25/09/2015

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HOJE NO
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Cai a denúncia do BE em Setúbal: 
"Estado vai pagar 55 milhões por ano" pela subconcessão do Metro de Lisboa

A líder bloquista esteve esta noite no jantar-comício em Setúbal com a cabeça-de-lista pelo distrito, Joana Mortágua.

"O que nos disse ontem o Diário da República (DR) é que estaremos a pagar 55 milhões de euros de uma concessão do Metro de Lisboa (ML), enquanto no público pagaríamos 32 milhões de euros". A denúncia, surgiu esta noite por parte da coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins, que comentou o contrato da subconcessão dos serviços de transportes da Carris e do ML assinado ontem, à porta fechada, entre o governo de  Passos Coelho e grupo espanhol Avanza.
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Durante um jantar-comício em Setúbal, que juntou, entre outros, o mandatário nacional António Chora e a cabeça-de-lista pelo distrito, Joana Mortágua, a líder do BE considerou que "a falta de transparência e as sucessivas negociatas" das Parcerias Público Privadas (PPP) do governo de direita só vão prejudicar os contribuintes. "O contribuinte paga, e o privado recebe sempre". Mas existe uma solução para travar uma "das maiores PPP dos últimos anos", de nome BE: "Isto chama-se assalto, mas nós vamos travá-lo" já no pós legislativas, argumentou.

O "anexo escondido" no DR, como lhe chamou Catarina Martins, revela que o contrato terá um prazo  até 1 de Julho de 2024, em que o ML "deverá pagar uma retribuição anual,  que terá o montante de 461.830.806 milhões de euros mais IVA". Porém, a líder bloquista não deixou escapar uma das alíneas “escondidas" e, perante uma plateia cheia, avisou: "Se as receitas de bilheteira não atingirem o valor mínimo será o Estado a pagar.” Pois se Passos e Portas têm entoado a música “Amigos para Siempre", a máxima responsável pelo BE estraga a canção,  dizendo que "esses amigos só se forem estes concessionários a quem deram generosas borlas".

Antes de Catarina, Joana Mortágua falou, com inspiração divina, nos "três milagres da direita". O primeiro veio do ministro da Economia Pires de Lima que disse em 2013 que o país estava melhor, o segundo o da multiplicação do défice e o terceiro o da multiplicação da austeridade.

Os três serviram para que a número um por Setúbal tenha também feito durante a churrascada no Largo Doutor Francisco Soveral o seu apelo ao voto: "A direita não tem mais nada a apresentar se não mais austeridade,e o PS prega a mesma 'bíblia' do tratado orçamental, no próximo dia 4 de Outubro, dominados na guerra, rebeldes nos terão.”

* Fomos consultar o D.R., o que Catarina Martins disse é verdade, está lá escarrapachado.

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