16/02/2015

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435.
Senso d'hoje

     LUÍS PORTELA
PRESIDENTE DA BIAL
 SOBRE AS QUESTÕES ESSENCIAIS


Sou um homem de convicções mas, acima de tudo, tenho dúvidas. Desde muito jovem, desde os 12, 13 anos, me pergunto por que razão a humanidade aceita de forma tão fácil, talvez demasiado fácil, fenó­menos descritos desde a antiguidade que, no entanto, a ciência re­nega liminarmente. Eu escolho o caminho do meio – nem falo em milagres nem digo que é tudo charlatanice. E escolher o caminho do meio significa estar disponível para analisar esses fenómenos de acordo com o rigor do método cientifico, ajudando a humanidade a conhecer-se melhor. A minha convicção profunda é que alguns des­ses fenómenos são balelas e, portanto, é bom que sejam desmascara­das. Mas também é minha convicção profunda que alguns corres­pondem a determinadas formas de energia desconhecidas ou ainda pouco conhecidas. Ao longo da minha vida, como apaixonado pelo tema, sempre me mantive atento, quer às neurociências quer à pa­rapsicologia. Há um conjunto de evidências comprovadas pela ciên­cia que me fazem crer que este é o caminho a seguir.

A parapsicologia tem sido alvo de muitos oportunistas e de mui­ta trapalhada, mas isso acontece precisamente devido à ignorância que grassa na área. Um mal que a ciência pode resolver, arregaçando as mangas no sentido de estudar esses fenómenos. Pasteur teoriza­va em torno da existência dos micróbios. Chamaram-lhe tolinho até o microscópio demonstrar que aquele mundo existia. Aqui é o mes­mo – resta saber qual o equipamento, material ou não, que pode tra­zer à luz o que existe. A ciência deve investigar o que lhe compete.

No mundo da ciência, na ausência de conclusões duvida-se e duvi­dar é bom. Rejeitar sem estudar não me parece adequado.

Conside­ro-me a partícula de energia que anima temporariamente este corpo físico. Es­ta convicção é resultante da minha expe­riência de vida material e espiritual.

* Excertos duma fabulosa entrevista ao "NOTÍCIAS MAGAZINE"

** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler a entrevista por inteiro.

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