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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Governo discordou de tarifa especial
para táxis no aeroporto de Lisboa
O Governo discordou da criação de uma tarifa especial proposta pelas associações para táxis que operam no aeroporto, disse hoje o secretário de Estado-Adjunto da Economia, esclarecendo que a taxa que tem sido divulgada é da responsabilidade da ANA-Aeroportos.
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Em declarações à Lusa, o secretário de
Estado Leonardo Mathias explicou que o regime jurídico do setor, de
1998, estabelece que os preços dos táxis são definidos por convenção
negociada anualmente entre a Direção-geral das Atividades Económicas
(DGAE) e as associações do setor, a Associação Nacional dos Transportes
Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral) e a Federação Portuguesa do
Táxi (FPT).
Estas tarifas estabelecem todos os
anos, por exemplo, o valor da bandeirada, os tarifários de dia e de
noite, de chamada, de transporte de animais, e são "um regime universal
que se aplica ao país todo".
"A negociação relativamente ao ano de
2015 está neste momento em curso, foi apresentada uma proposta pela
Antral e pela FPT que não mereceu a concordância da DGAE e aguardamos a
contraproposta", disse.
De acordo com o governante, a proposta da
Antral e da FPT "contempla, entre outras coisas, um aumento de 8% nas
tarifas", o que não teve a concordância do Governo.
"Num momento
em que a inflação é nula neste país, em que o preço do petróleo está a
baixar e em que há uma estabilização do consumo privado (...), não foi
devidamente justificado um aumento de 8%. E, portanto, neste momento a
DGAE não concordou com um aumento de 8%", considerou.
Leonardo
Mathias acrescentou que, no âmbito destas negociações, "foram propostas à
DGAE também tarifas especiais para [os táxis] operarem em certas zonas,
nomeadamente no Aeroporto e no Porto de Lisboa, o que também não
mereceu a concordância da DGAE e, portanto, o Ministério da Economia não
concordou com a criação de uma tarifa especial".
"Tanto quanto
nós sabemos, na DGAE não estamos recetivos à criação de uma tarifa
especial para táxis que operam no aeroporto", reiterou, esclarecendo
que, caso continue o desacordo quanto a esta convenção que está a ser
negociada, "mantém-se a anterior".
Outra situação, segundo o
governante, "é a pretensão da ANA em criar uma taxa aplicável ao acesso
de táxis ao aeroporto, que é uma matéria que é negociada unicamente
entre a ANA e os agentes do setor", a Antral e a FPT.
É esta a
taxa única de que se tem falado nos últimos dias e que propõe uma
preçário único de 20 euros para as viagens de táxi que tenham início na
zona de chegadas do aeroporto da Portela, em Lisboa, e distem menos 14,8
quilómetros, sendo que, a partir de 15 quilómetros, será aplicada a
tarifa normal de 47 cêntimos por cada quilómetro percorrido.
"Põe-se
uma chancela. Para entrar custa 'x'. Isso é uma taxa da ANA. Não tem
nada a ver com uma tarifa. São coisas diferentes", salientou, explicando
que "há uma diferença entre tarifas e taxas", sendo a tarifa, a
remuneração do setor pela prestação do serviço, a única regulada pelo
Estado.
O secretário de Estado esclarece que há ainda uma outra
situação a contribuir para "alguma confusão" e que é um regulamento que
está em discussão, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), e
que "visa estabelecer os requisitos e condições para os acessos às
praças de táxis do aeroporto e do terminal de cruzeiros".
"Esse
regulamento só teve duas reuniões e aparentemente nada está decidido",
afirmou, destacando que na discussão participam diversas entidades como a
CML, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a ANA, a
Associação do Porto de Lisboa, a Associação de Turismo de Lisboa, a PSP,
a Polícia Municipal, a Antral, a FPT e também a DGAE.
* Temos conhecimento da existência de tarifa especial para táxi em alguns aeroportos internacionais, Barajas - Madrid, é um deles.
Somos contra qualquer "imposto" que reverta para a ANA e contra também que o cidadão português que viaja tenha de pagar mais para regressar a casa. Também achamos a tarifa de 20€ elevada.
Por outro lado somos de opinião que todo o taxista apanhado a burlar cliente apanhado nos aeroportos e portos ficaria inibido por cinco anos de frequentar as respectivas praças.
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