04/03/2015

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451.
Senso d'hoje

 MARGARIDA VIEITEZ
 ESPECIALISTA EM MEDIAÇÃO
FAMILIAR E CONFLITOS
 SOBRE PESSOAS TÓXICAS

Defino um tóxico como uma pessoa que não nos quer bem e nos pode fazer mal, se permitirmos. Existem muitas caraterísticas diferentes, não as conseguimos inventariar todas, mas as que aparecem com mais frequência são as pessimistas. São aquelas pessoas que veem o copo sempre meio vazio, que nos estão sempre a dizer «tem cuidado» e «vê lá no que te vais meter». Têm uma visão da vida muito cinzenta.


Ao longo dos anos, mesmo em consulta, apareceram-me muitos casos de pessoas que chegavam a casa e ficavam maldispostas ou faziam horas extraordinárias no emprego porque não lhes apetecia ir para casa ou, pelo contrário, acordavam de manhã sem vontade de ir para o trabalho. O problema nem sempre é a falta de vontade da pessoa, é quem lá está à nossa espera. As pessoas com quem estamos têm uma influência muito grande sobre o nosso estado emocional e o nosso equilíbrio. Assim como há alimentos que podem intoxicar-nos, também há pessoas que podem intoxicar-nos.

O manipulador começa por ser muito sedutor. São pessoas simpáticas, cordiais, interessadas, que satisfazem os nossos desejos, que estão sempre disponíveis para nós e para os nossos problemas. Passam-nos a ideia de que ao lado delas não vamos ter problema nenhum. A nível das relações amorosas, surpreendem imenso, dão muita atenção, são meigas, fazem tudo para seduzir e conquistar. Só depois de a pessoa estar conquistada e confiar é que começam a manipular.

* Três excertos de uma interessante entrevista ao "NOTÍCIAS MAGAZINE". A entrevistada é autora de vários livros, tendo lançado esta semana  o título "SOS MANIPULADORES"


** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro.

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