16/09/2015

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HOJE NO
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Mais de uma queixa por dia de violência
. contra profissionais de saúde

Maioria dos casos ocorre no público. Em 2014, as notificações mais que duplicaram.

Por dia, pelo menos um profissional de saúde é agredido no local de trabalho. Dados divulgados pela Direcção-Geral da Saúde revelam que até Agosto foram notificados 381 casos de violência, o que dá uma média de 1,5 ocorrências por dia.

Os números estão dentro do que se verificou em 2014, ano em que o Observatório de Violência contra Profissionais de Saúde registou um recorde de notificações, tendo recebido 531 denúncias. A maioria diz respeito a serviços de saúde públicos.
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Este observatório da DGS é um registo voluntário e anónimo, o que significa que esta realidade pode estar subestimada. No ano passado, as notificações mais do que duplicaram face ao ano anterior, mas os responsáveis têm dito não ser possível aferir se existe um aumento da conflitualidade até relacionado com a crise ou se os profissionais estão a aderir mais ao sistema, que visa melhorar a prevenção destes incidentes.

Bola de neve 
Os dados do ano passado mostram que em dois terços das situações as vítimas são enfermeiros, em linha com o que já se verificava em anos anteriores. Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, considera que o aumento das notificações reflecte mais conflitualidade e uma consequente maior sensibilização para reportar, para que o problema não caia no esquecimento.

Tendo em conta que, na maioria das vezes, os agressores são doentes, familiares ou acompanhantes, a responsável considera haver uma clara associação entre o ambiente que se vive nos serviços e mais casos de violência. “Os enfermeiros são o primeiro contacto e têm de lidar com a insatisfação crescente das pessoas com os tempos de espera e demora no atendimento”, diz.

“São os enfermeiros que estão nas triagens das urgências ou nas enfermarias durante as visitas”, justifica. A dirigente sindical fala de uma “bola de neve”: não havendo profissionais em número suficiente, as famílias ficam mais exasperadas e o espaço físico não permite dar resposta a todos em simultâneo, obrigando a impor mais limitações para que possa haver circulação, isto mesmo quando os doentes ficam em macas nos corredores. Dotar os serviços de recursos suficientes seria, no seu entender, a melhor estratégia de prevenção.

Segundo o balanço de 2014, as situações mais recorrentes são injúria, ameaças e pressões, mas verificaram-se 133 agressões físicas. Um quinto das vítimas precisou de tratamento e ausentou--se do trabalho, mas só 72 apresentaram queixa à polícia. A maioria considera que a violência é habitual e poderia ser prevenida. Metade das vítimas ficaram insatisfeitas com a forma como a situação foi tratada internamente. 

* Temos pelos profissionais de saúde o maior respeito, sem ferir susceptibilidades os enfermeiros são os que mais enfrentam os problemas, os que mais dão e os que piores salários auferem, uma das vergonhas deste governo, também ele vergonhoso.

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