21/04/2015

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HOJE NO
 "JORNAL DE NOTÍCIAS"

Falta terra para os agricultores cultivarem

A ideia de que a terra está ao abandono não corresponde à verdade, disse à o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, João Machado, assegurando que é difícil encontrar bons terrenos agrícolas.

Segundo o último inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE) à estrutura das explorações agrícolas, relativo ao ano de 2013, a Superfície Agrícola Não Utilizada (SANU) diminuiu cerca de 20% relativamente a 2009, apresentando o valor mais baixo desde que há registos estatísticos (pouco mais de 100 mil hectares) ". 
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Os dados estatísticos são confirmados pelo dirigente da CAP: "Não há abandono (...). Falta terra", apesar de ainda se manter a ideia de que está tudo abandonado.

"Portugal não tem muitos terrenos de grande qualidade. Quando vamos para culturas muito intensivas, onde temos de ser muito competitivos, precisamos de qualidade e aí é difícil de arranjar terrenos e são caros", diz João Machado.

O clima mediterrânico atlântico não propicia solos adequados a produzir com muita rentabilidade e em grande quantidade.

"Nós não temos solos muito ricos, temos um país muito acidentado, portanto os nossos melhores solos, que estão normalmente nas bacias dos rios não são muitos. Esses já estão quase todos aproveitados", explicou.

O que não significa que não existe capacidade de crescimento.

João Machado defende que é possível crescer mais, mas não em tudo: "Não podemos ser competitivos em tudo. Temos de definir muito bem aquilo que queremos em termos de produtos e tentar fazer vingar os nossos produtos nesses mercados pela sua diferença e pela sua qualidade".

Também fundamental é desenvolver as áreas de comercialização e 'marketing', acrescentou.
A bolsa de terras "é um bom veículo" para ajudar na instalação de novos agricultores, mas falta "um longo caminho" para que seja mais útil, segundo o presidente da CAP.

"Estamos numa fase embrionária ainda. Falta habituação [para as pessoas] porem lá as terras e irem lá à procura das terras", afirmou o mesmo responsável, adiantando que a bolsa deve ser acompanhada com incentivos fiscais.

* Há abandono de terras e há proprietários que não cultivam porque recebem subsídio estatal, basta ir a Coruche. É verdade que temos um país muito acidentado mas é uma falsa questão, os socalcos do Douro estão aí para o demonstrar. 
O que se passa é que os patrões europeus impõem monoculturas e os portugueses tem de contrariar essa ordem, se em vez duma ministra da lavoura, mendiga em Bruxelas, tivéssemos um ministério da agricultura, seria tudo diferente.




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