11/04/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Sócrates não confiava nos modos
 normais de circulação de fundos"

Sócrates não confiava nos bancos. É o argumento dos advogados de defesa para justificar que recorresse ao motorista e ao advogado para movimentar dinheiro, em envelopes - 23 milhões, diz o MP.

"José Sócrates foi investigado durante dez ou mais anos e como ex--primeiro-ministro estava exposto à curiosidade. Por isso, não gostava e não confiava nos modos normais de circulação de fundos." Foi esta a explicação dada ontem por Pedro Delille, um dos advogados do ex-primeiro-ministro, para o facto de Carlos Santos Silva ter "emprestado", segundo a defesa, tanto dinheiro a Sócrates e as entregas terem sido feitas em envelopes pelo motorista João Perna e pelo advogado Gonçalo Trindade Ferreira (ambos arguidos no caso) e não por transferência bancária ou cheque, já que se tratava de empréstimos normais entre dois amigos.
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Foi durante uma conferência de imprensa, ontem, que a defesa de José Sócrates voltou a insistir na tese dos empréstimos pessoais entre o empresário Carlos Santos Silva e o ex-primeiro-ministro (ambos em prisão preventiva, suspeitos de fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais), dizendo que o dinheiro que circulou do primeiro para o segundo nada tem que ver com os crimes que lhes são imputados, mas sim com empréstimos pessoais, os quais, segundo os advogados, José Sócrates até queria pagar. O Ministério Público suspeita que Santos Silva será o testa-de-ferro de um património de 23 milhões de euros pertencente ao ex-governante.

* Lucky Luke era mais rápido que a própria sombra, Socrates desconfia da própria sombra.


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