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"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Moscovo ameaça Copenhaga com ataque
. nuclear se aderir a escudo anti-míssil
As tensões entre o Kremlim e o Ocidente
voltaram ontem a aumentar, quando a Rússia avisou a Dinamarca de que
será alvo das suas armas nucleares, caso tome parte no escudo ant-missil
da NATO.
“Se isso acontecer, então os navios de guerra
dinamarqueses serão alvos para as armas nucleares russas.
A Dinamarca
tornar-se-á numa ameaça para a Rússia”, avisou Mikhail Vanin,
embaixador russo para este país nórdico, num artigo publicado no jornal
Jyllands-Posten. Esta é a ameaça mais séria jamais efectuada pela Rússia
contra um país membro da NATO, que levou o ministro dos Negócios
Estrangeiros dinamarquês, Martin Liedgaard, a considerar que as
palavras do diplomata russo são “inaceitáveis”.
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“A Rússia sabe muito bem que o escudo anti-míssil da NATO não é
contra si”, disse o governante, que em Agosto havia anunciado que a
Dinamarca iria colocar radares em uma ou mais fragatas, de modo a que
estas pudessem integrar o escudo anti-mísseis que tem como objectivo
proteger a Europa contra ataques nucleres. Embora a ameaça de mísseis
iranianos tenha sido mencionada quando o escudo foi inicialmente
proposto pela Aliança Atlântica, há mais de uma década, Moscovo acredita
que o seu verdadeiro propósito é o de proteger os europeus contra as
suas armas nucleares, em particular quando é colocado em países tão
distantes do Irão e próximos da Rússia como a Dinamarca.
No mesmo dia, o comandante militar da NATO, o general norte-americano
Philip Breedlove, afirmou que os EUA deveriam considerar enviar armas à
Ucrânia, para ajudar este país a combater os separatistas pró-russos,
que a Aliança diz serem apoiados por tropas russas. “Poderia ser uma
decisão desestabilizadora? Sim. Mas a ausência de acção também o pode
ser”, disse Breedlove, adiantando que a NATO tem informação de que os
rebeldes estão a reunir tropas para uma nova ofensiva, existindo o
receio de que o cessar-fogo acordado em Minsk a 20 de Fevereiro possa
colapsar em breve.
* Há mais ou menos dois meses referíamos que Putin era o dirigente mais esquizóide depois de Estaline, enganámo-nos, é pior.
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