14/09/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

BIS: 
China e Brasil entre os mercados emergentes que correm o risco 
de uma crise bancária

Um relatório do BIS, divulgado pela Bloomberg, diz que aquela instituição prevê uma crise nos bancos da China, Brasil e Turquia. Haverá um nova crise bancária no horizonte?

O crescimento do crédito na China, no Brasil e na Turquia não só estimula o risco de consequências ao nível do malparado, como também é um sinal de que uma crise bancária está no horizonte, diz o BIS – Bank for International Settlements (Banco de Pagamentos Internacionais), citado pela Bloomberg.
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O rácio de crédito sobre o PIB, que permite medir o quanto o crédito ao sector privado se desviou da sua tendência de longo prazo, é de 25,4 por cento na China, disse o BIS num relatório divulgado no domingo. É o peso mais alto de entre as grandes economias e compara com 16,6 por cento na Turquia e 15,7 por cento no Brasil.

"Os indicadores de alerta precoce detectados em situações de stress bancário, apontam para os riscos decorrentes do forte crescimento do crédito", segundo o BIS.

Historicamente, um país com um rácio acima dos de 10 por cento tem dois terços de possibilidade de ter "sérias tensões nos bancos" dentro de três anos, disse o BIS.

As nações mais desenvolvidas do mundo foram rápidas a recuperar da crise financeira global de 2008, financiando a expansão com um difusão de empréstimos, e agora que o crescimento diminui,  os credores estão a braços com créditos maus.

O choque da desvalorização do yuan, no mês passado, arrastou os mercados globais para uma preocupação que a desaceleração na segunda maior economia do mundo se tenha aprofundando.
O aumento do risco na China é o legado de um valor record de créditos concedidos, num total de 17.600 mil milhões de yuan (2.480 mil milhões de euros), desencadeados pelo ex-primeiro Ministro Wen Jiabao, em 2009. O crédito malparado chinês no primeiro trimestre deste ano subiu ao máximo, desde que os dados se tornaram disponíveis em 2004, atingindo os 982,5 mil milhões de yuans (136,59 mil milhões de euros). Isto é quase o tamanho da economia do Vietame.

Tal como a China, a Indonésia, Singapura e a Tailândia também têm um rácio crédito concedido em relação ao PIB que excedem os 10 por cento e, portanto, são vulneráveis ​​a tensões no sector bancário , mostra o relatório do BIS.

Os maiores bancos do Brasil – que está no meio da pior contracção económica dos últimos 25 anos – estão a aumentar as provisões exponencialmente, para cobrir os seus maus créditos. O Banco do Brasil, o maior banco da América Latina em activos, no mês passado aumentou 21% as provisões para crédito em incumprimento.

Este banco estatal e o Banco Bradesco estavam entre os 13 bancos que viram os seus ratings piorarem,  pela Standard & Poor, na semana passada depois de grau de crédito do país ter sido cortado para lixo.

"Os rácios estimados do serviço da dívida também apontam para riscos contínuos", diz o BIS, citado pela Bloomberg. Por exemplo, "as famílias e empresas no Brasil, China e Turquia gastam significativamente mais no serviço da dívida (juros) do que no passado."

O BIS disse ainda, que a quantidade de títulos de dívida emitidos internacionalmente por sociedades não financeiras dos países emergentes fixou-se em 75 mil milhões de dólares (66,4 mil milhões de euros) no primeiro semestre deste ano, em comparação com 161 mil milhões de dólares (142 mil milhões de euro) em 2014.

Os clientes do crédito continuam a contar com a venda da dívida emitida em dólar, enquanto aumentam emissões em euros para 14 mil milhões de  euros no primeiro semestre.

* Consequência de engenharia financeira feita por "trolhas".

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