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Eleições no ACP impugnadas pela
Lista A e apresentada queixa-crime
Nas eleições (marcadas para 30 de Abril) para os órgãos sociais do ACP concorrem duas listas, a A e a B, de Carlos Barbosa, que lidera o ACP há mais de uma década
Uma
das listas candidata à direção do Automóvel Club de Portugal (ACP)
impugnou hoje o processo eleitoral e apresentou uma queixa-crime na
justiça, devido a irregularidades que a atual direção reconheceu
existirem, mas que terão sido sanadas.
.
O pedido de impugnação junto do ACP e a queixa-crime entregue no
Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa foram
feitos pela lista A, liderada por António Raposo Magalhães, que invoca
irregularidades nos boletins de voto.
A lista A explica, em comunicado, que a revista mensal da associação
incluia no último número, como em eleições anteriores, um invólucro com
os respetivos boletins de voto associados a cada lista concorrente. E
acrescenta que foram detetados “em muitos casos” apenas boletins de voto
afetos a uma só lista.
A lista A lamenta a “falta de rigor e profissionalismo” que deu
origem à situação e fala de factos “muitíssimos graves” que determinam
“de forma irreversível e imediata a anulação ou declaração de nulidade
de todos os atos praticados até ao momento no procedimento eleitoral”.
Nas eleições (marcadas para 30 de Abril) para os órgãos sociais do
ACP concorrem duas listas, a A e a B, de Carlos Barbosa, que lidera o
ACP há mais de uma década.
Carlos Barbosa explicou à Lusa que o processo de inserir os envelopes
na revista é feito por uma empresa externa e que os casos que tinham
sido identificados tinham sido resolvidos. Terão sido, disse, um
envelope com dois boletins da lista A, um com dois da lista B e um sem
envelope.
“Falámos com os sócios e enviámos novos por correio expresso”, disse, acrescentando que “em todas as eleições há casos destes”.
Na página da internet do ACP um comunicado explica que a inserção dos
vários elementos que compõem o pacote eleitoral é mecânica, porque só
assim é possível enviar 192.033 pacotes, e que chegou ao conhecimento da
Comissão Eleitoral quatro casos de receção de boletins de voto em
duplicado, quer da lista A quer da lista B.
A lista A justifica a queixa no DIAP por considerar, diz também o
comunicado, que os factos “têm a potencialidade de possuírem origem ou
natureza criminosa, nomeadamente de fraude eleitoral”.
Também à Lusa o candidato da lista A disse que teve conhecimento das
irregularidades no sábado e que 24 horas depois o ACP ainda não lhe
tinha dado conhecimento, frisando que o problema “não se resolve à porta
fechada e ocultando as notícias”.
António Raposo Magalhães, diz-se ainda na nota, quer ter acesso a
todos os atos relacionados com o processo eleitoral, sejam ou não
praticados nas instalações do ACP e por funcionários da associação ou de
outras entidades.
* Poupem o ACP de poucas vergonhas. Os sócios não querem o contágio do "GES".
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