10/06/2015

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HOJE NO
 "DINHEIRO VIVO"

Exportações sobem quase 10%, 
mas importações disparam 16%

As exportações portuguesas de bens subiram quase 10% em abril (9,7%) face a igual mês do ano passado. O pior é que as importações dispararam no mesmo período 16%, o maior aumento dos últimos cinco anos.

O resultado foi um agravamento do défice comercial em mais de mil milhões de euros no espaço de apenas um mês, ao passar de 1993 milhões de euros em março para 2997 milhões no mês seguinte, no total de bens e serviços.
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O EXPERT
A boa notícia é que o aumento das importações não ficou a dever-se exclusivamente ao consumo, tendo pesado também a recuperação do investimento, a avaliar pelo tipo de bens comprados ao exterior. Isso mesmo fez notar o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que deu o exemplo das importações de maquinaria "essenciais para o investimento".

O Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta terça-feira os números do comércio internacional, chama também a atenção para o facto das importações em abril compararem com um mês atípico no ano passado, no que se refere aos combustíveis minerais no mercado extracomunitário, já que em abril de 2014 as compras ao exterior desse grupo de produtos - sobretudo óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos e gás natural liquefeito - registaram o valor mais baixo do ano, quando se verificou a paragem geral programada para manutenção da refinaria de Sines.

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o aumento homólogo das exportações foi de 5,25%, para 16 413 milhões de euros, mais 818 milhões do que em igual período de 2014, enquanto as importações cresceram 2,79%, para 19 389 milhões, mais 527 milhões. Daí resultou um défice comercial de 2964 milhões de euros no quadrimestre, que compara com 3270 milhões um ano antes. Ou seja, menos 306 milhões de euros, o que significa uma melhoria de 9,3% para o equilíbrio da balança comercial.

Paulo Portas considera os números de abril "francamente bons"e perspetiva um bom ano para as exportações. "Teremos meses melhores, meses piores, mas a tendência de crescimento das exportações portuguesas é muito forte em 2015".

Para o vice-primeiro-ministro, o crescimento "cá dentro", com investimentos, e "para fora", com as exportações, permite "proteger a retaguarda e criar emprego".

Também o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, acentua que "o caminho que os empresários portugueses estão a fazer só pode ser um caminho de não retorno" e que " a cultura económica das exportações veio definitivamente para ficar".

A AICEP aponta para um ano de 2015 melhor do que o anterior no que se refere às exportações, quer na componente de bens, quer na sua globalidade que inclui os serviços, com destaque para o turismo.

Em relação a março, porém, o comportamento das exportações não foi dos melhores, resultando numa queda de 2,9%, depois do crescimento de 10,6% naquele mês. Em contrapartida as importações caíram 0,2% em abril face ao mês anterior, embora as compras fora da UE tenham aumentado.

* O aumento das importações não se deve apenas à importação de equipamentos como refere o sr. vice-primeiro ministro da inutilidade, foram importados muitos bens para os consumistas, não temos os dados por parcelas.

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