HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
La Caixa:
Foi equipa de Ulrich "que conseguiu
proteger BPI da instabilidade"
Os espanhóis do CaixaBank (grupo La Caixa) preveem manter o apoio à
gestão de Fernando Ulrich no BPI, após o desfecho da OPA hoje anunciada
e caso ela seja bem sucedida.
Segundo um comunicado emitido
pelo grupo catalão, foi esta equipa "que conseguiu proteger o BPI da
instabilidade que afetou o sistema financeiro nos últimos anos".
Os espanhóis do CaixaBank lançaram uma OPA sobre o BPI, propondo 1,329 euros por ação. Leia os detalhes da operação aqui.
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A
mesma nota, divulgada no site da instituição espanhola, adianta que "o
CaixaBank confia que a atual equipa de gestão saberá aproveitar a
recuperação económica de Portugal".
Neste sentido, acrescenta a
instituição, serão analisadas potenciais áreas de colaboração entre os
dois bancos com o objetivo de desenvolver sinergias, reduzir custos e
potenciar fontes de receitas, isto mantendo-se a atual parceria que o
BPI tem com a Allianz para o negócio da bancassurance. A Allianz tem
8,4% do capital do banco português e mantém esta parceria nos seguros
com o BPI há vários anos.
"Prevê-se que estas novas iniciativas
permitirão ao BPI obter sinergias que beneficiarão todos os acionistas
do BPI, além de reduzir o rácio de eficiência recorrente do BPI em
Portugal, dos 85%, no final de 2014, para cerca de 50% em 2017", adianta
o mesmo comunicado do CaixaBank.
O banco espanhol espera também
que esta OPA tenha um impacto positivo no lucro recorrente por ação do
CaixaBank, desde o momento inicial da oferta. "O seu impacto na base de
capital do CaixaBank esperamos que seja, em termos preliminares, entre
80 e 140 pontos base, assumindo-se uma percentagem de aceitação da
oferta entre 5,9% e 55,9%, respetivamente", acrescenta ainda o referido
comunicado.
O objetivo do CaixaBank é, porém, o de manter um rácio
de capital fully loaded CET1 superior a 11% após esta operação por
forma a manter-se, sublinha a instituição, entre os bancos europeus com
maior solvência.
No comunicado de hoje, o CaixaBank garante que o seu plano passa por manter o BPI cotado na Bolsa de Lisboa.
O
Deutsche Bank e a sociedade de advogados Uría Menéndez são,
respetivamente, os assessores financeiros e legais de CaixaBank nesta
OPA.
La Caixa destaca 20 anos de ligação ao BPI
O
investimento do grupo espanhol La Caixa no BPI arrancou em 1995, com
uma visão de longo prazo, no sentido de apoiar o BPI a ser um banco de
referência, destaca ainda a instituição no comunicado emitido hoje. O
CaixaBank frisa, no entanto, que é sua intenção colocar um ponto final
da assimetria que existe atualmente entre a sua participação financeira
no BPI, ligeiramente acima dos 44%, e a sua presença no conselho de
administração do banco português.
Em 2012, o La Caixa ultrapassou o
limite do um terço do capital do BPI, obtendo, na altura, dispensa de
lançamento de OPA obrigatória devido à blindagem de estatutos existente
no banco liderado por Ulrich, que limita o exercício do direito de voto a
20%. Os espanhóis ficaram sujeitos a algumas limitações, nomeadamente a
de não nomear mais administradores além dos quatro que já tinha nesse
momento.
* Ai OPA, OPA!
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