HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Mo Farah voador
MEIA-MARATONA DE LISBOA
DEU DOIS RECORDES EUROPEUS
Cinco anos depois de o eritreu Zerzenay Tadesse ter
batido o recorde mundial (com 58.23), a Meia-Maratona de Lisboa
"comemorou" os seus 25 anos com dois recordes europeus, da autoria do
britânico Mo Farah, que ganhou com 59m 32s, depois de também estabelecer
novo máximo nos 20 km, com 56.27. O atleta, de origem somali mas
residente em Inglaterra desde os 7 anos, batera (há meses) o recorde
europeu de 1.500 m e ainda há semanas conseguiu o recorde mundial das
duas milhas em pista coberta.
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Agora correu a
meia-maratona e obteve o recorde europeu, que pertencia desde 2001 ao
espanhol Fabian Roncero, com 59m 52s em Berlim. Tirou 28 segundos ao seu
recorde pessoal depois de uma corrida cautelosa, em que chegou a estar
na 4.ª posição, afastado do trio da frente. Cedeu aos 8 km, mas por
volta dos 18 já se havia colado a Micah Kogo, que entretanto se isolara.
Na reta final, Mo Farah fez valer a sua velocidade, ganhando com
aparente facilidade num tempo que o coloca como terceiro do Mundo este
ano. O mais surpreendente é o atleta britânico brilhar em distâncias tão
díspares como os 1.500 m e a meia-maratona...
Os
portugueses ficaram longe do top 10. Ricardo Ribas, a preparar a
Maratona de Hamburgo, foi o melhor, no 14.º lugar, com 1:04.23 horas.
Elas
Na
prova feminina, a queniana Rose Chelimo isolou-se aos 8 km e não mais
foi alcançada, chegando com 68m 22s, menos 18 segundos que o seu recorde
pessoal.
Sara Moreira fez uma excelente
prova, melhorando os seus anteriores 70m 08s de 2010, na favorável
meia-maratona de Newcastle (desce acima do permitido), para 69m 18s,
marca que a coloca como terceira portuguesa de sempre, a seguir à
recordista Dulce Félix (68m 33s nesta mesma prova em 2011) e a Jéssica
Augusto (69.13) e um segundo à frente de Fernanda Ribeiro, considerando
apenas percursos válidos para efeitos de recordes. Excelentes
perspetivas para a Maratona de Londres que Sara está a preparar. É,
juntamente com o 2.º lugar de Dulce Félix no ano do recorde (2011), a
melhor posição de atletas nacionais na Meia-Maratona de Lisboa desde o
ano 2000.
Sara terminou forte, recuperando o
atraso que chegou a ter de Priscah Jeptoo, deixando-a depois a três
segundos. Menos bem esteve Dulce Félix, que fora a melhor portuguesa nos
últimos quatro anos e agora foi quinta, com 1:10.27. Até que ponto a
preparação para o Nacional de corta-mato, que ganhou há uma semana, e
para a Maratona de Londres, a terá afetado?
Presenças
Nova
subida assinalável no número de concorrentes classificados na
meia-maratona, desta vez 10.555, mais 820 que os 9.735 de há um ano, que
era já recorde. Há três anos, em 2012, esse número não chegava ainda
aos 7.000!
Falecimento
A
organização deu conta que faleceu um atleta alemão no Hospital São
Francisco Xavier, após ter recebido assistência médica durante a prova. A
morte do atleta de 43 anos deveu-se a "causas cardíacas", segundo uma
fonte do Maratona, que lamentou o sucedido.
* Uma grande festa do atletismo e um atleta fabuloso como vencedor.
Meia-Maratona de Lisboa:
Fábian Roncero diz que Mo Farah
não bateu o recorde europeu
O espanhol Fabián Roncero, cujo máximo europeu da
meia-maratona foi batido no domingo por Mo Farah, considerou que o
britânico "bateu em Lisboa o recorde da Somália", país de nascimento do
campeão olímpico dos 5.000 e 10.000 metros.
"Para
mim, um atleta que nasce no Quénia é queniano toda a vida e um que
nasce na Somália é somali para sempre", disse Roncero, que tinha
estabelecido a melhor marca europeia a 1 de abril de 2001, com o tempo
de 59.52 minutos, à agência noticiosa espanhola EFE.
No
domingo, Farah, campeão olímpico e mundial dos 5.000 e 10.000 metros,
venceu a 25.ª edição da meia maratona de Lisboa, batendo em 20 segundos a
marca de Roncero, ao percorrer os 21,0975 quilómetros da prova em 59.32
minutos.
"Todos os atletas me dizem o mesmo.
Não se sentem representados por estes atletas que vêm de África. Se a
minha marca é recorde continental ou não, que o digam as leis sobre as
nacionalizações", observou Roncero.
O
espanhol, de 44 anos, disse que continua a sentir-se o atleta "mais
rápido na meia maratona nascido na Europa", o que corresponde
inteiramente à verdade, pois Farah, apesar de se ter mudado para
Inglaterra aos oito anos, nasceu em Mogadíscio, capital da Somália.
* Roncero é mesquinho e esquece que o desporto espanhol está cheio de estrangeiros naturalizados. Um facto é indesmentível, Mo Farah é melhor que Roncero. Se os espanhóis fossem todos enviesados como Roncero, Alfredo Di Stéfano nunca teria sido uma glória espanhola, um homem respeitável por todos os que gostam de desporto.
E Nelson Évora que nasceu na Costa do Marfim não é português, não é campeão europeu em 2015?
Parece que há pessoas na Lusa que sabem pouco de leis da nacionalidade.
Há poucos Mo Farah e muitos a cheirar a "ronço".
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