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Vídeo mostra pilhagem após
abate do voo MH17 na Ucrânia
abate do voo MH17 na Ucrânia
A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Julie Bishop, afirmou esta sexta-feira estar "enojada" com as imagens de um vídeo que mostra presumíveis rebeldes pró-russos a revirar bagagens dos passageiros mortos do avião da Malaysia Airlines, abatido há um ano.
O vídeo, obtido pelo "Daily Telegraph", de Sydney,
cuja autenticidade não foi confirmada, foi publicado esta sexta-feira,
dia do primeiro aniversário da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines,
que fazia a rota Amsterdão-Kuala Lumpur, abatido no leste da Ucrânia
perto da linha da frente dos confrontos entre as tropas ucranianas e as
forças separatistas pró-russas.
"É repugnante ver e, 12 meses
depois do abate do [voo] MH17, é profundamente preocupante que estas
imagens tenham surgido", afirmou a chefe da diplomacia australiana ao
canal Nine Network, sem confirmar a autenticidade do vídeo divulgado
esta sexta-feira.
"É certamente consistente com as informações
[dos serviços de] inteligência que recebemos há 12 meses no sentido de
que o voo MH17 da Malaysian Airlines tinha sido abatido por um míssil
terra-ar", acrescentou Julie Bishop.
O jornal, do grupo mediático
News Corp, indicou que o vídeo, que recebeu há uma semana, foi desviado
de uma base dos separatistas pró-russos em Donetsk e que as imagens
foram filmadas pelos próprios rebeldes quando capturaram o que
inicialmente pensaram ser um jato da força aérea ucraniana que tinham
abatido.
Segundo o jornal, o vídeo permite ver a sua consternação no momento em que percebem que o aparelho era um avião comercial.
Contudo,
mostra, por outro lado, homens armados, de fardas militares de
camuflagem, a remexer entre os destroços do avião, vasculhando bagagens e
a espalhar o seu conteúdo no chão.
O jornal informa que numa das imagens se vê um homem com uma identificação da autoproclamada República Popular de Donetsk.
Os
países que participaram na investigação ao acidente -- Holanda,
Austrália, Malásia, Ucrânia, Bélgica - pediram a criação de um tribunal
especial, sob os auspícios da ONU, para tentar levar à justiça os
responsáveis pelos crimes relacionados com o derrube do avião.
O
Reino Unido, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança
da ONU, manifestou hoje apoiar a ideia que, em contrapartida, não foi
bem-recebida pela Rússia, igualmente com poder de veto.
A
generalidade da comunidade internacional atribui o derrube do avião da
Malaysia Airlines a membros das forças favoráveis à Rússia, mas Moscovo
sempre rejeitou qualquer participação no acontecido.
* Uma criminosa responsabilidade de Putin.
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