17/07/2015

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HOJE NO
 "OBSERVADOR"

No Twitter há quem peça um boicote
 aos produtos alemães

O acordo entre a Grécia e os credores teve um curiosa (e global) repercussão no Twitter. Há quem peça que se boicotem os produtos alemães como resposta à intransigência negocial de Merkel e Schäuble.

As últimas semanas não têm sido de serenidade política no velho continente. 
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O acordo da Grécia com os credores surgiu mesmo, foi a votação, teve aprovação por maioria — como nenhum dos anteriores resgates gregos teve –, porém, e à parte das repercussões políticas que o acordo poderá ainda ter para Tsipras e para o governo de maioria Syriza/Gregos Independentes, no Twitter, anónimos, personalidades da esquerda à direita política e até anarquistas, há muito quem discuta o boicote aos produtos de origem alemã. Quem pede o boicote, fá-lo como forma de resposta à intransigência que os parceiros europeus (mas sobretudo Angela Merkel e Wolfgang Schäuble) tiveram na hora de negociar com os gregos.
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A hashtag #BoycottGermany começou a circular na última semana, mas com o aproximar da votação do acordo com os credores no Parlamento grego tomou outra dimensão e chegou mesmo a ser “trending topic” na rede social Twitter, como conta a BBC. Houve até quem chegasse a partilhar os códigos de barras que indicam que um produto é de origem germânica. No entanto, esses códigos apenas dão conta da origem da empresa que os detém, que é, de facto, alemã, mas a manufatura desses produtos pode ser portuguesa, vietnamita ou, porque não, grega.

Uma das mensagens mais “retwittadas” na rede social é a de David Graeber, um conhecido anarquista norte-americano, também professor na London School of Economics, que conta com mais de 40 mil seguidores, e recorda o perdão de dívida que a Alemanha teve no pós-Segunda Guerra Mundial. 

*  A atitude lider da Alemanha contra a Grécia congrega os sentimentos mais odiosos em nome de uma União Europeia que nunca foi união. Os gregos estão a ser alvo de uma agiotagem ilegal pois nos documentos e tratados  que regem a U.E. o eurogrupo não tem qualquer autoridade estatutária para tomar as decisões que todos conhecemos. 
Boicotar produtos alemães, empresas alemãs, seria uma forma digna de combater esta prepotência financeira. Temos coragem?


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