22/05/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

Contratação polémica faz regressar mal-estar ao Banco de Portugal

Uma empresa unipessoal de um conhecido de um vice-governador do banco central português foi contratada por ajuste directo para assessorar em duplicado o dossier BES.
A TC Capital, boutique financeira unipessoal de Phillipe Sacerdot, antigo director-adjunto para a área da banca de investimento no banco suíço UBS, foi contratada pelo Banco de Portugal para "prestar serviços de assessoria sénior para o projecto Hermes", nome de código para o dossier da resolução do BES e da venda do Novo Banco.
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Segundo noticia a TSF, o contrato fixa uma remuneração mensal de 30 mil euros e um prémio de sucesso ('success fee') de 500 mil a atribuir à TC Capital, num contrato assinado pelos vice-presidentes do banco central português, António Varela e José Ramalho. O primeiro cruzou-se com Phillipe Sacerdot no banco UBS, uma vez que era representante da instituição suíça em Portugal entre 2000 e 2009.

O caso levantou grande polémica no interior do Banco de Portugal, adianta a TSF, dado que a TC Capital foi contratada numa altura em que o grosso da crise no BES já tinha passado e o BPN Paribas já estava a assessorar o banco na gestão daquele delicado dossier. Por outro lado, a empresa foi contratada por ajuste directo.

O caso pode ser mais um item a levar em conta pelo Governo de Passos Coelho, numa altura em que o executivo está a poucos dias de ter de tomar uma decisão sobre novo mandato à frente do Banco de Portugal. Neste momento, a permanência do Governador Carlos Costa à frente da instituição continua a ser uma incógnita - mas mais um caso polémico saído do interior do próprio regulador não deverá favorecer o actual elenco da administração. 

* Quando nepotismo emana do BdP, que esperar dos conluios dos políticos.

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