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Biologia e Geologia com o pior desempenho
HOJE NO
"OBSERVADOR"
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Matemática regista a maior subida
na média dos exames de 12.º ano
Não há regra, sem exceção. A disciplina de Matemática, que costuma
ser um dos “calcanhares de Aquiles” dos alunos do ensino secundário (e
não só), protagonizou a maior subida na média nos resultados dos exames
de 12.º ano, conhecidos esta segunda-feira.
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Os 33.435
alunos que fizeram a prova conseguiram, no seu conjunto, uma média de 12
valores, bem acima dos 9,2 valores de média alcançada na 1.ª fase dos
exames nacionais de 2014. Já a taxa de reprovação passou da mais alta, no ano passado (22%), para 11%.
Latim (+2,6) e Matemática aplicada às ciências sociais (+2,3)
foram as duas outras disciplinas com maior subida da média. Também
Matemática A e Economia subiram mais de um valor, para 11,2 e 11,5
valores, respetivamente.
Biologia e Geologia com o pior desempenho
No terreno oposto, Biologia e Geologia teve o pior desempenho.
A
média neste exame caiu para valores negativos (8,9) quando, no ano
passado, os alunos tinham conseguido uma média de 11 valores. Esta foi a
disciplina com a maior quebra na média (-2,1), se excluirmos o inglês
(-3,1), uma vez que só 14 alunos internos realizaram esta prova.
A Português, os alunos mantiveram as notas, fixando-se, este ano, nos 11 valores. Em 2014 tinham conseguido 11,6.
No
conjunto das 22 disciplinas que foram a exame no 12.º ano, 14
registaram subidas – só em nove disciplinas essas subidas foram
superiores a meio valor – e em oito disciplinas verificou-se uma descida
da média. Apenas a Biologia e Geologia a média ficou abaixo dos 9,5
valores, mais precisamente nos 8,9 valores.
O Ministério fala em
“melhoria relativamente ao ano anterior” e o Instituto de Avaliação
Educativa, em comunicado, aponta para “um quadro de relativa
estabilidade na generalidade”.
Matéria de 10º ano e menos cálculo ajudaram a matemática. A biologia, alunos ‘não dominam conteúdos essenciais’
O Ministério da Educação salienta, em comunicado, que os exames devem
“manter-se com um grau de exigência global semelhante ao longo dos
anos” e, por isso mesmo, enviou uma carta ao Instituto de Avaliação
Educativa (IAVE), a entidade independente responsável pela elaboração
das provas, para que “mais uma vez” proceder “a uma análise
pormenorizada das provas e seus resultados, tendo em vista avaliar em
que grau se tem atingido, ou não, o objetivo preconizado”.
O
IAVE já reagiu aos resultados, também através de comunicado, e começa
por dizer que, “no geral, as provas foram consideradas adequadas, tanto
no que respeita à sua relação com os documentos curriculares, como em
relação ao público-alvo”.
Em relação às maiores variações registadas, o Instituto avança com explicações para matemática e biologia e geologia.
No
caso da matemática, além da inclusão de matéria de 10.º ano, pela
primeira vez, num exame nacional, que “explica parcialmente a evolução
positiva dos resultados”, acresce ainda o facto de se ter reduzido o
peso que tinha vindo a ser atribuído ao cálculo, por se considerar
“excessivo”. Diversos pareceres consideraram que “a prova deveria conter
pelo menos um item de modelação matemática e mobilizar capacidades
relacionadas com o conhecimento de conceitos e procedimentos, como já
acontecera em diversas provas de anos anteriores”. E foi precisamente
nestes itens (1. a 4. do Grupo I) “que se observou uma melhoria
considerável dos resultados”, avança o IAVE.
Já no que diz
respeito ao exame de biologia e geologia, o Instituto frisa que a
conceção da prova “é em tudo semelhante às provas de 2013 e 2014″.
Verificou-se que os alunos não dominam conteúdos curriculares essenciais que foram avaliados em itens que apelavam sobretudo ao conhecimento e à compreensão simples de conceitos e cujos resultados ficaram aquém do que seria expectável”, acrescentam o IAVE, a propósito do descalabro a biologia e geologia.
Exames desses itens com “um resultado inferior ao expectável” são os itens 4., 5. e 7. do Grupo IV do exame deste ano.
Alunos internos com melhores resultados
Com exceção das disciplinas de Alemão e Inglês, disciplinas com
maioria de alunos autopropostos, os alunos internos – aqueles que
frequentaram as aulas durante o ano letivo – obtiveram classificações
mais elevadas do que as alcançadas pelos alunos autopropostos, à
semelhança dos anos anteriores. As diferenças mais significativas, entre
os resultados dos alunos internos e dos autopropostos, observaram-se
nas disciplinas de Geometria Descritiva A e de Matemática A,
respetivamente com 4,7 e 5,2 valores de diferença.
Os exames
finais nacionais do secundário foram realizados em 649 escolas e
foram realizadas 319.409 provas. Nesta 1.ª fase dos exames finais
estiveram envolvidos 7.289 docentes pertencentes à Bolsa de Professores
Classificadores do Ensino Secundário e 10.000 docentes vigilantes.
* Melhor média a matemática será sempre uma boa notícia.
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