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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Pilotos pedem bom senso e
. responsabilidade ao Governo e à TAP
. responsabilidade ao Governo e à TAP
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil disse, esta sexta-feira, que os associados vão "manter a serenidade" e pediu "bom senso" e "responsabilidade" ao Governo e à transportadora aérea, a quem reiteram acusações de incumprimento do acordo firmado.
"Os pilotos vão manter a serenidade,
esperando que prevaleçam o bom senso e a responsabilidade do Governo e
da TAP, em nome do interesse nacional que todos têm o dever de
defender", refere um comunicado do Sindicato dos Pilotos de Aviação
Civil (SPAC) aos associados, ao qual a agência Lusa teve acesso.
No comunicado, o SPAC sublinha que
as razões da greve marcada pelos pilotos para os dias entre 1 e 10 de
maio "são claras" e devem-se ao facto de o Governo e a TAP não honrarem
"sistematicamente os compromissos a que se vinculam perante os pilotos" e
o sindicato.
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"O fundamento deste conflito reside na vontade do
Governo e da TAP de obscurecerem a realidade para demoverem os pilotos
da defesa dos seus legítimos direito", salienta.
Segundo o
comunicado, em 1999, um tribunal nomeado pela TAP e pelo sindicato
"conferiu aos pilotos salários cerca de 22% superiores aos que vigoram
atualmente".
"No ano 2000, o SPAC e os pilotos decidiram renunciar
a esses salários, por proposta da TAP, em contrapartida de uma
participação futura no capital social, compreendida entre 10 e 20%,
dependente da evolução da produtividade dos pilotos até ao momento da
privatização", refere o sindicato.
Para o sindicato, a evolução da produtividade foi "positiva em mais de 20%".
"Sucede
que no momento de privatizar a TAP, o Governo declarou que não iria
honrar esse acordo baseado num mero parecer, sem força jurídica. Por
isso, os pilotos estão perante uma grave quebra de compromisso",
explicou o sindicato.
Além disso, continua o sindicato, o Governo e
a TAP também deixaram claro que não pretendem honrar o acordo de
dezembro de 2014, porque a empresa não pretende repor a contagem do
vencimento de senioridade.
"Adicionalmente, a TAP não cumpre com a
sua obrigação de repor as folgas em atraso, transferindo esse encargo
para eventuais investidores privados, que poderão não o assumir",
conclui o sindicato.
Os pilotos dizem estar "conscientes que as
inúmeras concessões que têm feito à TAP, ao longo dos últimos 15 anos,
não têm sido adequadamente aproveitadas pela empresa e têm sido
'delapidadas' em sucessivos e clamorosos erros de gestão, como afirmou
recentemente o Ministro da Economia, e que já consumiram mais de 800
milhões de euros aos contribuintes.
"Além disto, o Governo e a TAP
vêm agora declarar que também não pretendem honrar o acordo que
ratificaram com o SPAC em Dezembro de 2014. Com efeito, a TAP não
pretende repor a contagem do vencimento de senioridade, nos termos
previstos no Acordo de Empresa que ambos se comprometeram a salvaguardar
por um período alargado. Isto significa que cada piloto irá sofrer uma
perda salarial média de 217.000 euros, ao longo da sua vida", adianta a
nota.
Hoje, no parlamento, o primeiro-ministro insistiu que a
greve de 10 dias "põe em risco a empresa no curto prazo" e que a
alternativa à privatização é o despedimento coletivo, a redução de
atividade, a venda de aviões e o cancelamento de rotas.
* Já se sabia do conluio entre governo e administração da TAP para ludribiar a classe dos pilotos, estranhamos porém que os pilotos queiram a privatização da companhia, a história que nos andam a vender da necessidade absoluta de privatizar a empresa está muito mal contada.
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