16/02/2015

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HOJE NO
  "CORREIO DA MANHÃ"

Dados privados à venda online

Por 350 euros, clientes têm acesso a nome, morada e registo telefónico de outras pessoas.

Alguém que diz ser detetive privado com "muita experiência no mercado" vende serviços que permitem resolver inúmeros problemas, mesmo que se trate do acesso a dados privados. 

Publicita em portais de anúncios gratuitos na internet e diz que, por 350 euros, vende aos clientes dados de operadoras de telecomunicações. 
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O CM quis saber como funciona o esquema e criou uma situação hipotética para este detetive solucionar: é preciso identificar o autor de chamadas anónimas recebidas num determinado telemóvel. A resposta do detetive foi a seguinte: "Identificar o autor custa 150€; disponibilizar dados e registos telefónico do anónimo são 350 €." É este o valor que também cobra para facultar "registos de comunicações telefónicas".

 As promessas são publicitadas, mesmo quando em causa estão práticas criminosas. Contactado pelo CM, o penalista Rui Pereira disse que, genericamente, estamos perante três crimes distintos: "Além da devassa da vida privada, punível até um ano de cadeia ou multa de 240 dias, poderá estar em causa um crime de devassa da vida privada por meio informático e registo de telefonemas (prisão até dois anos e multa de 190 dias), e ainda crime de violação de conteúdo de telecomunicações ou correspondência." 

O CM pediu explicações à administração do portal onde o detetive faz publicidade, mas não obteve qualquer resposta. Mário Costa, detetive privado, afirmou ao CM que "estes detetives são inimigos públicos": "São ações que devem ser investigadas e às quais as polícias não devem ficar indiferentes."

* Quem são os donos do portal, não têm de ser investigados por publicitarem actividade criminosa? Quantos destes detectives FdP estarão a agir pela "surra" no país?

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