30/04/2015





508.
Senso d'hoje

  MARIANA CRESPO
 PSICÓLOGA
 PRESIDENTE DA SOCIEDADE
PORTUGUESA PARA A
EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA
 SOBRE OS TESTES EM ANIMAIS

Ninguém gosta de utilizar animais como cobaias; os modelos animais tradicionais apresentam limitações científicas e éticas, e os cientistas que a eles recorrem fazem-no porque acreditam que é um mal necessário e não por terem prazer em fazê-lo. Na realidade, a recetividade da comunidade científica é imensa e é consensual a importância do desenvolvimento de alternativas ao uso de modelos animais.

Por exemplo, neste momento, dispomos de modelos tridimensionais de órgãos que nos permitem avaliar o impacto de diversas substâncias ao nível global do órgão e não apenas ao nível da célula, o que abre imensas possibilidades. E o mesmo é verdade com a investigação em células estaminais. Quanto ao desenvolvimento de curas para o cancro e outras doenças, é importante recordarmos que, neste momento, sabemos provocar e curar praticamente todos os tipos de cancro em ratos, mas quando tentamos aplicar os mesmos princípios aos humanos, os resultados não são extrapoláveis. Além disso, é de ressalvar que as mais relevantes descobertas científicas nesta área foram feitas com seres humanos e não com modelos animais. 


 * Excertos de entrevista ao "NOTÍCIAS MAGAZINE"


** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro.  


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