08/03/2015

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455.
Senso d'hoje

   CRISTINA CASALINHO
 LIDER DA EQUIPA DE GESTÃO
DO TESOURO E DA DÍVIDA PÚBLICA
 SOBRE O NOSSO TESOURO


"Taxas de juro da dívida ainda vão descer mais"

Hoje não necessitamos de uma almofada de liquidez com a dimensão daquela que foi necessária no passado. Durante o programa, e no primeiro ano de saída, o Estado português trabalhou com níveis de reservas de liquidez de dois terços [da necessidade de financiamento do ano seguinte]. Hoje o nosso objetivo é entre 50% a dois terços. Portanto faz sentido reduzir progressivamente essa almofada. A ideia é, em cada ano, fazer o pré-financiamento do ano seguinte, ou seja, assegurar que as necessidades de financiamento do ano seguinte já são cobertas pelas emissões que são realizadas no ano precedente.

Manter uma reserva custa dinheiro ao Estado mas tem benefícios notáveis. Excluindo honrosas exceções, como a Alemanha, constatamos que há uma tendência, mesmo entre os grandes emitentes, como a França, para ter almofadas de liquidez maiores do que as que tinham no passado. É claro que estas necessidades tornam-se mais notórias em emitentes mais pequenos. Essa preocupação coloca-se mais em Portugal, na Irlanda, na Bélgica e na Finlândia, e também são estes estados que têm vindo a usar com mais frequência este tipo de instrumento.

 * Excertos de entrevista ao "DINHEIRO VIVO"

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** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro.

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