20/03/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Passos cumprimentou pela primeira vez
. Tsipras mas não lhe deu conselhos

Primeiro-ministro quer que plano Junker seja centrado no "investimento privado" e revelou que Portugal não vai ser acionista do fundo, mas vai "criar [internamente] linhas de financiamento para apoiar projetos" neste âmbito

Pedro Passos Coelho cumprimentou hoje pela primeira vez o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, tendo transmitido "pessoalmente as felicitações pela designação para primeiro ministro". O primeiro-ministro português lembrou que ainda não tinha tido "muitas oportunidades" para estar com o seu homólogo grego e garantiu que o assunto Grécia não foi discutido no Conselho Europeu que terminou esta manhã em Bruxelas.
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O CONSELHEIRO
Ainda assim, Passos revelou que não foi um dos chefes de governo convidados por Tsipras para encontros à margem do Conselho Europeu, mas que não fica "ofendido", pois isso é uma opção legítima do líder grego. O primeiro-ministro português espera que "a Grécia feche o seu programa de assistência e possa continuar em frente", mas recusa dar sugestões a Tsipras: "Nós damos conselhos a quem nos pede".

Quanto ao investimento, em particular ao Plano Juncker, Passos Coelho explicou que Portugal vai adotar uma política similar a Itália, Espanha e França relativamente ao fundo (de 21 mil milhões) que pretende alavancar um investimento superior a 300 mil milhões de euros. Ou seja: "não vai ser acionista, não apoia diretamente o fundo (...) [mas] vai criar linhas de crédito para apoiar projetos aprovados no âmbito do Plano Junker".

Mas o plano Juncker não se pode transformar num plano Keynes. Para Passos Coelho, "é importante que não se altere a perspetiva quanto à forma como será realizado este plano, que deve ser realizado com investimento privado".

Sobre um eventual regresso a modelos de PPP (Parcerias Público Privadas) que contribuíram para o endividamento do país, Passos Coelho garantiu que "não haverá as célebres PPP do passado, em que o risco ficará do lado dos contribuintes e não do privado. A haver risco será de natureza privada.

* O sr. Primeiro-ministro sabe dar conselhos?  Que novidade!


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