13/07/2015

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GUIA PARA PERCEBER
A OPERAÇÃO MARQUÊS
11 PERGUNTAS




















1ª PERGUNTA: Quem são os arguidos da Operação Marquês, até agora?

José Sócrates
O ex-primeiro-ministro é o único arguido em prisão preventiva até ao momento. A medida de coação aplicada ao antigo governante é a mais grave. José Sócrates está indiciado dos crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais. Está preso no Estabelecimento Prisional de Évora desde novembro de 2014.
Em junho deste ano o juiz de instrução, Carlos Alexandre, propôs a transferência da prisão preventiva para domiciliária. O ex-primeiro-ministro recusou por carta argumentando que a prisão preventiva não foi fundamentada.
José Sócrates foi detido em novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, quando regressava de uma estadia em Paris.

Carlos Santos Silva 
O empresário amigo de José Sócrates é um dos arguidos em prisão domiciliaria com pulseira eletrónica. Está indiciado por fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção. O ex-administrador do Grupo Lena esteve em prisão preventiva de 24 de novembro de 2014 a final de maio deste ano. Carlos Alexandre decidiu alterar a medida de coação e Santos Silva está em casa desde o final da tarde de dia 22 de maio.

João Perna 
Em fevereiro deste ano o ex-motorista de Sócrates, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, viu a sua medida de coação ser alterada para liberdade provisória. Perna está obrigado a fazer apresentações semanais às autoridades, proibido de viajar para fora do país e de contactar os restantes arguidos. João Perna foi detido no final de novembro de 2014 e esteve cerca de um mês em prisão preventiva nas instalações da Polícia Judiciária, para depois regressar a casa com pulseira eletrónica, durante mais ou menos um mês.

Gonçalo Trindade Ferreira 
Detido na mesma altura que José Sócrates, Carlos Santos Silva e João Perna, o advogado está indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais e foi o único arguido a sair em liberdade logo em novembro. Está proibido de contactar com os outros arguidos e de sair do país. Deve ainda apresentar-se, bimestralmente, às autoridades.

Joaquim Barroca
O administrador do Grupo Lena está em prisão domiciliaria com pulseira eletrónica desde abril de 2015. Indiciado por crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal, Barroca foi detido a 22 de abril de 2015, depois de buscas feitas à sede do grupo, em Leiria. Inicialmente, Joaquim Barroca ficou em prisão preventiva no Hospital-Prisão de Caxias devido de problemas cardíacos.

Paulo Lalanda e Castro
O administrador da farmacêutica Octapharma foi constituído arguido no âmbito da Operação Marquês em final de fevereiro deste ano, depois de ser ouvido pelo procurador Rosário Teixeira. Lalanda e Castro é suspeito de fraude fiscal e branqueamento de capitais. O administrador da multinacional onde Sócrates trabalhou como consultor, ficou sujeito a termo de identidade e residência.

Inês Pontes do Rosário 
A mulher de Carlos Santos Silva foi a sétima pessoa a ser constituída arguida no caso, em Abril de 2015 e, tal como Lalanda e Castro, tem a medida mais leve: termo de identidade e residência. Inês do Rosário é suspeita de ter entregue mais de 120 mil euros em notas, durante oito meses, que tinham como destino o ex-primeiro-ministro.

Diogo Gaspar Ferreira 
O oitavo arguido é o presidente da empresa gestora de Vale do Lobo, o resort algarvio – negócio a que Armando Vara estará ligado quando ainda era administrador da CGD. O empresário foi interrogado pelo DCIAP a 12 de junho a pedido do próprio e estará indiciado por branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Armando Vara 
Vara foi detido ao final da tarde desta quinta-feira, passou a noite no Comando Metropolitano da PSP de Lisboa e depois de ser ouvido pelo juiz de instrução, Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal, ficou em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O ex-ministro do PS, ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e do Millennium BCP, é suspeito de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Em causa, estará o envolvimento da CGD no processo de Vale do Lobo, na altura que Vara era administrador do banco público.

* Próxima pergunta amanhã à mesma hora

** Um excelente trabalho dos jornalistas do "OBSERVADOR"


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