17/02/2015

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HOJE NO 
"DINHEIRO VIVO"

La Caixa:
 Foi equipa de Ulrich "que conseguiu 
proteger BPI da instabilidade"

Os espanhóis do CaixaBank (grupo La Caixa) preveem manter o apoio à gestão de Fernando Ulrich no BPI, após o desfecho da OPA hoje anunciada e caso ela seja bem sucedida.

Segundo um comunicado emitido pelo grupo catalão, foi esta equipa "que conseguiu proteger o BPI da instabilidade que afetou o sistema financeiro nos últimos anos".

Os espanhóis do CaixaBank lançaram uma OPA sobre o BPI, propondo 1,329 euros por ação. Leia os detalhes da operação aqui.
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A mesma nota, divulgada no site da instituição espanhola, adianta que "o CaixaBank confia que a atual equipa de gestão saberá aproveitar a recuperação económica de Portugal".

Neste sentido, acrescenta a instituição, serão analisadas potenciais áreas de colaboração entre os dois bancos com o objetivo de desenvolver sinergias, reduzir custos e potenciar fontes de receitas, isto mantendo-se a atual parceria que o BPI tem com a Allianz para o negócio da bancassurance. A Allianz tem 8,4% do capital do banco português e mantém esta parceria nos seguros com o BPI há vários anos.

"Prevê-se que estas novas iniciativas permitirão ao BPI obter sinergias que beneficiarão todos os acionistas do BPI, além de reduzir o rácio de eficiência recorrente do BPI em Portugal, dos 85%, no final de 2014, para cerca de 50% em 2017", adianta o mesmo comunicado do CaixaBank.

O banco espanhol espera também que esta OPA tenha um impacto positivo no lucro recorrente por ação do CaixaBank, desde o momento inicial da oferta. "O seu impacto na base de capital do CaixaBank esperamos que seja, em termos preliminares, entre 80 e 140 pontos base, assumindo-se uma percentagem de aceitação da oferta entre 5,9% e 55,9%, respetivamente", acrescenta ainda o referido comunicado.

O objetivo do CaixaBank é, porém, o de manter um rácio de capital fully loaded CET1 superior a 11% após esta operação por forma a manter-se, sublinha a instituição, entre os bancos europeus com maior solvência.

No comunicado de hoje, o CaixaBank garante que o seu plano passa por manter o BPI cotado na Bolsa de Lisboa.

O Deutsche Bank e a sociedade de advogados Uría Menéndez são, respetivamente, os assessores financeiros e legais de CaixaBank nesta OPA.

La Caixa destaca 20 anos de ligação ao BPI
O investimento do grupo espanhol La Caixa no BPI arrancou em 1995, com uma visão de longo prazo, no sentido de apoiar o BPI a ser um banco de referência, destaca ainda a instituição no comunicado emitido hoje. O CaixaBank frisa, no entanto, que é sua intenção colocar um ponto final da assimetria que existe atualmente entre a sua participação financeira no BPI, ligeiramente acima dos 44%, e a sua presença no conselho de administração do banco português.

Em 2012, o La Caixa ultrapassou o limite do um terço do capital do BPI, obtendo, na altura, dispensa de lançamento de OPA obrigatória devido à blindagem de estatutos existente no banco liderado por Ulrich, que limita o exercício do direito de voto a 20%. Os espanhóis ficaram sujeitos a algumas limitações, nomeadamente a de não nomear mais administradores além dos quatro que já tinha nesse momento.

* Ai OPA, OPA!

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