11/03/2015

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458.
Senso d'hoje
      
ROSÁRIO GAMBOA
PRESIDENTE DO INSTITUTO
POLITÉCNICO DO PORTO
SOBRE O ACESSO ÀS MATRÍCULAS
E TeSP's

É necessário que os alunos cumpram o mínimo de requisitos de qualidade. O ensino superior tem de ter qualidade, se não tiver mais vale que não exista. Os alunos não podem entrar com negativas nas disciplinas que depois são estruturantes na sua formação. A proposta cria falsas expectativas aos alunos em como depois terão sucesso e provoca problemas no desempenho das próprias instituições, porque vão ter alunos muito fracos que não conseguem concluir os cursos. 
 
O financiamento é uma forma de regular a rede das instituições. Deve haver um olhar cuidado para perceber o que se pode fazer na rede, avaliando a capacidade das instituições, sejam universidades ou politécnicos, e como se podem organizar. Mas isso não foi feito. Decidiu-se o financiamento com uma risca ao meio. 

O que está a acontecer é que imensas universidades particulares estão a criar escolas politécnicas para poderem dar os cursos. Estão a fazer fábricas de TeSP para poderem concorrer a financiamento comunitário. A única coisa que se irá conseguir cumprir com estes cursos é poder dizer que houve mais 25 mil alunos no superior. Em termos de impacto para o país duvido que seja proporcional ao investimento. 


* Excertos de elucidativa entrevista ao "DIÁRIO ECONÓMICO" 

** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro. 


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