antes do fecho do registo desta operação. A 23 de Setembro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) remete para Bruxelas o défice final de 2014.

A suspensão da venda do Novo Banco - criado na sequência da resolução do BES em Agosto do ano passado - foi oficializado hoje pelo Banco de Portugal.

Esta decisão abre a possibilidade de o impacto do empréstimo de 4,9 mil milhões de euros feito pelo Estado ao Fundo de Resolução em 2014 ser agora registado como despesa de capital.

Ou seja, ter um impacto no défice no montante total do empréstimo - já que o Novo Banco não foi vendido no prazo de um ano e o INE prepara-se para registar a operação no reporte que enviará para Bruxelas a 23 de Setembro.

O INE não diz que regra aplicará, adiantando apenas que a operação será reflectida no documento que seguirá para Bruxelas, onde será feito o "registo concreto".
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Mas entre os especialistas que acompanham a evolução das contas públicas contactados pelo Económico acreditam que o instituto liderado por Alda Carvalho registará o empréstimo por inteiro no défice de 2014.

Se esta leitura vingar, o défice de 2014, que está em 4,5% do PIB, será agravado para 7,4% do PIB.
O Governo tem argumentado, porém, que a existência de um défice mais elevado não implica medidas adicionais de austeridade, por tratar-se de uma medida extraordinária.

Além disso, como a venda não ocorre já, os bancos também não vão ter de registar já as perdas do Fundo Resolução.   

* Incompetência por atacado. Neste governo é difícil escolher o pior dado serem todos tão maus.

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