23/03/2015

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HOJE NO 
"RECORD"

Mo Farah voador
MEIA-MARATONA DE LISBOA
 DEU DOIS RECORDES EUROPEUS

Cinco anos depois de o eritreu Zerzenay Tadesse ter batido o recorde mundial (com 58.23), a Meia-Maratona de Lisboa "comemorou" os seus 25 anos com dois recordes europeus, da autoria do britânico Mo Farah, que ganhou com 59m 32s, depois de também estabelecer novo máximo nos 20 km, com 56.27. O atleta, de origem somali mas residente em Inglaterra desde os 7 anos, batera (há meses) o recorde europeu de 1.500 m e ainda há semanas conseguiu o recorde mundial das duas milhas em pista coberta.
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Agora correu a meia-maratona e obteve o recorde europeu, que pertencia desde 2001 ao espanhol Fabian Roncero, com 59m 52s em Berlim. Tirou 28 segundos ao seu recorde pessoal depois de uma corrida cautelosa, em que chegou a estar na 4.ª posição, afastado do trio da frente. Cedeu aos 8 km, mas por volta dos 18 já se havia colado a Micah Kogo, que entretanto se isolara. Na reta final, Mo Farah fez valer a sua velocidade, ganhando com aparente facilidade num tempo que o coloca como terceiro do Mundo este ano. O mais surpreendente é o atleta britânico brilhar em distâncias tão díspares como os 1.500 m e a meia-maratona...

Os portugueses ficaram longe do top 10. Ricardo Ribas, a preparar a Maratona de Hamburgo, foi o melhor, no 14.º lugar, com 1:04.23 horas.

Elas
Na prova feminina, a queniana Rose Chelimo isolou-se aos 8 km e não mais foi alcançada, chegando com 68m 22s, menos 18 segundos que o seu recorde pessoal.

Sara Moreira fez uma excelente prova, melhorando os seus anteriores 70m 08s de 2010, na favorável meia-maratona de Newcastle (desce acima do permitido), para 69m 18s, marca que a coloca como terceira portuguesa de sempre, a seguir à recordista Dulce Félix (68m 33s nesta mesma prova em 2011) e a Jéssica Augusto (69.13) e um segundo à frente de Fernanda Ribeiro, considerando apenas percursos válidos para efeitos de recordes. Excelentes perspetivas para a Maratona de Londres que Sara está a preparar. É, juntamente com o 2.º lugar de Dulce Félix no ano do recorde (2011), a melhor posição de atletas nacionais na Meia-Maratona de Lisboa desde o ano 2000.

Sara terminou forte, recuperando o atraso que chegou a ter de Priscah Jeptoo, deixando-a depois a três segundos. Menos bem esteve Dulce Félix, que fora a melhor portuguesa nos últimos quatro anos e agora foi quinta, com 1:10.27. Até que ponto a preparação para o Nacional de corta-mato, que ganhou há uma semana, e para a Maratona de Londres, a terá afetado?

Presenças
Nova subida assinalável no número de concorrentes classificados na meia-maratona, desta vez 10.555, mais 820 que os 9.735 de há um ano, que era já recorde. Há três anos, em 2012, esse número não chegava ainda aos 7.000!

Falecimento
A organização deu conta que faleceu um atleta alemão no Hospital São Francisco Xavier, após ter recebido assistência médica durante a prova. A morte do atleta de 43 anos deveu-se a "causas cardíacas", segundo uma fonte do Maratona, que lamentou o sucedido.

* Uma grande festa do atletismo e um atleta fabuloso como vencedor.


Meia-Maratona de Lisboa: 
Fábian Roncero diz que Mo Farah 
não bateu o recorde europeu

O espanhol Fabián Roncero, cujo máximo europeu da meia-maratona foi batido no domingo por Mo Farah, considerou que o britânico "bateu em Lisboa o recorde da Somália", país de nascimento do campeão olímpico dos 5.000 e 10.000 metros.

"Para mim, um atleta que nasce no Quénia é queniano toda a vida e um que nasce na Somália é somali para sempre", disse Roncero, que tinha estabelecido a melhor marca europeia a 1 de abril de 2001, com o tempo de 59.52 minutos, à agência noticiosa espanhola EFE.

No domingo, Farah, campeão olímpico e mundial dos 5.000 e 10.000 metros, venceu a 25.ª edição da meia maratona de Lisboa, batendo em 20 segundos a marca de Roncero, ao percorrer os 21,0975 quilómetros da prova em 59.32 minutos.

"Todos os atletas me dizem o mesmo. Não se sentem representados por estes atletas que vêm de África. Se a minha marca é recorde continental ou não, que o digam as leis sobre as nacionalizações", observou Roncero.

O espanhol, de 44 anos, disse que continua a sentir-se o atleta "mais rápido na meia maratona nascido na Europa", o que corresponde inteiramente à verdade, pois Farah, apesar de se ter mudado para Inglaterra aos oito anos, nasceu em Mogadíscio, capital da Somália.

*  Roncero é mesquinho e esquece que o desporto espanhol está cheio de estrangeiros naturalizados. Um facto é indesmentível, Mo Farah é melhor que Roncero. Se os espanhóis fossem todos enviesados como Roncero, Alfredo Di Stéfano nunca teria sido uma glória espanhola, um homem respeitável por todos os que gostam de desporto.
E Nelson Évora que nasceu na Costa do  Marfim não é português, não é campeão europeu em 2015? 
Parece que há pessoas na Lusa que sabem pouco de leis da nacionalidade.
Há poucos Mo Farah e muitos a cheirar a "ronço".

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