06/06/2015

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HOJE NO
 "i"

Exames. 
Fechado em casa é que 
não se aprende nada

“Não tem comparação, estudar fora de casa é muito melhor”, conta Francisco Lopes, de 21 anos, estudante de Engenharia Electrotécnica que se anda a preparar para os exames. Beatriz Neves, que está em Economia, faz-lhe companhia na esplanada do Picoas Plaza. Estudar em casa “é impossível”, asseguram Bernardo, Alexandre e Joana, todos estudantes de Engenharia Civil. “Estar em casa é demasiado confortável e acaba por render muito pouco porque caímos na tentação de adiar o estudo para a hora seguinte”, explica um dos estudantes. Outra grande vantagem é poder estudar em grupo, tirar dúvidas “uns aos outros e avançar mais rápido na matéria”.

Se também tens de estudar e não consegues fazê-lo em casa porque tudo te incomoda e tudo é motivo para te distraíres, então está na hora de mudares de estratégia. Pega nos livros, no tablet ou no computador e vai para a rua. Mas não sem antes conhecer as alternativas. 
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O i foi à procura das melhores soluções para trabalhar/estudar fora de casa. A oferta é mais que muita e dá para todos os gostos e feitios. Desde espaços arejados e verdejantes, como a Gulbenkian, a esplanadas de cafés ou sítios onde o silêncio é o máximo denominador comum, e até, imagine-se, centros comerciais com tudo aquilo que é preciso para um bom dia de estudo.

Centro Académico Edith Stein Era dia de missa ao luar no terraço do Centro Académico Edith Stein (CAES). O espaço que tem nome de santa, além de ter uma vertente religiosa ligada à paróquia de Arroios, está aberto a todos os credos e com tudo o que é necessário para estudar. Tem três salas (uma para trabalhos de grupo, outra de silêncio absoluto e uma onde se pode conversar moderadamente), casa de banho, internet gratuita, cozinha com lava-loiça e microondas, permitindo aos estudantes trazer refeições de casa, e máquinas de café. A vista desafogada sobre a capital é o seu ponto forte – ideal para arejar as ideias.

“Isto antes não era nada”, conta uma voluntária que faz parte da equipa de gestão daquele espaço. “Pusemos mão à obra, pintámos as paredes, organizámos as salas, a cozinha, com a ajuda e esforço de todos”. E foi assim que nasceu o CAES na freguesia de Arroios.

A ideia, diz, foi do prior Paulo Araújo, que fundou o centro há cinco anos, com a ajuda de um grupo de jovens – universitários na altura – que pertenciam também ao coro da igreja. Em vésperas de exames, o espaço fica aberto até à meia-noite. Situa-se na rua Alves Torgo nº. 1 (São Jorge de Arroios). Os que quiserem usufruir do centro, é só tocar na campainha do 6.o andar e dizer que vão estudar. Há, no entanto, uma grande condição: “Quem vier tem de vir por bem”, avisam os responsáveis.
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Fundação Calouste Gulbenkian É um clássico. Sozinhos num recanto ou em grupo, os jardins da Gulbenkian estão entre os mais frequentados por estudantes nesta altura do ano. Se a natureza puxa pela tua concentração e se o chilrear dos pássaros não incomoda, os espaços verdes da Fundação Calouste Gulbenkian são os lugares mais apropriados para uma tarde calma de estudo e, porque não, de convívio. Foi o que fez um grupo de estudantes de Shiatsu, uma terapia oriental baseada na pressão dos dedos, contam. As linhas de várias cores, desenhadas das pernas até aos pés, não passam despercebidas aos olhos de quem ali está. São “pontos meridionais” que funcionam como “canais de energia”, explicam. Vieram para o jardim porque já estavam fartos de estudar em casa. E quando faz bom tempo, até é pecado ficar encafuado no quarto. Existe algum sítio melhor para canalizar boa energia do que no meio da própria natureza?

No entanto, se precisas de silêncio, são várias as possibilidades dentro da fundação, com a vantagem de ter wi-fi e tomadas para o portátil. A biblioteca de leitura é indicada para quem quer consultar colecções de História da Arte e Artes Visuais, requerendo a utilização diária deste espaço um cartão de leitor. Aberto de segunda à sexta das 9h às 17h30 (horário de Verão).

Instituto Superior Técnico Aberto 24h, o Instituto Superior Técnico é dos locais mais concorridos para estudar, sobretudo em fase de exames. As várias salas de estudo no corredor do pavilhão de Civil são ideais para quem gosta de estudar pela noite dentro, em grupo. Os espaços estão equipados com internet gratuita e abertos a qualquer estudante, mesmo de outras universidades. Excepção feita a alunos do ensino secundário. Para quem prefere o silêncio absoluto, tem também a possibilidade de frequentar a biblioteca, no mesmo edifício, durante o dia, a funcionar das 9h às 20h.
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Biblioteca Municipal de Sintra Além de todas as Bibliotecas Municipais de Lisboa (BLX), fora da capital, em Sintra, podes usufruir de um espaço com uma vista deslumbrante sobre a serra. A Biblioteca Municipal de Sintra é mais um local inspirador para quem tem de estudar nestes dias. O silêncio é imperador e a concentração total – por essa razão, é um sítio indicado ao estudo individual. Aberta das 10h às 20h de terça a sexta--feira, e sábados e segundas das 14h30 às 19h30.

* Estudem onde quiserem, mas estudem!

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