04/03/2015

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"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Irlanda quer fazer regressar ao país emigrantes que saíram durante a crise

O Governo irlandês pretende que os emigrantes que saíram da Irlanda durante os anos de vigência da crise regressem ao país, designadamente os jovens mais qualificados. “Nós queremos que as pessoas possam regressar a casa. Precisamos dessas pessoas aqui e iremos recebê-las bem”, disse o primeiro-ministro Enda Kenny.
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O Governo irlandês quer que os emigrantes irlandeses que saíram da Irlanda durante a crise financeira regressem ao país, tendo mesmo apresentado uma proposta que visa enquadrar e estimular o regresso dos cidadãos em causa.
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O primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, disse, esta terça-feira, 3 de Março, que em 2015 deverá haver mais pessoas a voltar do que cidadãos a abandonar o país. A confirmar-se a previsão de Enda Kenny, 2015 será o primeiro ano, desde o início da crise financeira em 2007, em que tal aconteceria.

Segundo citação do Financial Times, o governante irlandês afirmou que "nós queremos que as pessoas possam regressar a casa. Precisamos dessas pessoas aqui e iremos recebê-las bem".

Este jornal britânico escreve que a iniciativa ontem a anunciada, com o nome de "Irlandês Global: Política de Diáspora da Irlanda", vai promover um conjunto de serviços que facilitem o acesso a informação explicativa sobre os mecanismos relativos ao regresso dos emigrantes irlandeses.

Ainda por decidir, carecendo de discussão, está a possibilidade de o Executivo liderado por Kenny garantir benefícios fiscais para os irlandeses que pretendam voltar ao país. Dublin tem entre os principais objectivos, o de fazer regressar os jovens mais qualificados que durante a crise se viram impossibilitados de aceder ao mercado de trabalho, optando então por emigrar.

De acordo com a informação prestada pelo Conselho Nacional da Irlanda para a Juventude ao Financial Times, nos últimos cinco anos cerca de 165 mil irlandeses com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos emigraram, fazendo cair a percentagem da população neste intervalo de idades de 23,1% em 2009 para 18% no final de 2014.

* Presumimos que Enda Kenny, primeiro-ministro irlandês, não falhou os pagamentos à Segurança Social do seu país nem foi alvo de cinco processos de contra-ordenação fiscal.


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