04/02/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Quase 70% dos desempregados 
não recebiam subsídio em 2014

Dos 726 mil cidadãos sem trabalho apurados pelo INE no ano passado, só 31,4% recebia subsídio de desemprego. Dos 726 mil cidadãos sem trabalho apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no ano passado, só 31,4% recebia subsídio de desemprego.

Quer isto dizer que 68,6% não tinha acesso a esta prestação, de acordo com cálculos efectuados a partir de dados facultados pelo INE a pedido do Económico. A percentagem de desempregados sem apoio aumentou em 2014 face a 2013, invertendo a tendência de redução que se verificava nos últimos anos.
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MAIS 400 MIL
São vários os motivos que podem justificar a ausência do subsídio de desemprego. Desde logo, nem todos os desempregados reúnem os requisitos necessários para ter acesso a esta prestação. Por exemplo, para ter direito ao apoio é necessário estar inscrito no centro de emprego e contar com, pelo menos, 12 meses de descontos para a Segurança Social. 

Para quem não descontou tanto tempo pode restar apenas o acesso a outro apoio social (o subsídio social de desemprego), caso a pessoa faça parte de um agregado de baixos rendimentos. Outro caso de exclusão ainda em 2014 são os empresários, que só este ano ganharam direito a um apoio similar.

Entre os 726 mil desempregados registados pelo INE, apenas 510 mil estavam inscritos no centro de emprego e procuravam novo trabalho. E 44,7% destes recebiam subsídio, enquanto 55,3% estavam afastados da prestação, um valor que também aumentou.

A taxa de desemprego baixou para 13,9% da população activa no ano passado, o valor mais baixo desde 2011, ano do resgate financeiro do país. O programa da troika previa na sua primeira versão que em 2014 a taxa de desemprego fosse de 12,5%. O Governo estimava uma taxa de desemprego de 14,2% para 2014, mas os economistas já esperavam que os números ficassem abaixo da meta do Executivo.

* Não compreendemos que se continue a insistir em noticiar que a taxa de desemprego está nos 13,9%, na semana passada o "insuspeito" FMI referiu que a taxa de desemprego real no nosso país é superior a 20%. 
Muito patronato está valer-se da crise para troçar da dignidade e carência dos desempregados,  o governo dá uma ajuda retirando a quase 70% das pessoas o direito a uma pequena compensação.



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