16/06/2015

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555.
Senso d'hoje

MARIANA 
VIEIRA DA SILVA
  MEMBRO DA COMISSÃO
POLÍTICA NACIONAL DO PS
  SOBRE A SITUAÇÃO DO PAÍS


CONTESTAÇÃO DE RUA
O factor medo condicionou muito a reacção das pessoas. Quando se conseguiram organizar em torno de um sentimento de injustiça muito particular, como a baixa da TSU para os empregadores e aumento para os trabalhadores, esse ímpeto de ir para a rua existiu. Mas nos últimos anos, as preocupações laborais das classes profissionais não estiveram em cima da mesa e são essas que agitam os movimentos sindicais. Quando se tem medo de perder o emprego e de ir para a mobilidade, ir para a rua não é a reacção mais imediata. Quando se luta por uma determinada progressão na carreira, um determinado modelo de avaliação, é mais fácil mobilizar uma classe profissional como um todo.

SEGURANÇA SOCIAL
Se há coisa que nos últimos anos afectou a sustentabilidade da Segurança Social e de todos os nossos sistemas sociais – e até das finanças públicas – foi a redução das contribuições por as pessoas não terem emprego e o dinheiro que foi gasto em subsídios de desemprego.

A maioria tem pedido um consenso quando todas as decisões que tomou foram vistas como contraditórias com a Constituição. O consenso não se pede, constrói-se. Ao longo dos últimos anos, a direita só propôs o plafonamento e os cortes de pensões. Não me revejo sequer na ideia de que a direita quer um consenso nesta área.  

* Excertos de concisa entrevista ao "i".

** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro. 



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