10/07/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS

 DA MADEIRA"

Deputada do PSD alerta que vespa pode
. acabar com a castanha em poucos anos

A deputada do PSD eleita por Bragança Maria José Moreno alertou hoje que a vespa das galhas do castanheiro pode acabar com a produção nacional de castanha em poucos anos, se não forem tomadas de imediato medidas preventivas.
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"Há que tomar medidas já porque se a vespa começa a espalhar-se dentro de quatro ou cinco anos ficamos sem castanha", defendeu, em declarações à Lusa, preconizando a disponibilização por parte do Governo de financiamento às instituições que fazem investigação para procurarem soluções de combate a este parasita.

A parlamentar foi a autora do projecto de resolução aprovado, na quinta-feira por unanimidade na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar que recomenda ao Governo "o reforço da fiscalização e do controlo no movimento de plantas de castanheiro".

O insecto conhecido como vespa das galhas do castanheiro já foi detectado na zona de Trás-os-Montes, a maior produtora portuguesa de castanha, responsável por 80 por cento das 40 mil toneladas da produção nacional, que representam 70 milhões em vendas e 32 milhões em exportações, segundo os dados que constam no projecto de resolução.

De acordo com Maria José Moreno, a iniciativa conjunta de deputados do PSD e do CDS-PP já não deverá subir a plenário nesta legislatura, mas a deputada espera que a unanimidade que reuniu entre todos os partidos, na Comissão, leve o Governo a tomar medidas.

Além do maior controlo e fiscalização, esta iniciativa tem ainda o propósito de estimular a criação de condições para que as instituições dedicadas à investigação, que actualmente têm conhecimentos da referida praga, possam produzir e fornecer os parasitóides necessários para o combate àquele flagelo.
Os deputados recomendam ainda ao Governo que seja implementado um programa nacional de controlo da vespa do castanheiro, financiado com verbas públicas, à semelhança do que acontece com o nematode do pinheiro, noutras zonas do País.

A deputada Maria José Moreno manifestou "especial agrado pelo facto de se registar um acordo unânime o que vai reforçar esta causa de defesa da produção de castanha".

A parlamentar teme que dentro de poucos anos a praga se dissemine e devaste a produção de castanha como já aconteceu em outros países como Itália ou França.
Os produtores portugueses continuam a importar plantas para plantação de novos soutos destes países e da vizinha Espanha.

"Deve ter-se presente que o castanheiro passou, em menos de três décadas, de "árvore-do-pão" que alimentava os mais pobres da população rural do Interior, a fonte de riqueza com real expressão económica no rendimento agrícola regional e nacional", refere o texto da Resolução.
Esta fileira representar "centenas de empregos a nível regional", além do "relevante papel do castanheiro quanto aos equilíbrios ambientais", acrescenta.

"O que se espera é que o Governo, este ou o próximo, não deixe de estar atento e actuante a uma matéria que, embora mais confinada à região de Trás-os-Montes, tem, no entanto, elevado impacto económico, social e ambiental para todo o país", conclui.

* Um problema grave, a vespa das galhas do castanheiro tem de ser combatida, há muitas famílias a depender desta árvore para além da sua importância no ecosistema.


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