23/03/2015

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HOJE NO 
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Moscovo ameaça Copenhaga com ataque
. nuclear se aderir a escudo anti-míssil

As tensões entre o Kremlim e o Ocidente voltaram ontem a aumentar, quando a Rússia avisou a Dinamarca de que será alvo das suas armas nucleares, caso tome parte no escudo ant-missil da NATO. 

“Se isso acontecer, então os navios de guerra dinamarqueses serão alvos para as armas nucleares russas.

 A Dinamarca tornar-se-á numa ameaça para a Rússia”, avisou Mikhail Vanin, embaixador russo para este país nórdico, num artigo publicado no jornal Jyllands-Posten. Esta é a ameaça mais séria jamais efectuada pela Rússia contra um país membro da NATO, que levou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Martin Liedgaard, a considerar que as palavras do diplomata russo são “inaceitáveis”.
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“A Rússia sabe muito bem que o escudo anti-míssil da NATO não é contra si”, disse o governante, que em Agosto havia anunciado que a Dinamarca iria colocar radares em uma ou mais fragatas, de modo a que estas pudessem integrar o escudo anti-mísseis que tem como objectivo proteger a Europa contra ataques nucleres. Embora a ameaça de mísseis iranianos tenha sido mencionada quando o escudo foi inicialmente proposto pela Aliança Atlântica, há mais de uma década, Moscovo acredita que o seu verdadeiro propósito é o de proteger os europeus contra as suas armas nucleares, em particular quando é colocado em países tão distantes do Irão e próximos da Rússia como a Dinamarca.

No mesmo dia, o comandante militar da NATO, o general norte-americano Philip Breedlove, afirmou que os EUA deveriam considerar enviar armas à Ucrânia, para ajudar este país a combater os separatistas pró-russos, que a Aliança diz serem apoiados por tropas russas. “Poderia ser uma decisão desestabilizadora? Sim. Mas a ausência de acção também o pode ser”, disse Breedlove, adiantando que a NATO tem informação de que os rebeldes estão a reunir tropas para uma nova ofensiva, existindo o receio de que o cessar-fogo acordado em Minsk a 20 de Fevereiro possa colapsar em breve. 

* Há mais ou menos dois meses referíamos que Putin era o dirigente mais esquizóide depois de Estaline, enganámo-nos, é pior.


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